Município: João Pessoa-PB
Nascimento: 03 de julho de 1965
Contato: (83) 3576-2387.
E-mail: contato@joserufino.com
Facebook: https://www.facebook.com/joserufino.page/info?tab=page_info.
Formação artístico-educacional: Curso de iniciação às Artes Plásticas na Coordenação de Extensão Cultural da Universidade Federal da Paraíba (1978); curso de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (1983), Pós-Graduação em Paleontologia na Universidade de São Paulo.
Atividades artístico-culturais: Artista plástico e escritor.
Atividades – Exercício profissional: Ingressou como professor de Paleontologia da Universidade Federal de Pernambuco (1992); é também professor da Universidade Federal da Paraíba; participou das Oficinas de artes plásticas Visões da Borborema no XX Festival de Inverno de Campina Grande-PB (1995).
Exposições: O artista já expôs em importantes espaços como: no The Andy Warhol Museum Pittsburgh, nos Estados Unidos; na 6ª Bienal de Havana em Cuba; na 1ª Bienal de Arte Contemporânea do Fim do Mundo no Ushuaia; na 2ª Bienal de Artes Visuais do MERCOSUL; e na 25ª Bienal Internacional de São Paulo, entre outras. Ele também faz parte da coleção do Museu Oscar Niemeyer e do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) em Recife.
José Rufino adotou este nome que era do seu avô. É filho de um engenheiro civil e de uma artista plástica graduada em filosofia. Ele desenvolveu sua jornada artística na década de 1980, passando primeiro pela literatura, depois poesias, poemas visuais, até chegar à arte postal. Tempos depois Rufino começou a trabalhar com desenhos e instalações usando os móveis herdados da antiga fazenda de cana-de-açúcar de seu avô.
Sendo filho de ativistas políticos presos pela ditadura militar nos anos 60, é também conhecido pelos seus impressionantes trabalhos de caráter político, quase toda sua obra baseia-se na apropriação de arquivos, documentos e narrativas ligadas à sua história pessoal, o seu passado e de sua família. Mas também conectados a contextos mais amplos e públicos aproximando à história cotidiana e autobiografia a memória coletiva. Segundo Rufino as suas obras não só resgatam o passado, mas também acrescentam novos fatos, reinventando os acontecimentos, de certa forma.
Em algumas de suas obras o artista usou documentos antigos, como por exemplo, na série Cartas de areia (1991). Após a morte de seu avô, José Rufino herdou por volta de 5.000 cartas que pertenciam a ele. Nas cartas, Rufino teve contato com histórias que não conhecia sobre seus avós e sua família. Para entender e digerir um pouco daquelas histórias ele fez desenhos e monotipias nas cartas e envelopes, como uma tentativa de reconstruir este passado, para que ele pudesse seguir adiante. O nome da série, segundo o artista, é uma metáfora que se relaciona com uma das características da areia, algo que não se pode reter.
Rufino também produziu um trabalho artístico buscando a relação com o passado, mas desta vez o passado da cidade do Rio de Janeiro. Com as obras realizadas na cidade do Rio de Janeiro para a Copa do mundo e Olimpíadas, vários artefatos históricos enterrados foram encontrados pelos operários. José Rufino soube desse fato e começou a acompanhar este trabalho a fim de ficar com o que seria descartado e não ira para os museus. Em posse destes objetos, restos de asfalto, pedaços de cerâmica, tijolos e pedaços de madeira, ele construiu um “esqueleto” de um homem gigante, e no interior de seu “corpo” colocou várias estantes que também continham estes elementos. O nome da obra é Ulysses (2012), o mesmo nome do herói na Odisséia grega de Homero.
Segundo o artista, tanto na paleontologia como na arte, resgata-se o passado e a história simultaneamente. A diferença entre estas profissões é que a arte lhe dá a liberdade de interferir e alterar este passado, criando novos significados.
Possui um ateliê no Sítio “Sabiá”, localizado no município de Bayeux- PB, onde dispõe de um espaço tranquilo para produzir suas obras e uma oficina de apoio. No local, junto aos seus pais, ele também se dedica a conservação de um fragmento de mata atlântica, e ao cultivo de várias espécies de plantas nativas e ornamentais, bem como a proteção da fauna silvestre.
José Rufino é conhecido como o “artista da memória”, ele também desenvolve trabalhos na linhagem cinematográfica, e obras mistas de monotipias, móveis, objetos e instalações.
Fontes:
https://artebrasileirautfpr.wordpress.com/2013/04/19/jose-rufino-o-artista-da-memoria/