Naturalidade: Recife – PE / Radicada em João Pessoa – PB
Nascimento: 1946
Formação: Graduada em Letras (Inglês e Português) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Mestre em Inglês (Universidade de Denver Colorado, EUA) e em Estudos Shakespeareanos (Shakespeare Institute, Universidade de Birmingham, Inglaterra).
Atividades artístico – culturais: Poetisa e escritora.
Atividades exercício – profissional: Professora de Literatura em Língua Inglesa – UFPB (de 1970 a 1992), recém aposentou-se de seu cargo de professora na Universidade Estadual da Paraíba.
Publicações: Anos Bissextos (Poesia), João Pessoa: Editora A União, 1997 e Fúcsia (Poesia) João Pessoa: Editora Linha D´Agua, 2007. Participação em Antologias: Nordestes, Fundação Joaquim Nabuco/SESC São Paulo (SP), 1999. Estação Recife, Coletânea Poética 3, Prefeitura do Recife (PE), 2004. Autores Paraibanos – Poesia, João Pessoa: Editora Grafset, 2005. Imagem Passa Palavra – Poesia – Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto (PT), 2004. Coletânea Antônio Maria de Crônicas, vol. 1, Prefeitura do Recife, 2010.
Título/Homenagem: Obteve a condecoração de cidadã pessoense concedida pela câmara de vereadores de João Pessoa.
Vitória Lima em suas composições poéticas apresenta retratos, fragmentos de vida escritos com o momento presente. Há sempre uma mistura linda entre poesia e vida, entre vida e arte, que só poderia ser alcançada por alguém que se confessando, divide generosamente o que vive e o que já viveu com o outro e, desse modo, compartilha com o leitor suas impressões sobre a vida e sobre nela caminhar.
O seu segundo livro de poemas chamado Fúcsia é bastante expressivo. Traz uma poesia centrada na reflexão sobre o cotidiano, uma poesia vivenciada.
Com quarenta e nove poemas, sendo dois deles em língua inglesa. A autora trabalha com temáticas que se ligam a contemplação da natureza, a passagem do tempo, a experiência pessoal, o ser mulher e, sobretudo, um olhar sensível para a vida.
O nome do livro remete a um tipo de cor, sinônimo da cor magenta. Um tipo de corde-rosa bastante viva, com tons arroxeados. Além da cor, a fúcsia é um tipo de flor, segundo o dicionário Houaiss, vulgarmente conhecida por brinco-de-princesa. Uma planta, assim como a cor, de bastante vivacidade. Ambas as informações se declaram análogas ao caráter de feminilidade presente na poética de Vitória Lima.
Uma poesia que transita pela memória, sentimento, metalinguagem e contemplação da vida. Mas não um tratar dos temas de qualquer forma, pois a poesia de Vitória Lima exprime um cuidado em versar o real, daquilo que está num mundo “sublunar”.
A própria autora, ao iniciar a obra traz uma epígrafe com uma citação do poeta carioca Carlito Azevedo que aborda a definição de poetas que, em suas escritas, se interessam por “coisas menores, contingentes, do mundo sublunar, (…) Coisas com superfície que se possa tocar, cheirar’’. Sendo estas coisas “pedestres” que motivam a poesia desses poetas, Vitória Lima faz o mesmo nas linhas de Fúcsia. Assim como a sua flor está com o olhar voltado para baixo, para o terreno, sua poesia se constrói pela sensibilidade devotada a um olhar pedestre, que traduz a experiência de forma autêntica e empírica.
No seu poema “Mulher”, tem uma composição que revela a inquietude do ser feminino frente ao seu corpo, enfrentando uma busca intensa pela perfeição estética.
“MULHER”
anáguas,
anquinhas,
crinolina,
corpete,
cinturita espartilho,
bico fino,
salto alto,
estilete,
(joanete)
desmaios
agonias (ai, meus sais!)
anorexia,
bulimia,
aeróbica,
botox,
cera quente,
lifting,
peeling,
forno,
lipo,
máscara,
silicone.
ontem:
mulher objeto. hoje:
escamoteável.
Fontes:
http://www.ochaplin.com/2013/10/o-caleidoscopio-poetico-de-vitoria-lima.html
http://editorarealize.com.br/revistas/enlije/trabalhos/0a8f89f564ce8eb9d7a8d12a1af21c9c_380_148_.pdf
http://poetisasparaibanas.blogspot.com.br/
http://www.grandecampina.com.br/2013/04/poesia-vitoria-lima-e-homenageada-com.html
