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Data de publicação do verbete: 16/10/2015

Manfredo Caldas

O cineasta participou da criação e instalação do Núcleo de Documentação Cinematográfica da UFPB. Suas obras são repletas de simbologia e aspectos característicos da cultura nordestina.
Data de publicação: outubro 16, 2015

Município: João Pessoa – PB

Nascimento: 25 de setembro de 1947

Atividade artístico-cultural: Cineasta

Filmes/Documentários: Feira (1974), Boi de Reis (1977), Cinema Paraibano (1983), Uma questão de terra (1988), Negros de Cedro (1998), Romance do Vaqueiro Voador (2007), entre outros.

Manfredo Caldas pertence à segunda leva de cineastas que surgiu logo após o Movimento do Cinema Novo, nos anos 1960. Suas obras são repletas de simbologia e aspectos característicos da cultura nordestina.

Em 1969, o cineasta se mudou para o Rio de Janeiro, onde se dedicou inicialmente a montagem cinematográfica, publicidade e restauração de filmes para a Cinemateca do Museu da Arte Moderna no Rio. Enquanto trabalhava no museu pesquisava e preparava seus próprios projetos, sendo sua marca mais característica, a preocupação com o resgate de traços da cultura nordestina transplantados para outros centros do país, no rastro da migração.

Como bom migrante, Manfredo Caldas ficou atento à transposição de traços culturais nordestinos para outros centros do país, objeto frequente de sua obra documental. Em 1974, ele fez talvez o primeiro documentário sobre a Feira de São Cristóvão, no Rio, chamado simplesmente “Feira”. Em Boi de Reis (1977), descobriu para o cinema uma versão fluminense do bumba-meu-boi.

Ativo no movimento para valorização e disseminação do cinema, entre os anos de 1981 e 1984, o cineasta participou da criação e instalação do Núcleo de Documentação Cinematográfica da Universidade Federal da Paraíba (NUDOC), instituto responsável pela retomada da produção do cinema paraibano, possibilitando o surgimento de toda uma nova geração de cineastas paraibanos no final da década de 1980.

Sua produção longa metragem “Uma questão de Terra” que relata de maneira contundente o problema fundiário do país, com foco maior no Nordeste, foi consagrado no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de 1988 conquistando também a Margarida de Prata da CNBB.

Em 1990, saiu do Brasil e foi a Cuba, para ministrar aulas de montagem e edição, a convite da Escuela Internacional de Cine y Television. De volta ao Brasil em 1992, Manfredo mudou-se para Brasilia e assumiu a Direção do Polo de Cinema e Vídeo de Brasília.

Entre suas obras consagradas o filme “Romance do Vaqueiro Voador” (2007), um documentário sobre a mitologia em torno dos candangos imigrantes, em sua maioria (nordestinos), que trabalharam na construção de Brasília.

Fontes:

http://www.epipoca.com.br/gente/ficha/394973/manfredo-caldas

http://www.festbrasilia.com.br/2013/comissao

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