Naturalidade: Nazarezinho-PB
Nascimento: 20 de abril de 1941
Atividades artístico-culturais: Cordelista, poeta e romancista.
Folhetos publicados: Zumbi, Conselheiro, Patativa do Assaré, Castro Alves, Brecht, Saramago, D. Pedro Casaldáliga, Margarida Maria Alves, Inácio da Catingueira, Santos Dumont, Monteiro Lobato, além de cordéis inspirados em ocorrências históricas, a exemplo das razões que levaram ao massacre de Caldeirão de Santa Cruz do Deserto.
Poesias: Poesias Revolucionárias; Massacre; Exaltação à Luta.
Romance: Insurreição no Campo
Economia Política: Capitalismo, Poder e Exploração; Nordeste Macabro; Nordeste: miséria e conveniência.
Luzimar Medeiros além das atividades artísticas é também economista. Ele chegou a exercer a profissão de professor, lecionando a cadeira de “Economia e Mercado”; de jornalista, no Diário da Borborema escrevendo artigos e notícias do cotidiano; de assessor técnico da Federação dos Trabalhadores da Agricultura-FETAG; além de atuar como técnico de desenvolvimento rural junto a comunidades de pequenos produtores.
Como um estudioso e conhecedor in loco dos problemas agrários e agrícolas que agridem o homem do campo, Medeiros Braga escreveu um romance onde os agricultores, empobrecidos pela troca desigual, são instados a se insurgir contra as elites dominantes.
Medeiros Braga afirma que “A poesia precisa ser o arauto da liberdade; o brado ardente contra os usurpadores dos direitos do povo”. O artista dedica-se a um trabalho educativo e de conscientização política do povo.
Trecho do folheto “Ligas camponesas: mártires e heróis”, de Medeiros Braga:
E as tais metralhadoras
Que o militar procurava? …
O camponês nunca teve,
O usineiro portava,
Mas, para grande ironia,
Do primeiro se exigia,
Do segundo dispensava.”
O Sindicato do Garrancho do poeta popular Medeiros Braga conta um período revolucionário que passou Mossoró e toda região do Oeste, mas que poucos conhecem. Eis algumas estrofes:
Como já disse Karl Marx
Nas suas frases brilhantes:
Em qualquer país ou época
Sejam pertos ou distantes
Quem escreve toda história
Com narrativa irrisória
São as classes dominantes.
Também o poeta Brecht
Esse grande lutador
Que passou toda uma vida
No papel de educador,
Externou pela memória:
O pior é que a história
Quem escreve é o vencedor.
Porém, nós como poetas
Da poesia popular
Comprometidos devemos
Toda a verdade narrar.
Mesmo em forte tirinete
Podemos, sob o tapete,
Os seus fatos resgatar.
[…]
Fontes:
http://site.alfaomega.com.br/autores/medeiros-braga/
https://cibercordel.wordpress.com/publicacoes/poeticas/medeiros-braga/