Naturalidade: Souza – PB
Nascimento: 1957
Atividades artístico-culturais: Cineasta, diretor e roteirista.
Formação Profissional: Comunicação, com habilitação em Jornalismo, pela UFPB, em 1984. Entre 1982 e 1986, participou do ateliê de Cinema Direto do Núcleo de Documentário/UFPB. Realizou alguns estágios em cinema direto, no Atelier de Réalisation Cinématographique Varennes, em Paris.
Prêmiações: Foi premiado na Jornada Internacional de Cinema da Bahia em 1992 com o vídeo “A Alma da Pedra”, produzido nesse formato por conta da crise no meio cinematográfico nos anos de governo Collor. Em 1999 recebeu prêmios no Festival de Cinema de Gramado, no Festival do Recife, e no Festival de Brasília com o Curta-metragem “Passadouro”. O vídeo documentário “A margem da Luz” arrebatou um total de 14 prêmios em festivais, incluindo Melhor Vídeo Nordestino do Banco do Nordeste. “Passadouro”, um curta de ficção em 35 milímetros lançado em 1999, ganhou 19 prêmios em festivais, entre eles melhor filme, direção e fotografia nos festivais de Brasília e Gramado.“Transubstancial”, um filme experimental em 35 mm, conquistou 15 prêmios, incluindo melhor filme da crítica no Festival de Brasília. Alguns dos trabalhos mais recentes do cineasta são os curtas: “Gravidade”, “Aqui” e “Estes”.
Filmografia: Beba coca babe cola (1982); A alma da pedra (1992); Á margem da Luz (1996); A fome de Lázaro (1997); Verme na Alma (1998); Passadouro (1999); Documentário Coxixola (2001); Transubstancial (2003); Gravidade (2006); Aqui (2009); Estes (2010); Iko-éte (2012); e Transmutação (2013), entre outros.
O Premiado cineasta paraibano Torquato Joel passou a morar em João Pessoa aos 14 anos de idade. Essa troca de ares interioranos pelos ventos litorâneos da capital foi decisiva para que seu interesse pela sétima arte crescesse dia após dia.
Torquato conheceu o cinema através das sessões de sábado que aconteciam no Cine Municipal pessoense, “enquanto meus amigos iam à praia nos dias de sol, eu me enfronhava numa sala para ver o mundo” recorda.
O cineasta avesso à matemática, quase seguiu a carreira de engenheiro para agradar o pai. Segundo ele, “Quando entrei na universidade, no curso de engenharia, não imaginava que seria possível fazer cinema na Paraíba. Certa vez, assisti a trabalhos feitos em Super 8 por alunos da UFPB, foi então que decidi largar engenharia para estar mais perto do cinema através do curso de Comunicação Social”.
E descobriu que poderia estudar sem sair do estado. Ele decidiu participar do Ateliê de Cinema Direto do Núcleo de Documentário da UFPB (NUDOC) e, em 1982 e 1986, realizou estágios de aperfeiçoamento em cinema direto no Atelier de Réalisation Cinématographique Varennes (Paris). A partir de então não parou de estudar e produzir cinema. As suas principais influências são os filmes de Tarkovsky, Bresson e Kubrik.
Entre 1992 e 1996 Torquato Joel trabalhou como roteirista, assistente de direção e montador em produções cinematográficas variadas na Paraíba. As principais influências de Torquato são os filmes de Tarkovsky, Bresson e Kubrik, ele destaca o aspecto estético nos filmes desses diretores e diz que é o que há de mais primoroso em termos de linguagem de cinema.
Em 2000, foi um dos realizadores convidados a fazer um vídeo para a Mostra 50 Anos de TV e participou com “Cochichola existe, é aqui!”. O cineasta ainda é responsável pelo Projeto Viação Paraíba (patrocinado pelo Banco do Nordeste) atividade a qual Torquato e equipe viajam pelo interior do estado levando aulas de Linguagem de Cinema e TV.
Ministrou oficinas pelo interior paraibano, exemplificando, a Oficina de Roteiro Cinematográfico no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar (PCCN), em Itabaiana-PB. Nessa oficina Torquato, fornece seus conhecimentos em princípios básicos do roteiro para cinema, incluindo temas como a narratologia, estrutura dramática, processo de criação de roteiros de ficção e de documentário, construção de personagens e análises de filmes.
Coordena desde 2006 o projeto Viação Paraíba e o Jabre – Laboratório de Roteiros Cinematográficos para Jovens do Interior, fomentando a produção cinematográfica em regiões do interior do estado. A ação incentivou a criação de cineclubes e jovens que participaram dos cursos e produziram curtas foram premiados em prêmios nacionais de cinema.
Em 2018 dirigiu o filme “Ambiente Familiar”, que conta com a participação de Marcelia Cartaxo e Zezita Matos. O longa foi indicado ao Grande Prêmio Brasileiro de Cinema de 2020.
Fontes:
https://cinemafiablog.wordpress.com/2010/09/
http://filmow.com/torquato-joel-a279080
