Naturalidade: Pilar – PB
Nascimento: 3 de junho de 1901 /Falecimento: 12 de setembro de 1957
Atividades artístico-culturais: Escritor, romancista e jornalista.
Publicações de sua autoria: Menino de engenho (1932); Doidinho (1933); Bangüê (1934); O Moleque Ricardo (1935); Usina (1936); Histórias da Velha Totônia, (1936); Pureza (1937); Pedra bonita (1938); Riacho doce (1939); Água-mãe (1941); Gordos e magros (1942); Fogo morto (1943); Poesia e vida (1945); Eurídice (1947); Homens, seres e coisas (1952); Cangaceiros (1953); A casa e o homem (1954); Caminhos do Pajeú, (1955); Meus Verdes Anos (memórias) (1956); Presença do Nordeste na literatura brasileira (1957); O vulcão e a fonte (1958); Dias idos e vividos – antologia (1981); Ligeiros Traços: escritos de juventude (2007); e Flamengo é puro amor: 111 crônicas escolhidas (2008).
Prêmios recebidos: Prêmio da Fundação Graça Aranha, pelo romance Menino de engenho (1932); Prêmio Felipe d’Oliveira, pelo romance Água-mãe (1941), e Prêmio Fábio Prado, pelo romance Eurídice (1947).
Filmografia: Menino de engenho (1965). Produção: Glauber Rocha e Walter Lima Júnior. Direção: Walter Lima Júnior; José Lins do Rego (documentário). Prêmio do Instituto Nacional do Cinema como a melhor direção de curta-metragem em 1969; José Lins do Rego (curta-metragem). Produção: José Olympio Editora. Direção: Walter Lima Júnior; Fogo morto. Produção: Miguel Borges. Direção: Marcos Faria; José Lins do Rego: Engenho e Arte (documentário). Produção: TV Escola. Direção: Hilton Lacerda. TV Escola: José Lins do Rego; O Engenho de Zé Lins (documentário, 2006). Produção e direção: Vladimir Carvalho. Prêmio de Melhor Montagem no Festival de Brasília de 2006.
José Lins do Rego nasceu no Engenho Corredor, no município de Pilar-PB. Filho de João do Rego Cavalcanti e de Amélia Lins Cavalcanti, José Lins começou a estudar no Instituto Nossa Senhora do Carmo, em Itabaiana e no Colégio Diocesano Pio X na então cidade da Paraíba atual João Pessoa. Depois estudou no Colégio Carneiro Leão e Osvaldo Cruz, em Recife.
Em 1916, o primeiro contato com O Ateneu, de Raul Pompeia. Em 1918, foi a vez de adquirir conhecimentos através de Dom Casmurro, obra de Machado de Assis. As histórias de Trancoso, contadas pela velha Totônia e a leitura de Os doze pares da França, de Carlos Magno também o influenciaram.
Desde a infância, já trazia consigo, outras raízes, do sangue e da terra, que vinham de seus pais, passando de geração em geração por outros homens e mulheres sempre ligados ao mundo rural do Nordeste açucareiro, às senzalas e aos negros rebanhos humanos que a formava.
Em 1919, entrou para a Faculdade de Direito na capital pernambucana. Nesses anos, iniciou seus escritos publicando a coluna literária no Diário do Estado da Paraíba e crônicas no Jornal do Recife, além de ter fundado o semanário Dom Casmurro, com Osório Borba. Foi nessa época que conheceu o escritor e sociólogo Gilberto Freyre, com quem fez amizade que lhe influenciou quanto à maneira de pensar a formação da sociedade brasileira.
Em 1923 formou-se bacharel em Direito e, no ano seguinte, casou-se com Filomena Massa, com quem teve três filhas. No ano seguinte, foi para Manhuaçu Minas Gerais exercer as funções de Promotor Público. Cargo esse que abandonou em 1926 quando seguiu para Maceió para ser fiscal de bancos; função essa que exerceu até 1930, quando passou a ocupar o cargo de fiscal de consumo entre 1931 e 1935.
Durante sua estada em Maceió tornou-se colaborador do Jornal de Alagoas e amigo de vários intelectuais locais (Graciliano Ramos, Raquel de Queirós, Aurélio Buarque, Jorge de Lima e outros), integrou o grupo Regionalista do Nordeste.
Em Maceió publicou o primeiro livro, Menino de engenho (1932), obra que se revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro. Com essa obra, o escritor inaugurou uma série de seis obras intitulada “Ciclo da cana-de-açúcar”.
Em 1935, já nomeado fiscal do imposto de consumo, José Lins do Rego transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde passou a residir. Integrando-se plenamente no ambiente carioca, continuou a fazer jornalismo, colaborando em vários jornais com crônicas diárias.
Revelou-se, então, por essa época, a faceta esportiva de sua personalidade, sofrendo e vivendo as paixões desencadeadas pelo futebol, o esporte de sua predileção, foi torcedor do Flamengo. Foi secretário geral da Confederação Brasileira de Desportos de 1942 a 1954.
No ano de 1944, em missão oficial, vai a Argentina e o Uruguai, onde pronuncia várias conferências sobre literatura brasileira. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 15 de setembro de 1955, para a cadeira 25.
Em 1957, José Lins faleceu deixando obras que se caracterizam pelo extraordinário poder de descrição. Reproduz no texto a linguagem do eito, da bagaceira, do nordestino, tornando-o mais legítimo representante da Literatura Regional Nordestina.
É patrono da cadeira 39 da Academia Paraibana de Letras, que tem como fundador Coriolano de Medeiros. Atualmente ocupada por Sérgio de Castro Pinto. Seus livros são adaptados para o cinema e traduzidos na Alemanha, França, Inglaterra e Espanha.
Fontes:
http://www.pactoaudiovisual.com.br/mestres_final/joselinsdorego/vida_e_obra.htm
http://www.vidaslusofonas.pt/jlr.htm
http://www.colegioweb.com.br/modernismo-segunda-fase-ii/rachel-de-queiroz-e-jose-lins-do-rego.html
http://www.academia.org.br/academicos/jose-lins-do-rego/biografia