Naturalidade: Catolé do Rocha-PB
Data de nascimento: 26 de janeiro de 1964
Contato: (011) 99387-7217 // (21) 3591-7275
E-mail: shows@lfmaisc.com
Instagram: https://www.instagram.com/oficialchicocesar/
Facebook: https://www.facebook.com/OficialChicoCesar/
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCRPU9wz_VKkHle0e-cduyDA
Spotify: https://open.spotify.com/artist/3vlUveVfzPXzhiPGjHHxOH
Formação artístico-educacional: Bacharel em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba.
Atividades artístico-culturais: Cantor, compositor, escritor e jornalista.
Prêmios: Cantor Revelação do Prêmio Sharp de Música (1995); Melhor Compositor pela Associação Paulista de Críticos de Arte- APCA na categoria de Melhor Compositor (1996); Prêmio MTV Music Awards como melhor Vídeo-Clip de MPB (1996) para “Mama África”. A música “A primeira Vista” ganhou o prêmio de Melhor Música (1997), pelo Troféu Imprensa do SBT. A trilha que ele fez para o espetáculo infantil “Amídalas” recebeu o Prêmio Panamco (ex-Coca Cola) de Teatro Jovem, como melhor trilha (2000). A música “Soberana Rosa” (Em inglês “She Walks this Earth”) que compôs juntamente com Ivan Lins e Victor Martins deu a Sting o Grammy (2001) de Melhor Performance Vocal Por Masculina.Venceu a 29ª edição do Prêmio da Música Brasileira 2018 na categoria melhor álbum de “Pop/Rock/ Reggae/ Hiphop/ Funk com o disco “Estado de Poesia – Ao Vivo, lançado em DVD + CD, em 2017, pela Deck.
Gênero Musical: Folia e forró, pop, carimbó, reggae, salsa e juju music-estilo de música popular nigeriana de percussão.
Francisco César Gonçalves, nome artístico “Chico César”, nasceu em Catolé do Rocha. Estudou no Colégio de Freiras Francisca Mendes até concluir o Segundo Grau. Deixou sua terra natal aos dezesseis anos, quando foi para a capital paraibana para estudar. E ao mesmo tempo em que participava do grupo Jaguaribe Carne, que fazia poesia de vanguarda.
Caçula de sete irmãos, filho do agricultor Francisco Gonçalves, que também gosta de cantar, e da lavadeira Etelvina. Chico gostava de ouvir músicas de reisados, na época criou um conjunto com o nome de Super Som Mirim. Ele trabalhava em uma loja de discos chamada Lunik, o que lhe deu oportunidade de ouvir vários estilos musicais.
Pouco depois, aos 21 anos, mudou-se para São Paulo. O artista vive na capital paulista desde que se formou em Comunicação Social. Chico ouvia a música paulistana de Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção e trabalhava como jornalista e revisor de textos.
Em 1991, foi convidado para fazer uma turnê pela Alemanha, e o sucesso o animou a deixar o jornalismo para dedicar-se somente à música. Formou a banda Cuscuz Clã (que seria o nome de seu segundo álbum), e passou então a se apresentar na casa noturna paulistana Blen Blen Club.
A influência intelectual foi do irmão Luiz Gonzaga da Silva, líder do Movimento dos Sem Teto Urbano, que deixou a Paraíba em 1973 e se envolveu com movimentos de resistência à ditadura. “Ele me mandava jornais de esquerda como O Trabalho, quando eu ainda vivia em Catolé. Meu irmão é uma das poucas pessoas que não quer o bem só para si. Ele pensa em todos e nunca desiste de uma causa”, relembra Chico.
Entre as lembranças mais antigas do músico, está a de uma festa da família para comemorar a liberdade de Luiz, que fora preso por participar do movimento estudantil. “Eu tinha cinco anos e os amigos foram chegando. Alguém trouxe um balde com gelo. Foi a primeira vez que vi aquilo. Adorei, era uma delícia. Fiquei segurando uma pedrinha e lambendo o tempo todo”.
Aperfeiçoou-se em violão, multiplicou suas composições e começou a formar o seu público. Sua carreira artística tem repercussão internacional. A maioria de suas canções são poesias de alto poder de encanto linguístico.
Chico César não ficou rico, mas viaja bastante, comprou uma casa para os pais e manda dinheiro todos os meses para que também possam viver com conforto. Desde que se separou de Tatá Fernandes, vocalista de sua banda composta por seis integrantes, diz estar sozinho e só namora de vez em quando. Sua atenção, neste momento, está mais voltada para o trabalho. “Estar sempre na crista da onda, fazendo programas de televisão e rádio pode até gerar muita ansiedade. Vou bem do meu jeito”. Enfatiza Chico.
Em 1995 lançava o primeiro CD “Aos Vivos” (Velas), acústico e ao vivo, com participações de Lenine e o lendário Lany Gordin. O disco levou Chico ao sucesso com as músicas: Mama África que logo começou a ser tocada pela Radio Mundial FM e A primeira vista que se tornou sucesso nacional na interpretação de Daniela Mercury, incluída na trilha sonora da novela O Rei do Gado, da Rede Globo de Televisão.
Em 1996 veio o sucesso nacional e internacional através do segundo álbum, “Cuscuz Clã” (MZA/PolyGram), produzido por Marco Mazzola.
Em 1997, depois de uma tournée pela Europa e pelo Japão, lançou seu terceiro disco chamado Belga, mano com participação especial de Dominguinhos, Arnaldo Antunes, Arrigo Barnabé e outros.
No terceiro CD, “Beleza Mano”, ainda no ano de 1997, ele mergulhou na cultura negra com participações do zairense Lokua Kanza, coral negro da Família Alcântara, os rappers Thaíde e DJ Hum, Paulo Moura, entre outros.
O Álbum “Mama Mundi”, de 2000, mostra sua qualidade de intérprete num trabalho repleto de canções e referências ao som que se faz, tanto no interior do Brasil como em diversas partes do mundo. E neste mesmo ano foi indicado ao Grammy latino: Melhor canção brasileira “A Força que Nunca Seca”, (Chico César e Vanessa da Matta).
Em 2003, fundou seu próprio selo musical, Chitas, pelo qual lançou álbuns de artistas como André Cibelli Abujamra.
Chico César lançou em 2005 o livro Cantáteis (Cantos Elegíacos de Amozade) e em 2007 um áudiolivro com o mesmo nome. No CD, o cantor declama os versos do livro em que ele situa, na forma de poesia, as tênues fronteiras entre os sentimentos de amor e amizade.
O autor estruturou os versos com o rigor formal dos cordéis. Cantáteis reúne 141 estrofes com 11 versos de sete sílabas. Para pontuar a declamação, o compositor criou uma base eletrônica inspirada na mistura das sonoridades do berimbau e da rudimentar cítara nordestina.
Em novembro de 2005, lançou o sexto CD de sua carreira, ”De uns tempos pra cá”, pela gravadora Biscoito Fino. Com 12 faixas, traz canções autorais compostas por Chico desde a década de 80, num formato camerístico com o Quinteto da Paraíba: dois violinos (Yerko Tabilo e Ronedilk Dantas), uma viola (Samuel Spinoza), um violoncelo (Raiff Dantas) e um baixo acústico (Xisto Medeiros). Um ano depois o DVD, Cantos e Encontros de uns tempos pra cá, gravado durante show no Auditório do Ibirapuera.
Em 2008 surge “Francisco Forró y Frevo”, um mergulho do artista no espírito das duas principais festas populares nordestinas (o Carnaval e os festejos juninos), para criar um disco alegre em que o foco se encontra na força dos ritmos que animam essas festas: o frevo e o forró. E ainda no diálogo que esses ritmos têm naturalmente com “beats” universais. Por exemplo: o xote com o reggae, o frevo e o arrasta-pé com o ska… No que se refere especificamente ao frevo, uma novidade: a junção da linguagem das orquestras de metais de Pernambuco com a guitarra baiana dos trios elétricos da Salvador dos anos 70, em que a folia estava sob o comando da clássica dupla Dodô e Osmar.
Chico César foi presidente da Fundação Cultural de João Pessoa em 2009 e Secretário de Cultura do estado da Paraíba em 2010.
Sempre irreverente no look étnico, Chico nem pensa em abandonar sua marca registrada, o topete no meio de cabeça raspada. “Só vou mudar o corte quando tiver 60 anos. Quero que meus netos se divirtam com os meus cabelos malucos. Mas primeiro preciso ter filhos”, diz ele. A aparência do músico, que tem rosto redondo e se veste com roupas espalhafatosas, leva as pessoas, muitas vezes, a confundirem-no com mulher. Mas isso o diverte. “Nos vôos da Air France me chamam de mademoiselle”, diz Chico. “Parecer uma delas facilita a aproximação, elas não se sentem tão assediadas”.
Trecho de Cantáteis Cantos elegíacos de amozade, de Chico César:
Eu pra cantar não vacilo
digo isso digo aquilo
digo tudo que se disse
digo Veneza Recife
Fortaleza que se abre
quero que o mundo se acabe
se não disser o que sinto
digo a verdade, minto
vertente me arrebata
minha voz é serenata
labareda e labirinto.
Continuando a carreira, no ano de 2012, uma celebração: sai o DVD “Aos Vivos Agora”. Com ele, uma nova versão do CD e também o vinil.
Em 2015 Chico César lança “Estado de Poesia”, seu primeiro disco de inéditas em oito anos. “Estado de Poesia” (Natura Musical) é um disco que une a riqueza dos ritmos brasileiros à sonoridade universal. Num mesmo álbum, samba, forró, frevo, toada e reggae se misturam e dão vida ao novo trabalho de Chico César.
Em 2019, o novo trabalho é um comentário robusto de suas vivências político-sociais, no convulsionado momento brasileiro dos últimos anos. As 13 faixas de “O Amor É um Ato Revolucionário”, letra e música, são assinadas apenas por Chico César. Gravado entre abril e junho de 2019, nos estúdios Gargolândia (SP), Casa do Mato (RJ), Space Blues (SP) e Etéreo das Recordações de Chita (SP), o álbum tem produção de André Kbelo Sangiacomo e do próprio Chico César, que assina a direção com Helinho Medeiros, pianista de seu grupo. Exceções são as faixas “History” (produzida e arranjada por Márcio Arantes), “Pedrada” (produzida e arranjada por Eduardo Bid) e “Eu Quero Quebrar”, que (além da leitura de Chico e banda) ganhou uma versão bônus produzida por André Abujamra. O disco traz alguns convidados: a adolescente paraibana Agnes Nunes (com quem divide os vocais em “De Peito Aberto”), a jovem cantautora pernambucana Flaira Ferro (em “Cruviana”) e o guitarrista paulistano Luiz Carlini (na música “O Amor é um Ato Revolucionário”, com um longo improviso em que até cita seu mitológico solo na primeira gravação de “Ovelha Negra” com Rita Lee e Tutti Frutti).
Fontes:
https://www.facebook.com/OficialChicoCesar
http://www.chicocesar.com.br/imprensa.php
http://www.chicocesar.com.br/biografia.php
http://www.terra.com.br/istoegente/50/reportagem/rep_chicocesar.htm