Naturalidade: João Pessoa – PB / Radicado em Olinda – PE
Nascimento: 12 de janeiro de 1944.
Contato/exposição: Mercado da Ribeira em Olinda-PE / Rua das Pernambucanas, 420, Recife-PE.
Contato: (81) 3222-1563
Site: www.joaocamara.com
E-mail: contatos@joaocamara.com
Formação artístico-educacional: Cursou Psicologia na Universidade Católica de Pernambuco (1964 e 1968). Estudou pintura no curso livre da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco, entre 1960 e 1963; cursou xilogravura, sob a orientação de Henrique Oswald e Emanoel Araújo, na Escola de Belas Artes de Salvador;
Atividades artístico-culturais: Pintor, gravador, desenhista, artista gráfico, professor e crítico.
Principais criações: Três grandes séries temáticas: Cenas da Vida Brasileira (10 pinturas e 100 litografias), Dez Casos de Amor e uma Pintura de Câmara (diversas litografias, um tríptico, 10 pinturas, 70 gravuras, 22 montagens e 3 objetos) e Duas Cidades (38 pinturas e 18 objetos) entre outras.
João Câmara Filho teve seu primeiro contato com as artes plásticas através do curso livre da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Pernambuco, aos 16 anos, e não parou mais de pintar. O artista produz pinturas que formam conjuntos e não seriadas. Trabalha com tinta a óleo, acrílica ou técnica mista. Em suas gravuras utiliza principalmente a técnica litográfica tradicional: pedras e prensas manuais.
Na década de 1960, sua produção aproximou-se do expressionismo e do fauvismo. Em algumas obras enfoca a violência, e o caráter trágico da composição, e acentua-se pelo uso de tons escuros que se contrapõem aos vermelhos e azuis fortes, como pode ser observado em Vietonose Perfil III (1966) e Exposição e Motivos da Violência (1967).
Em Testemunhal, Reconstituição e Uma Confissão (todas de 1971), aborda a tortura e a opressão humana. O artista, ao voltar-se para o corpo do homem, submete-o a torções e deformações, sem prejuízo de certo erotismo.
Nessa mesma década, em 1963, foi eleito presidente da Sociedade de Arte Moderna do Recife, onde desde então tem colaborado com jornais e revistas sobre artes plásticas. Em 1964, funda com Adão Pinheiro, José Tavares e Guita Charifker o Ateliê Coletivo da Ribeira e, em 1965, o Ateliê + Dez, ambos em Olinda.
Entre 1967 e 1970, leciona pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Paraíba. Em 1974, monta um ateliê de litografia, transformado depois na Oficina Guaianases de Gravura, hoje instalada no Mercado da Ribeira, em Olinda, e incorporada à Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1980, funda a Associação dos Artistas Plásticos de Pernambuco e, em 1987, assume o cargo de assessor da Secretaria de Estado da Cultura, Esportes e Turismo do mesmo Estado. Em 1991, recebe o Diploma Lula Cardoso Ayres, do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, pela atuação no campo das artes plásticas.
Desde 1994 é membro do Conselho Nacional de Política Cultural. Em 1995, recebe Grau de Comendador da Ordem do Rio Branco. Foi colunista do Diário de Pernambuco entre os anos 1980 e 1990. Ao longo de sua carreira, tem feito exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior.
Possui obras em museus brasileiros e estrangeiros, e em coleções públicas e particulares. Tem publicado diversos livros sobre suas obras e seu trabalho. Seu acervo, a documentação sobre a sua obra, e sua produção corrente podem ser vistos na reserva técnica instalada em Recife.
Fontes:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1955/joao-camara