Localização: Microrregião de Guarabira e Mesorregião do Agreste Paraibano.
Área territorial: 165 744 km2.
Limites geográficos municipais: Sul: Aracagí, Sudoeste: Mulungu, Oeste: Cuitegi, Noroeste: Pilõezinhos, e Norte: Pirpirituba.
Data da emancipação política: 26 de novembro de 1887
População / IBGE / 2015: 58.162 habitantes.
Gentílico: Guarabirense.
Distância da capital João Pessoa: 104 km
Acesso a partir de João Pessoa: rodovias BR 230/ PB 055
Configurações geomorfológicas: A superfície é bastante irregular, pois se localiza na região de transição entre a planície litorânea e as elevações do Planalto da Borborema sendo que o centro urbano situa-se em um vale que caracteriza uma depressão. O ponto mais alto do município é a Serra da Jurema, localiza-se ao Norte, na divisa com a cidade de Pirpirituba, com 300 metros de altitude. Nela localiza-se o Memorial Frei Damião, principal ponto turístico-religioso do município.
Altitudes: 97 e 300 metros.
Vegetação: Caatinga Hiperxerófila, com trechos de floresta caducifólia.
Hidrografia: Bacia Hidrográfica do Rio Mamanguape. Principais tributários: os Rios Mamanguape, Guarabira e Araçaji, além dos Riachos Tananduva, Barreiro, Mumbuca e Taboca.
Clima: Quente e seco no verão e úmido no inverno. A temperatura máxima chega aos 30°C e a mínima até os 19°C, sendo que, na parte serrana da cidade (Monte Virgo e Serra da Jurema), a temperatura pode baixar até os quinze graus centígrados. O inverno geralmente começa em maio e termina em agosto. A cidade é circundada por montanhas o que dificulta a passagem dos ventos durante os dias secos, fazendo a sensação térmica aumentar nos períodos quentes.
Economia: Destaca-se o comércio, agricultura e avicultura.
História do município:
Por estar situado em território indígena, recebeu inicialmente a denominação “Guaraobira ou Guirabira”. “Guarabira” provém do termo tupi guaraembira, que designa o peixe conhecido como guaivira.
O topônimo, segundo o historiador Vanderley de Brito, pode ser traduzido como “pássaro azul”: Guirá (“pássaro”) e Obi (“azul ou verde”). A partícula “yra” designaria conforme o estudioso, o clã ao qual pertencia o chefe. A preferência pelo azul, no antropônimo em questão, se deve mais aos usos e costumes, pois, erroneamente, se atribuiu ao nome da cidade o significado “garças azuis”. Mas, para alguns entendidos da língua tupi-guarani, o nome do município, quer dizer “morada das garças”.
O território onde é o atual município de Guarabira foi percorrido pelos franceses que se aliando aos índios potiguares, passaram a explorar a região em busca de ouro que supunham existir na serra da Capaoba, hoje Serra da Raiz.
Posteriormente, o desbravamento por parte dos portugueses, encontrou obstáculos nos combates entre os índios que haviam se aliado aos franceses e os novos colonizadores da capitania, o que levou o governador Feliciano Coelho de Carvalho, em 1952, a expulsá-los. Por volta de 1641, holandeses também ali tiveram em busca de ouro durante um curto período, pois suas pesquisas foram infrutíferas.
A fundação de Guarabira vem do ano de 1694, em terras do Engenho Morgado, pertencente a Duarte Gomes da Silveira. As primeiras residências edificadas dariam, mais tarde, origem à Vila da Independência (primeiro nome da cidade de Guarabira), que, em virtude de sua localização e da excelência de seu solo, tornou-se dona de grande prestígio e influência nas cercanias.
Em 1º de novembro de 1755, com um grande e devastador terremoto em Portugal um senhor, por nome de José Rodrigues Gonçalves da Costa Beiriz, tomado de pânico, fugiu de Póvoa de Varzim, na província de Porto, sua terra. Chegando a Guarabira com toda sua família. O senhor Costa Beiriz (como ficou conhecido) adquiriu terras, fundou um engenho de cana de açúcar e fixou-se com sua família, dando origem ao povoamento. O mesmo trouxe uma imagem de Nossa Senhora da Luz de Portugal e construiu uma capela dedicada à santa. Esta se tornou a padroeira do município, embora o padre João Milanez já houvesse construído a primeira igreja do município, a capela de Nossa Senhora da Conceição, em 1730. Em 1760, começavam as primeiras orações e novenas à Virgem da Luz. A primeira casa de oração era de taipa, oficializando, nela, o padre Cosme.
Em 1820, tendo dom João VI jurado a Constituição Portuguesa, levantou-se um motim e, em sinal de protesto, muitos pegaram as armas. Os revoltosos reunidos em Cuitegi deste termo atacaram Alagoa Grande, avançando até Areia, onde morreu a questão. Em 1837, passou a chamar independência, voltando por fim em 1877, a denominação atual Guarabira.
Em 1874, deu-se a invasão dos “quebra-quilos”, havendo depredações. Pela lei 841, de 26 de novembro de 1887, finalmente foi elevada à categoria de cidade, considerada uma das maiores do estado.
A comarca foi criada a 10 de outubro de 1857, um ano depois de extinta, e restaurada em 1870. Novamente extinta em 1871 e definitivamente restabelecida a 25 de julho desse mesmo ano.
Pela divisão territorial de 1938, o município contava com os distritos de Alagoinha, Araçaji, Cuitegi, Mulungu e Pirpirituba. Em 1951, foi criado o Distrito de Pilõezinhos. Esses distritos foram se emancipando e tornando-se municípios. Atualmente, temos os distritos de Cachoeira, Piripiri e Maciel.
A Região Metropolitana de Guarabira foi criada pela lei complementar 101, de 12 de julho de 2011.
Guarabira é uma das cidades mais populosas do estado. Uma importante referência política e econômica na região do Brejo Paraibano. É chamada de “Rainha do Brejo” pelo fato de ser a principal cidade-polo de uma região, que se caracteriza pela regularidade de chuvas.
A cidade é polo de educação na região do Brejo, atendendo alunos do ensino fundamental até a pós-graduação em ensino superior, situação que atrai estudantes de todo o Estado da Paraíba, bem como de outros estados da federação. A cidade possui várias faculdades particulares e conta com um campus da Universidade Estadual da Paraíba localizado no bairro de Areia Branca e um campus do Instituto Federal da Paraíba.
O município possui uma estátua do Frei Damião de Bozzano no alto da Serra da Jurema (pico mais alto da cidade). O Santuário de Frei Damião é um monumento arquitetônico idealizado em 2000 pela prefeitura local e pela Diocese de Guarabira. Recebe romeiros de vários lugares do Nordeste que acreditam no poder e na santidade do frei capuchinho.
Guarabira também destaca-se em toda a Paraíba no evento religioso conhecido com “A Festa da Luz”, que ocorre todo mês de janeiro, traz milhares de pessoas de outras cidades estados, com atrações de renome nacional, com artistas da terra e espaços temáticos, como o Pilõezinhos e o Cuitegi, onde os participantes ficam da tarde até a noite se divertindo e comendo pratos típicos da região.
O turismo guarabirense se baseia, principalmente, no turismo religioso. O Memorial Frei Damião representa o ponto alto, propiciando, à cidade, um alto número de fiéis visitantes em todas as épocas, porém principalmente nas romarias. O memorial conta com um museu sobre o frade. No seu caminho, os visitantes ainda passam pela via-sacra e pelo Cruzeiro.
Inspirado nos caminhos de Santiago de Compostela, os Caminhos de Padre Ibiapina tentam resgatar os lugares em que o padre mestre passou durante suas peregrinações no nordeste entre 1856 e 1863. Todas as rotas partem do memorial Frei Damião até o Santuário de Padre Ibiapina em Solânea, local onde o padre se encontra sepultado.
Destaques também para a imponente e secular Catedral de Nossa Senhora da Luz, do alto de suas escadarias mostra-se de uma beleza ímpar, a edificação é considerada o marco zero, da cidade de Guarabira, o Centro de Documentação Cel. João Pimentel, um Museu no centro da cidade, ambos estabelecidos em prédios históricos, a Praça do Novo Milênio – O Monumento do Novo Milênio, que leva vários turistas a apreciar as suas formas modernas.
Eventos turísticos: Festa da Luz, Romaria ao Santuário Frei Damião, Festa de Emancipação Política da cidade, entre outros.
Atrações Turísticas Naturais: Monte Virgo e Serra da Jurema.
Patrimônio Arquitetônico-Cultural Material: Museu Sacro Fernando Cunha Lima; Centro de Documentação Cel. João Pimentel; Teatro Municipal Geraldo Alverga Cabral; Galeria de Artes Antônio Sobreira; Memorial do Cordel José Camelo de Melo Resende, Santuário de Frei Damião, Capela de Nossa Senhora da Luz e Estação Ferroviaria.
Equipamentos culturais / turísticos: Estádio Sílvio Porto, Estádio Leonildo Tomaz, Bibliotecas Públicas, Museus, Salas de Espetáculos, Clubes e Associações Recreativas.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guarabira
http://www.citybrazil.com.br/pb/guarabira/buscacidade.php
http://www.guarabira.pb.gov.br/secretaria-de-cultura-e-turismo/
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1434559
http://www.ferias.tur.br/informacoes/4949/guarabira-pb.html
http://historiadaparaiba.blogspot.com.br/2007/12/guarabira_21.html
Pesquisador: José Paulo Ribeiro, e-mail: zepaulocordel@gmail.com