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Data de publicação do verbete: 30/09/2015

Índios Tabajaras

A etnia Tabajara possui uma história de sucessivas migrações, devido a constantes conflitos de terras desde o período colonial.
Data de publicação: setembro 30, 2015

Municípios: Conde, Alhandra, João Pessoa, Santa Rita, Bayeux e Pitimbu.

Região: Microrregião do litoral sul paraibano.

Número de indígenas: 750.

A etnia Tabajara possui uma história de sucessivas migrações, devido a constantes conflitos de terras desde o período colonial. Na época da fundação da Paraíba, a etnia Tabajara era formada por aproximadamente 6 mil índios, ocupavam o litoral do Estado, onde fundaram as aldeias de Alhandra e Taquara.

Em 1614, o Capitão-Mor da Paraíba doou aos Tabajaras que lutaram a favor dos portugueses, contra os Potiguaras, três sesmarias que juntas tinham, uma dimensão que ia do rio Gramame até o rio Abiaí, no Litoral Sul da Paraíba.

Além de viverem da caça, coleta de frutas e da pesca, os índios plantavam principalmente mandioca, milho e feijão. Em 1758, o Marquês de Pombal passou a incentivar o casamento entre brancos e indígenas e elevou ao status de vila as aldeias indígenas.

Entre os anos de 1634 e 1954, período de dominação holandesa, Jacoca passou a ser chamada de Maurícia. Em 1762, a aldeia Jacoca passou a ser chamada de Vila de Conde, e a aldeia Aratagui passou a ser chamada de Vila de Alhandra, pois as vilas não podiam ter nomes indígenas, na intenção de descaracterizá-las.

Em meados do século XIX, a maior parte das terras indígenas já havia sido tomada pelos estrangeiros, por isso, veio à Paraíba o engenheiro Antônio Gonçalves da Justa Araújo, entre os anos de 1864 e 1971, com o objetivo de demarcar as terras onde havia ainda nativos Tabajaras, no Litoral Sul repartindo-as com os proprietários não indígenas que se encontravam nesta época de medições.

Em 1871, na demarcação de Justa Araújo, os Tabajaras ficaram com apenas 10% das terras da sesmaria Jacoca que pertenciam a eles em 1614. Em 2006, após muitas lutas pelo reconhecimento das terras indígenas foram feitos estudos técnicos no qual foram contados cerca de 1000 indígenas Tabajaras espalhados pela periferia da Grande João Pessoa e Litoral Sul.

No ano de 2007, formaram-se parcerias com órgãos indigenistas: FUNAI, CIMI, APOIME, CNPI. Os Tabajaras também passaram a receber o apoio da Universidade Federal e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia. Em 2008, ocorreu a Mobilização do povo Tabajara, que começava a se organizar para reconstruir sua identidade.

Em 2009, fica conhecido como o Ano da Cultura, quando houve a aprovação do Grupo de Estudos (GT) pela FUNAI, para pesquisar aspectos socioeconômicos, culturais e Geo-Históricos, reelaboração da cultura (artesanato e toré).

O ano de 2010 foi um ano marcante para o povo Tabajara, pois ocorreu a entrega do Relatório a FUNAI e com isto, o reconhecimento dos órgãos oficiais e da sociedade em relação à existência do povo indígena Tabajara. O ano de 2011 foi de mobilização pela demarcação do Território, onde houve também a adesão dos Jovens indígenas Tabajaras (OJITA).

O termo Tabajara é definido como uma categoria classificatória dos povos tupi que servia para denominar aqueles grupos com os quais podiam estabelecer relações de reciprocidade ou de guerra alternadamente, advindo daí a sua dupla tradução – como cunhado e inimigo.

 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabajaras_(povo)

https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndios_Tabajaras

http://historiadaparaiba.blogspot.com.br/2007/12/os-ndios-da-paraba.html

http://paraibanos.com/joaopessoa/historia-nativos.htm

http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&action=read&id=5945

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