Naturalidade: Olinda – PE / Radicou-se em João Pessoa – PB
Nascimento: 23 de dezembro de 1953
Atividades artístico-culturais: Poeta cordelista, editor, desenhista, artista visual, letrista, compositor, intérprete e arte educador
Site: http://marcelosoares.org/
Facebook: https://www.facebook.com/marceloalvsoares
Marcelo Alves Soares, um dos mais significativos poetas cordelistas da atualidade, começou sua carreira artística inspirado no pai, “O Poeta Repórter” José Soares (1914-1981) expoente e renomado cordelista paraibano. É natural de Olinda-PE, mas veio morar em João Pessoa, depois que os dois filhos passaram no vestibular para Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Seu talento o levou a atuar em várias editoras como Brasiliense, ltatiaia, Prelo, Paulinas, Contexto e Global e para jornais como O Globo, Jornal do Brasil, O Pasquim, Jornal do Commercio e Diario de Pernambuco. Seu trabalho teve o reconhecimento de Ariano Suassuna com quem trabalhou por quatro anos consecutivos (1994-1998).
“Gosto muito da gravura de Marcelo Soares. Quando bato o olho, identifico logo que a obra é sua. É assim, feito uma marca, um ferrão. Além do mais, é poeta dos bons.”
-Ariano Suassuna, escritor, poeta e dramaturgo, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL)
No Rio de Janeiro, fez curso de xilogravura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (1984), ensinou na Escolinha de Arte do Brasil (1984-1985) e trabalhou no ateliê de Augusto Rodrigues (1987-1991). Retornando a Pernambuco Marcelo tornou-se Diretor de Cultura do Município de Timbaúba (1992-1996), fundou a Folheteria Cordel (1997), ministrou oficinas de gravura, no Brasil e nas cidades de Marseille, Toulon, Poitiers e Paris, em 2005, durante as comemorações do Ano do Brasil na França, e na Universidade do Porto, em Portugal, em 2007. Em 2008, tornou-se Artista Visitante na Universidade do Rio de Janeiro (UERJ). Em 2009 viajou aos EUA para participar da Folk Art International Market em Santa Fé, New México.
O marido que vendeu a mulher na Feira da Sulanca é um cordel composto por 31 setilhas em redondilha maior, cujas rimas podem ser representadas pela sequência ABABCCB nas estrofes 1,7 e 24, sendo as demais representadas pelo esquema ABCBDDB, já que o primeiro e terceiro versos não rimam entre si. Esse cordel também narra a inconformidade de um dos cônjuges. Nesse caso, é o homem que se encontra insatisfeito com a relação e decide livrar-se de sua mulher de uma maneira inusitada. Este homem é Nicanor “cidadão, pai exemplar/ devotado com ardor/ andava sempre na linha” (SOARES, 2007, p. 2).
Nicanor, pra seu governo
era marido extremoso
honesto, trabalhador
pontual e caprichoso
este orgulho carregava
e ninguém insinuava
que ele fosse preguiçoso
(SOARES, 2007, p. 3).
Publicou outros inúmeros folhetos, entre eles alguns títulos como: O cego namorador e A herança da minha sogra, porém nota-se que seu ponto forte é no cordel de cunho crítico e jornalístico, talvez herança de seu pai. Na vertente crítico-jornalística destacam-se alguns títulos como: O caso Mônica Levinsque com o presidente Clintóris, O castelo Monalisa do amigo deputado, A crise do ‘mensalão’ e o caso da cueca, entre outros.
Fontes:
https://memoriasdapoesiapopular.com.br/2014/12/15/poeta-marcelo-alves-soares-sintese-biografica/
http://editorarealize.com.br/revistas/enlije/trabalhos/5657018fc1400ce07262256c558128dc_535_196_.pdf
http://acordacordel.blogspot.com/2011/09/ablc-em-caruaru.html
https://www.facebook.com/marceloalvsoares
Pesquisador: José Paulo Ribeiro, e-mail: zepaulocordel@gmail.com.