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Data de publicação do verbete: 27/11/2015

Ascendino Leite

Crítico, jornalista, romancista, memorista e poeta. Ele exerceu funções públicas no Estado da Paraíba até 1943. Foi condecorado pela Marinha do Brasil e de Portugal.
Data de publicação: novembro 27, 2015

Naturalidade: Conceição do Piancó – PB

Nascimento: 21 de junho de 1915    / Falecimento: 13 de junho de 2010

Atividades artístico-culturais: Escritor, crítico, romancista, jornalista, poeta e memorista.

Obras: “Na Ciência dos Fatos” – Jornal Literário (2007); Estética do Modernismo (1936); Notas Provincianas (1942); A Viúva Branca (1953); O Salto Mortal (1958); A Prisão (1958); O Brasileiro (1962); Passado indefinido (1963); Os Dias Duvidosos (1963); O Lucro de Deus, Durações (1963); A Velha Chama (1965); As Coisas Feitas (1968); Visões do Cano Branco (1969); O Vígia da Tarde (1970); Um ano no outono (1972); Os Dias Esquecidos (1974); O Jogo das Ilusões, os diários As coisas feitas (1980); Os dias Memoráveis (1982); O Velho do Leblon (1988); Poesia – Sonho de Uma Noite de Verão (1993); Poesia reunida (1999); Poemas do fim comum (2000), entre outras. Uma seleção do “jornal” foi publicada com diversos títulos: I – Durações; II – Sol a Sol Nordestino; III – O Motim das Agonias.

Ascendino Leite nasceu em Conceição do Piancó (PB), em 1915, o ano da terrível seca que inspirou o famoso romance de Rachel de Queiroz. A infância modesta e a paisagem flagelada do Nordeste marcaram profundamente sua alma. Crítico, jornalista, romancista, memorista e poeta.

Dirigiu e chefiou a redação de vários jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em João Pessoa, passou pelo jornal O Norte, Correio da Paraíba e foi diretor do jornal A União. Entre os jornais de mais destaques estão: Diário de Notícias (1930), Diário Carioca (1928), Jornal do Brasil (1891), A Manhã (1925), e depois como dirigente da sucursal do grupo Folhas (1921), com três edições diárias (Folha da Manhã, Folha da Tarde e Folha da Noite), em 1942.

O escritor casou-se com Maria Rosa Franca em 1936, com quem teve cinco filhos (Alice, Isolda, Maria das Neves, Lúcio e Vera Lúcia). Iniciou sua carreira como funcionário público e passou a atuar como jornalista em 1931, quando morava em Cajazeiras. Ele exerceu funções públicas no Estado da Paraíba até 1943.

Estreou com o romance A Viúva Branca, em 1952. Em seguida, inicia a publicação de seu Jornal Literário. Como serventuário da Justiça, trabalhou no tribunal do Rio de Janeiro.

Foi o idealizador da revista semestral de poesia “Augusta”, lançada no ano 2000, cujo título homenageia a memória do poeta Augusto dos Anjos. Integrante da Academia Paraibana de Letras desde 2002, sócio fundador da Associação Paraibana de Imprensa, API e um dos maiores romancistas do país.

Em 2007, Ascendino lançou “Na Ciência dos Fatos” – Jornal Literário. O livro traz, entre outros temas, uma coletânea de crônicas, poemas e depoimentos sobre o cotidiano.

Ascendino foi um homem de muitos talentos e que conseguiu destaque no cenário nacional graças a sua competência, inteligência e ousadia. Recebeu prêmios como o de Joaquim Nabuco, do Pen Clube do Brasil, pelo seu Jornal Literário. Foi condecorado pela Marinha brasileira e de Portugal. Seu Jornal foi de grande importância como apreciações de fatos e pessoas. Seu trabalho foi bem acolhido por parte da crítica, que o colocou entre os melhores autores nacionais.

Assim, onde houver uma sombra que agasalhe a boa literatura, a poesia, a arte de escrever, o ofício do jornalismo, a prática da crítica literária, a análise e interpretação do fato político, ele está lá. Presente com a sua escrita.

Em sua longa existência, conviveu e privou da amizade e do respeito das maiores estrelas da literatura brasileira do século XX. Faleceu em 13 de junho de 2010 em plena atividade

Poemas de Ascendino Leite:

MEU ROSTO

Sou tão sincero no que faço

que penso: Deus me segue,

sorrindo e abençoado no pecado.

Sou tão sincero no que penso,

que Deus me acompanha no passado,

– velho tributário do pecado.

Sou tão voraz por entre as coisas

que, não raro, com elas me confundo.

Daí que, fiel ao que elas são,

sei que Deus me abandona no que sou.

Como, então, não creditar

a Deus, Nosso Senhor,

a sorte de, a toda hora, ter desejos?

IDEOLOGIA

Escondida está em nosso Vale

a minha ideologia da paixão.

Se tudo tivesse dado certo, digo,

eu teria sido pai aos doze anos.

Não é, querida Laura? E tu,

uma certa mãezinha à mesma idade?

Surpresas, mais que mistérios, vindas

do Vale em que nasci e casto fui,

os sentidos me impondo seu império.

Fontes:

http://culturapopular2.blogspot.com.br/2010/03/autor-ascendino-leite.html

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/ascendino_leite.html

http://www.osebocultural.com/galeria/27,,ascendino-leite/galeria.html

http://www.jornaldepoesia.jor.br/aleite.html

http://www.soniavandijck.com/galeria.htm

http://www.oswaldinomarques.pro.br/02-obras/livros/comentarios/Cartas_sobre_Usina_do_Sonho/Ascendino%20Leite-1.htm

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