Naturalidade: João Pessoa – PB
Data de nascimento: 04 de maio de 1961
Atividades artístico-culturais: Músico, vocalista, compositor, guitarrista e jornalista.
Facebook: https://www.facebook.com/herbertviannaoficial
Discografia:
Solo:
1992: Ê Batumaré
1997: Santorini Blues
2000: O Som do Sim
2012: Victoria
2017: Sinais do Sim
Com Os Paralamas do Sucesso
Nacional:
1983 Cinema Mudo
1984 O Passo do Lui
1986 Selvagem?
1987 D
1988 Bora-Bora
1989 Big Bang
1990 Arquivo
1991 Os Grãos
1994 Severino
1995 Vamo Batê Lata
1996 Nove Luas
1998 Hey Na Na
1999 Acústico MTV
2000 Arquivo II
2002 Longo Caminho
2003 Uns Dias Ao Vivo
2005 Hoje
2007 Rock in Rio 1985
2009 Brasil Afora Estúdio
2011 Brasil a Fora Multishow
Internacional:
Os Paralamas do Sucesso (1986) – coletânea portuguesa
Paralamas (1992) – dois álbuns distintos: uma coletânea latino-americana em espanhol e uma coletânea inglesa, com músicas em português e espanhol.
Dos Margaritas (1994) – versão argentina de Severino
Nueve Lunas (1996)- Nove Luas, com 7 faixas em espanhol
Hey Na Na (1998)- 5 faixas em espanhol
O Melhor 83-99 (2000) – coletânea portuguesa
Portrait (2000) – coletânea francesa
O paraibano Herbert Lemos de Souza Vianna é irmão do antropólogo e pesquisador cultural Hermano Vianna. Devido à vida militar de seu pai, o brigadeiro Hermano Vianna que é da aeronáutica e foi piloto de caça, mudou-se ainda criança para Brasília, onde conheceu Dinho Ouro Preto, Bi Ribeiro, Digão, Dado Villa-Lobos, e o mestre Renato Russo.
No início da década de 1980, mudou-se com Bi Ribeiro para o Rio de Janeiro onde fundaram os Paralamas (mas alguns consideram os Paralamas parte da “turma de Brasília”, como Capital Inicial, Plebe Rude e Legião Urbana) com o amigo Vital Dias na bateria. Após substituírem Vital por João Barone, Herbert compôs a música “Vital e Sua Moto”, em homenagem ao amigo, a qual se tornou o primeiro sucesso dos Paralamas e que renderia o contrato com a EMI.
Herbert Viana já trabalhou como despachante de carga da Transbrasil no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Em 1985, ele fez uma cirurgia para corrigir a miopia e deixou de lado o problema que inspirou um dos maiores sucessos da banda: a música “Óculos”. A música “Tribunal de bar”, do disco Os Grãos, é uma homenagem de Herbert para ele mesmo. Certa vez o cantor estava no bar Jazzmania, no Rio de Janeiro, e subiu ao palco para dar uma canja no show de um amigo. Mas estava bêbado, se atrapalhou e o público, inclemente, vaiou sem dó. Ele ficou irritado e baixou as calças. Logo a história percorreu rodas e rodas de bares
O músico foi quem sugeriu o nome do grupo Biquini Cavadão. Também criou o nome do personagem “Paralaminha” de Maurício de Sousa. O personagem é um garoto deficiente físico.
Depois de 10 anos de sucesso da banda, Herbert gravou o disco-solo Ê Batumarê (1992). Mais dois seriam gravados, Santorini Blues (1997) e O Som do Sim (2000), cheio de participações como Cássia Eller, Fernanda Abreu, Nana Caymmi, Sandra de Sá e Marcos Valle.
Namorou por anos Paula Toller, do Kid Abelha, e posteriormente casou-se com a inglesa Lucy Needham em 1991, na Inglaterra, com quem teve os filhos Luca, Hope Izabel e Phoebe Rita. Ele a conheceu no Rio, quando ela rodava um documentário para a BBC de Londres. Lucy trabalhava como jornalista na época.
O cantor produziu 3 discos da Plebe Rude: O Concreto já Rachou (1986) – Herbert tocou guitarra e cantou em “Minha Renda”, Nunca Fomos tão Brasileiros (1987), Enquanto a Trégua não Vem – Ao Vivo (2001). O disco ainda tem Eduardo Lyra, na percussão em 2 músicas. Herbert produziu o disco “Tigra” de Luciana Pestano (em parceria com Jr, Marcos Cunha, Rodrigo Campello e Mu). Ele ainda participou da música “Entre você e eu”. Luciana Pestano já havia participado do disco solo do Herbert (O Som do Sim).
Hebert cantou e tocou na música “A Vida é um Presente” do grupo Gurus. Os Paralamas participaram da gravação da música “A Letra Perfeita” do novo CD solo do Valnei, inegrante e vocalista das bandas de reggae Negril e ReggaeB. Juntamente com os Paralamas participou do CD e DVD ao Vivo do Cidade Negra, chamado Direto (2006). Eles tocaram o medley de Soldado da Paz-La Bella Luna. A Novidade e na regravação de Selvagem. Hebert participou da música “Um Amor, Um Lugar”, cantando e tocando guitarra no MTV Ao Vivo Fernanda Abreu (2006).
O cantor tocou e cantou nas músicas “Canção pra Quando você voltar” e “Por que não Eu” do disco Leoni Ao Vivo (2005). Tocou guitarra e cantou na música “Conexão Amazonica” no DVD Ao Vivo MTV Apresenta Dado Villa Lobos-Jardim de Cactus, junto com Barone, Bi e Dinho Ouro Preto (2005). Fez a trilha sonora do filme do Casseta e Planeta (2004). Vinny (2004) no CD “A Mais Perfeita Forma de Amor” na regravação de “Romance Ideal”.
Herbert tocou violão e cantou na música “Envelheço na Cidade” no Acústico MTV Ira! (2004). Participou da gravação da música “A Canção do Senhor da Guerra” de Renato Russo. A iniciativa partiu da 89FM e contou com a participação de grandes nomes do rock nacional.
“O Herbert participou na única faixa inédita do disco, a “Canção pra quando você voltar”, nossa primeira parceria desde “Educação Sentimental II” e que tem um valor emocional enorme para mim. A voz do Herbert foi gravada na casa dele e traz delicadeza e profundidade para a música. No final da faixa, um mantra tibetano de cura e compaixão é entoado por nós dois e um lama do mosteiro tibetano de Vargem Grande recita o mesmo ajudando a reforçar o clima de amizade, tolerância e paz.” Argumentou Leoni. O disco chama-se Áudio-retrato (2003).
O cantor participou do CD de Lulu Santos “Programa” na música “4 do 5”. Herbert tocou guitarra no CD do Gilberto Gil “Kaya n’ gandaya” (2002). Em 2 músicas: “No Woman no Cry” e “Them belly Full”, no disco que Gil gravou em homenagem a Bob Marley. Barone, Bi e Lyra também participam. Assinou também a trilha sonora do filme “Lá e Cá”. Tocou guitarra na música “Brasileiro em Tóquio” do álbum “É tudo um real” do Pedro Luís e a Parede, junto com Bi e Barone. Também tocou guitarra solo na música “O caroço da cabeça”, no álbum “Domingo” dos Titãs.
Herbert cantou e tocou na música “Office Cowboy” do disco “Rei Momo” do ex-líder do Talking Heads, Davi Byrne. Herbert cantou em português e o David em inglês. No disco “12 de janeiro” do Nando Reis, tocou guitarra nas músicas: “ECT”, “Meu aniversário”, “Me Diga” e “A Fila”. Também tocou guitarra em “Eu sou só um” do Fat Family e “Nego” do álbum “Histórias Reais, Seres Imaginários” (2001) do Nenhum de Nós. Herbert tocou guitarra nas músicas: “Seu olhar” com Gilberto Gil, “Homem de negócio” com Jorge Ben Jor e no CD Parte de La Religion de Charly Garcia, “Nas Luzes do Rosário” com Fito Paez.
O cantor tocou em “Tédio” e “No Mundo da Lua” (Disco Tédio – 1985), tocou guitarra solo em “Inseguro de Vida”, além de “Tédio” (Disco Cidades Em Torrente – 1986), cantou em “Cai Água, Cai Barraco” (Disco Descivilização – 1991). Todos trabalhos do Biquini Cavadão. Herbert participou do CD “Raio X” da Fernanda Abreu, na música “Veneno da Lata”. Tocou violão no CD “O Amor me Escolheu” na música “Amor em vão” do Paulo Ricardo.
Herbert cantou no CD Jam 80 da ShowBizz, as músicas Geração Coca Cola (Legião) e Sexo e Karatê (Plebe Rude). Barone tocou bateria em todo o CD. Herbert tocou violão e cantou no Acústico da Gal Costa. Música: Lanterna dos Afogados. Cantou e escreveu a música “Como ser Solteiro” – filme Ingenuidade Perdida; e cantou com Daniela Mercury a música “Só pra te mostrar” do primeiro CD da Daniela: “O canto da Cidade”. Participou também dos SongBooks: Djavan (Açaí); Gilberto Gil (Refazenda) e Marcos Valle (Capitão da Indústria). No CD Brasil 500 anos, cantou a música “Brasil” com Barão, Raimundos e Titãs.
Desde cedo gostou de pilotar helicópteros e ultraleves. No dia 4 de fevereiro de 2001, sofreu um acidente aéreo em Mangaratiba, RJ, quando o ultraleve que pilotava caiu no mar, devido a um problema de fabricação na baía de Angra dos Reis, após a tentativa de executar um “looping”. No acidente, Lucy morreu e Herbert ficou internado durante 44 dias, parte deles em estado de coma.
O músico ficou paraplégico e perdeu parte da memória depois do acidente, porém, em um processo de recuperação gradual, retomou sua carreira, voltando aos palcos, e já tendo gravado vários álbuns após o acidente: Longo Caminho (2002, preparado antes do acidente), Uns Dias ao Vivo (2004, ao vivo), Hoje (2005), Brasil Afora (2009), Victoria (2012)
A agência de propaganda LewLara, coordenou a campanha do governo federal em 2005 – “Sou Brasileiro e não desisto nunca”. Um dos comercias tem Herbert Vianna como tema. O comercial retrata a história da banda, o acidente, os momentos difíceis de recuperação e o retorno triunfal de Herbert e dos Paralamas.
Em 2014, participou do Festival de Verão de Salvador. O cantor descreveu a sua vida após o acidente aéreo em que perdeu a esposa, mãe dos seus três filhos, e que o deixou paraplégico. “Eu tenho que, na verdade, cicatrizar um ferimento físico e emocional muito profundo. De ter tido um dano que me impede o funcionamento da metade inferior do meu corpo e a perda do meu grande amor, mãe dos meus três filhotes, em um acidente de aviação”, revelou Hebert Vianna em entrevista à TV Bahia, afiliada da Rede Globo no estado.
Ainda de acordo com o líder do “Paralamas do Sucesso”, ele viu o acidente como uma oportunidade para “aprender, crescer e evoluir emocionalmente” e destaca o apoio da filha.
Herbert Vianna participou no dia 15 de abril, do lançamento de um jornal para portadores de deficiência física. Intitulado “Na Luta”, o informativo foi lançado na feira Reatech, sobre tecnologia de reabilitação e acessibilidade, no Centro de Exposição Imigrantes (SP).
Herbert estava na feira, deu autógrafos a todos que possuíam o jornal, tirou fotos e, demonstrou a simpatia e o carisma de sempre com os fãs e, especialmente, com os portadores de deficiência física. Na Luta é o nome da seção existente no site oficial dos Paralamas, com dicas e links para portadores de deficiências físicas.
Fontes:
http://www.paralamasforever.com/herbert.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Vianna
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u10058.shtml