Localização: Mata Paraibana
Área territorial: 210,6 km²
População: 723.515 IBGE / 2010
Gentílico: Pessoense
Limites geográficos: Cabedelo (norte), Conde (sul), Bayeux e Santa Rita (oeste)
Fundação: 5 de agosto de 1585
Configurações geomorfológicas: Típica da unidade Geoambiental dos Tabuleiros Costeiros
Altitude: 40 m
Vegetação: Bastante diversificada, apresentando a predominância de faixas de Mata Atlântica, coqueirais e manguezais, bem como vegetação de transição cerrado/floresta.
Hidrografia: O município pertence à bacia hidrográfica do Rio Paraíba, Região do Baixo-Paraíba. O principal curso de água é o Rio Paraíba, aliado aos rios Marés, Sanhauá, Jaguaribe e Mumbaba/Gramame, grandes provedores de água para o abastecimento da cidade.
Economia: Turismo, indústria, comércio e serviços.
História do município: Toda a região do São Domingos (primeiro nome dado ao Paraíba) era habitada por índios Tabajara, cortejados pelos franceses que exploravam o pau-brasil e tentavam conservá-los hostis aos exploradores de outras nacionalidades. Em 1574, os índios participaram do ataque ao engenho de Diogo Dias, na Capitania de Itamaracá (Pernambuco). Portugal temia que os franceses ali se estabelecessem definitivamente e ordenou a construção de fortes na foz do rio, pelos portugueses que sofreram várias derrotas. No início de 1585, chegou à região, Martim Leitão, Ouvidor Geral da Bahia, chefiando uma expedição que deveria restaurar os fortins da barra e desalojar os franceses de diversas posições.
Nesse mesmo ano, os portugueses criaram o Forte do Varadouro, às margens do Rio Sanhauá, pequeno afluente do rio Paraíba, e fundaram o povoado. Em homenagem ao santo do dia, o lugar recebeu o nome de Nossa Senhora das Neves, até hoje padroeira da cidade. Em honra ao Rei da Espanha, que dominava Portugal, a cidade recebeu o nome de Felipéia. Chegaram várias famílias, levadas pelo Ouvidor-Geral Martim Leitão, que providenciou a construção de fortes, igrejas e casas de moradia.
As lutas com os índios prosseguiram ainda durante anos, ora contra os Tapuias, que viviam no interior, ora contra os Potiguares, que habitavam o Norte. A cidade desenvolveu-se lentamente e nela viria radicar-se Duarte Gomes da Silveiro, companheiro de Martim Leitão, em uma de suas expedições, a fim de estimular o progresso da cidade, Silveira instituiu prêmios para recompensar os habitantes que levantassem casas de moradia e fundou, em 1639, o Morgado Salvador do Mundo, como patrimônio da Santa Casa de Misericórdia da Paraíba.
Na década de 1630, o povoado possuía cerca de 1.500 habitantes e em suas imediações funcionavam 18 engenhos de açúcar. Com a aproximação das forças holandesas, o povo abandonou a cidade depois de incendiar os prédios mais importantes.
Comandados pelo coronel holandês Segismund Von Schkoppe, 2.500 homens invadiram a cidade que recebeu o nome de Frederikstadt (Frederícia). O povo paraibano resistiu, comandado por André Vidal de Negreiros, organizador do movimento de reação e, em 1654, os holandeses foram expulsos.
No século XVIII, novas igrejas marcaram a expansão da vila, entre elas o majestoso conjunto barroco formado pela igreja de São Francisco e o Convento de Santo Antônio. A capital chamou-se Paraíba do Norte até 1930, quando passou a denominar-se João Pessoa, em homenagem ao Presidente do Estado, assassinado em Recife, durante campanha política. Sua morte foi uma das causas imediatas da Revolução de 1930.
A modernização urbana de João Pessoa ocorreu a partir de meados do século XIX e atingiu o ápice no século XX, de 1920 a 1970, com alterações urbanas e obras viárias que mudaram a fisionomia do núcleo inicial da cidade. A cidade se desenvolveu a partir de dois núcleos principais: o Varadouro e a Cidade Alta, ligados pela Ladeira de São Francisco.
A Cidade Alta se formou ao redor da Igreja Matriz, onde se instalaram as primeiras residências da elite. Nessa área, estão situados vários monumentos importantes, como o Museu de Arte Sacra da Paraíba (localizado no Conjunto da Ordem Terceira de São Francisco), o Teatro Santa Roza (terceiro mais antigo do Brasil, todo revestido internamente de madeira pinho de riga), a Biblioteca Pública Estadual (exemplar do ecletismo do final do século XIX). No século XX, o comércio de padrão médio e alto migrou para a Cidade Alta, causando a valorização dos terrenos.
Em 30 de dezembro de 2003, por meio da Lei Estadual nº. 59/03, e ampliada pela Lei Complementar Estadual 90/ 2009, foi instituída a sua Região Metropolitana, com doze municípios: Bayeux, Cabedelo, João Pessoa, Santa Rita, Lucena, Cruz do Espírito Santo, Mamanguape, Rio Tinto, Alhandra, Pitimbu, Caaporã.
Natureza, história, eventos, monumentos, gastronomia, artesanato e cultura estão presentes em praticamente todos os lugares da cidade. Seu patrimônio possui grande valor paisagístico e artístico. O centro histórico é marcado pela acentuada integração com o meio ambiente, congrega construções de diferentes estilos e épocas aliadas a privilegiados atributos naturais: Relevo suave, clima tropical e vegetação exuberante, onde se revela a alternância entre manguezais e coqueirais, com vegetação de Mata Atlântica.
Eventos Turísticos: Festa das Neves, Extremo Cultural, Salão de Artesanato da Paraíba, São João, Music From Paraíba, Festival Internacional de Música Clássica, e outros.
Atrações Turísticas Naturais: Parque Zoôbotânico Arruda Câmara (BICA), Jardim a orla com mais de 24 quilômetros de praias, entre as quais: Cabo Branco, Botânico Benjamim Maranhão, Mata do Buraquinho, Picãozinho, destaque para Tambaú, Bessa, Ponta do Seixas.
Patrimônio Arquitetônico / Cultura Material: Praça Anthenor Navarro, Centro Histórico, Hotel Globo, Capela do Engenho da Graça, Casa na Praça do Erário (atual Agência dos Correios), Convento e Igreja de Santo Antônio, Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, Casa de Oração e Claustro da Ordem Terceira de São Francisco, Igreja da Misericórdia, Igreja da Ordem Terceira do Carmo ou Igreja de Santa Teresa de Jesus, Igreja do Mosteiro de São Bento, ruínas da Casa da Pólvora, ruínas da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, Farol do Cabo Branco, a Praça Presidente João Pessoa, também conhecida como a “Praça dos Três Poderes”, por está localizada entre as sedes dos poderes executivo, legislativo e judiciário estadual, Porto do Capim, entre outros.
Equipamentos Culturais / Turísticos: Estação Cabo Branco Ciência Cultura e Artes, Espaço Cultural José Lins do Rêgo, Dommus Hall, Centro de Convenções, Casa do Artista Popular, Teatro Santa Roza, Teatro a Pedra do Reino, e outros.
João Pessoa foi considerada a “segunda capital mais verde do mundo”, com mais de 7 m² de floresta por habitante, perdendo somente para Paris, França. Esse título de distinção lhe foi dado em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, 1992.
A cidade é conhecida como “Porta do Sol”. O lugar “onde o sol nasce primeiro nas Américas”, devido ao fato de, no município, estar localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto mais Oriental das Américas.
João Pessoa foi considerada pela organização International Living, como uma das melhores cidades do mundo para se desfrutar a aposentadoria.
Fontes:
Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE
http://www.revistaturismo.com.br/dicasdeviagem/paraiba.html
http://revistas.pucsp.br/index.php/cordis/article/view/12934/9402