Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 08 de setembro de 1950
Atividades artístico-culturais: pintora e desenhista.
Alice de Faria Vinagre começou a despontar no cenário artístico nacional na década de 1980, período no qual cursou pintura na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro (RJ), mais especificamente em 1984. Sua produção é muito marcada por uma pintura em que o desenho, a colagem, as palavras e mesmos símbolos gráficos constituem um amálgama plástico bastante expressivo que nos proporciona uma rica experiência visual.
Desde que começou os estudos na Escola de Belas Artes que Alice começou a produzir séries de artes que se desenvolveram em seis etapas, nas quais, com o auxílio de metáforas e da repetição de elementos recorrentes, ela constrói sua poética através de um código visual constituído por elementos suscetíveis de enumeração e catalogação- e de outros que se inquietam e escapam a uma classificação.
As séries aconteceram a partir de 1988 quando ela elabora “No coração de todas as coisas”, seguida já em 1989 até 1993 da série intitulada “Amarelo”. Em 1994 ela constrói “Bonecas” que é sucedida por “Coração”, que se desenvolve durante o período de 1996 a 1999. Entre elas, ainda tem “Azul”, que se iniciou em 1998 no Convento de Santo Antônio, em João Pessoa, caracterizada por um conjunto de intervenções realizadas em diferentes espaços expositivos. E, por último, a série “Anotações (sobre o céu)” que antecede “Anotações sobre pintura” que faz parte da investigação atual da artista e integra uma expressão mais ampla a qual ela denomina simplesmente de Anotações.
Alice Vinagre participou ativamente de vários salões e mostras coletivas no Brasil e no exterior e recebeu, em 1986, o prêmio de aquisição do 9º Salão Nacional de Artes Plásticas da Funarte. Em 1991, ganha uma bolsa para a Alemanha para o Workshop itinerante Brasil – Alemanha, organizado pelo Instituto Goethe. Já em 1993 expõe na 4ª Bienal Internacional de Pintura de Cuenca, no Equador e em 2001 participa da 3ª Bienal do Mercosul, em Porto Alegre. Embasando essas exposições estão as séries que ela desenvolve, completa ou, por vezes, retoma como se tivesse esquecido de finalizar uma mensagem.
10 anos depois do início da produção da série “Azul”, em 2008 a pintora lança um catálogo com o mesmo título da série, com texto de Moacir dos Anjos, propondo uma síntese desse percurso, que inclui ainda exposições em Berlim, São Paulo, Natal e Recife.
Além das exposições individuais e coletivas no Brasil: Recife, Natal, São Paulo, João Pessoa, Brasília, Olinda e Rio de Janeiro; e no exterior: França, Alemanha, Equador e Japão. Alice também publicou três catálogos: Exposição Museu de Artes Moderna Aloísio Magalhães (2002), em 2002; Exposição Dumaresq Galeria de Arte (2004), em 2007, e Azul, em 2008, sobre a Exposição no Centro Cultural São Francisco (1998).
Alice Vinagre, pertencente à chamada Geração 80, emblemático movimento de retomada da pintura no Brasil, sendo autora de trabalhos que transitam entre o figurativo e o abstrato, evocando elementos de memórias pessoais e arquetípicas, ainda mantém um site pessoal, que disponibiliza informações sobre ela, suas obras, séries, textos e um pouco mais.
Fontes:
http://acidadeeahistoria.blogspot.com.br/2017/03/pinceis-tintas-palavras-algo-mais-e.html
http://www.anpap.org.br/anais/2009/pdf/chtca/madalena_de_fatima_zaccara_pekala2.pdf
http://www.catalogodasartes.com.br/app/artista/Alice%20Vinagre/
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa22263/alice-vinagre