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Data de publicação do verbete: 13/08/2015

Pinto do Acordeon

Participou de Festival em Montreux, Suíça. Ao longo de sua carreira já compôs 280 obras e gravou 486 músicas de vários compositores. É um dos ícones da música regional.
Data de publicação: agosto 13, 2015

Naturalidade: Conceição do Piancó-PB

Nascimento: 18 de fevereiro de 1950

Falecimento: 21 de julho de 2020

Site: www.pintodoacordeon.com.br

Atividades artístico-culturais: Cantor, compositor e instrumentista.

Estilo Musical: Forró

Participações: Festival de Montreux, Suíça (2008); gravação do DVD do grupo paraibano Clã Brasil (2006); e seção de autógrafos no lançamento do livro Por Amor ao Forró – Pinto do Acordeon, autoria de Onaldo Rocha de Queiroga.

Álbuns: Lançou seu primeiro LP solo (1976), no mesmo ano, a canção “Arte culinária”, uma parceria sua com Lindolfo Barbosa, fez sucesso com o Trio Nordestino; o LP “Gosto da Bahia”, pela Gravadora Japoti (1970); o álbum “As filhas da viúva” (1980); o LP “O rei do forró sou eu” Nova Produções (1994); participou da gravação do DVD do grupo paraibano Clã Brasil (2006); e os CDS: 20 anos de estrada, De língua, Forró Cocota, Me botando pra roer, Projeto divino, Eco nordeste, Vem viver essa paixão, Deixa o dia clarear; Sertanejo, entre outros. Durante toda a carreira, somam-se cerca de 20 álbuns gravados, entre LPs e CDs.

Francisco Ferreira Lima, conhecido pelo nome artístico de “Pinto do Acordeon”. Quando menino interessou-se pela música, e era aficionado por acordeon. Mas o primeiro instrumento que tocou foi “A Tuba”. Pinto fez parte da Banda de Música da sua cidade. Depois tocou o pandeiro, órgão (numa Banda Baile) e aos 14 anos começou a tocar a sanfona. Pinto diz “Eu tocava uma sanfona emprestada durante a noite, enquanto o dono da sanfona que estava hospedado na casa do meu pai estava a dormir”.

Ele tornou-se popular a partir de apresentações que realizava junto à trupe de Luiz Gonzaga. Iniciou sua carreira na cidade de Patos e hoje é um dos ícones da música regional.

Pinto relembra a sua infância “Eu fui criado engraxando no Beco da Pimenta, varri o cinema, para de noite entrar com uma tabuleta de cigarro, chocolate e confeitos para vender. Eu fui criado trabalhando, eu estudava a noite, quando eu chegava ao colégio para estudar, eu chegava cansado de tanto trabalhar durante o dia”.

O artista recorda “Para comprar minha primeira sanfona eu tive que bater uma caieira com 40 milheiros de tijolos passei três meses batendo tijolos e era sozinho, sem ajuda de ninguém”.

Pinto do Acordeon declara “Luis Gonzaga foi o meu espelho”. O artista lembra, “quando ele foi tocar em Conceição, a primeira vez, ele estava se apresentando em um Grupo Escolar, e a gente moleque tudo em cima do telhado das casas, para assistir ele, não se tinha dinheiro para pagar. Foi quando Gonzaga disse lá do palco, – Olhe molecada vocês tudinho aí, amanhã vai ter um show de graça em praça pública, vou tocar no meio da rua para vocês que não tem condições de pagar”.

O artista declara que apesar da infância sem brincadeiras e ter que trabalhar muito, ele considera-se feliz “Eu sou um homem realizado, eu posso bater no peito e dizer que sou um homem realizado”.

Foi autor de sucessos consagrados por artistas como Genival Lacerda, Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste, Fagner e Elba Ramalho; além de ter composto junto com Dominguinhos e se apresentado ao lado de Luiz Gonzaga, seu maior ídolo e de quem ganhou uma sanfona. Pinto diz nunca esquecer das palavras de Gonzaga “ Se não tiver a voz de vaqueiro, não tem voz apropriada para cantar forró”.

Em 1976, Pinto compôs a canção “Arte culinária”, uma parceria sua com Lindolfo Barbosa, fez sucesso com o Trio Nordestino. Em 1994, seu álbum “O rei do forró sou eu” contou com seus próprios arranjos, além da participação de Genário, no Acordeon; Toninho, no Contra-Baixo;  Lalá, na Guitarra; Ivo, Ivinho e Quartinha, na Percussão; Ramalho, nos Teclados; Egídio, na Flauta; e Dôra, Lilian Raquel e Robson, no Vocal. No repertório constaram doze músicas, todas de sua autoria.

Pinto emplacou a primeira canção de sucesso, “Neném Mulher”, como uma das trilhas da novela “Tiêta”, da Rede Globo de Televisão, em 1989. A história do músico sertanejo também é contada no documentário “O Brasil da Sanfona”, do cineasta Sérgio Roizenblit, que reúne mais de 50 sanfoneiros, e na recém-lançada biografia “Por Amor ao Forró – Pinto do Acordeon”, de Onaldo Rocha de Queiroga.

Ao longo de sua carreira compôs 280 obras e gravou 486 músicas de vários compositores. Após ficar afastado dos palcos por problemas de saúde, ao retornar aos shows Pinto declarou “Minha música é minha vida. É com imensa alegria que retorno aos palcos para exercer a minha música. Minha vida é o palco e o povo se tirar isso de mim é o mesmo que morrer”.

Pinto do Acordeon faleceu na madrugada de 21 de julho de 2020, em São Paulo, em decorrência de um câncer.

Fontes:

http://pmcg.org.br/lancamento-do-livro-que-conta-a-historia-de-pinto-do-acordeon-aconteceu-no-centro-cultural/

http://www.joaopessoa.pb.gov.br/com-pinto-do-acordeon-e-os-gonzagas-pmjp-divulga-programacao-do-sao-joao/

http://www.radarsertanejo.cc/2015/06/18/livro-sobre-pinto-do-acordeon-sera-lancado-cantor-e-de-conceicao/

http://www.dicionariompb.com.br/pinto-do-acordeom/dados-artisticos

http://www.uepb.edu.br/editora-da-universidade-estadual-da-paraiba-publica-livro-sobre-vida-e-obra-de-pinto-do-acordeon/

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