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Data de publicação do verbete: 14/04/2016

Paraíba, Meu Amor

O filme ganhou o Golden Reel Award - Prêmio Carretel de Ouro, de Melhor Musical de 2009 - 8° Festival Internacional do filme de Tiburon, na Califórnia, realizado em março de 2009.
Data de publicação: abril 14, 2016

Paraíba – Brasil

Gênero: Documentário

Direção: Bernard Robert-Charrue

Elenco: Chico César, Dominguinhos, Pinto do Acordeon, Os 3 do Nordeste, Trio Tamanduá, entre outros.

Ano: 2007

Lançamento: 10 de março de 2008

Idiomas: Português e francês (subtítulos em inglês).

Duração: 75 minutos.

O filme ganhou o Golden Reel Award (Prêmio Carretel de Ouro) de Melhor Musical de 2009 – 8° Festival Internacional do filme de Tiburon, na Califórnia, realizado em março de 2009.

“Paraíba, Meu Amor” foi gravado durante o São João Campina de Grande (PB). As filmagens foram realizadas em cenas ambientadas, e posteriormente também foram produzidas imagens na cidade de Patos.

O lançamento aconteceu no Cine Banguê do Espaço Cultural, na capital paraibana, no Auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP/CG), em Patos, e posteriormente foi exibido na Alemanha, e no Festival de Montreux, na Suíça, em 2008.

Produzido pelo renomado diretor suíço Bernand Robert-Charrue. O mesmo relata não entender como o ritmo nordestino não havia sido descoberto pelo público europeu. O filme “Paraíba, Meu Amor” marcou o início de uma campanha pela promoção do forró no exterior.

As gravações foram feitas nas festas do interior paraibano, nos cabarés e nos palcos do Maior São João do Mundo, e relatam a representação do forró na cultura nordestina brasileira, demonstrando ao mundo a alma do Nordeste. O acordeão (também chamado popularmente sanfona e gaita), a natureza, a seca e a boiada são elementos centrais do documentário.

A presença e participação de Chico César, nascido no sertão do estado demonstrando a nova sonoridade do forró e toda sua influência em outros estilos, logo no início do filme é um convite para continuar assistindo.

A produção também conta com Aleijadinho de Pombal chamado de “bluesman” do forró. Trio Tamanduá, com seu tradicional “pé-de-serra” que aparece com destaque, principalmente pela condição de seu cantor e compositor: vaqueiro de dia e músico de noite. Outros músicos como Pinto do Acordeão e o Grupo Os 3 do Nordeste, também fazem parte do filme.

“Paraíba, Meu amor Amor” alterna entrevistas e trechos musicais, ainda homenageia Luiz Gonzaga, tido como o pai do forró. O cantor Chico César diz “A beleza do forró é que muitos se identificam com ele, tanto o público, como vários artistas”.

O documentário repercutiu na Alemanha, na cidade de Karlsruhe. Sua reprodução ocorreu em um dos maiores festivais de jazz do mundo, o de Montreux, no qual dedicou um dia de sua programação ao forró, algo inédito nos mais de 40 anos do evento.

O diretor suíço descobriu por acaso o forró em 2005, quando fazia uma viagem a Olinda, Pernambuco. Estava em um bar local e viu um trio tocando o ritmo, o que lhe despertou interesse imediato. Em seguida, numa viagem ao Rio de Janeiro, comprou o que pôde encontrar sobre esse estilo musical, embora não tivesse achado muita coisa. Para dar início às filmagens, Charrue pediu ajuda a um amigo suíço que mora há trinta anos em Patos, Paraíba. E dias depois, ele recebeu em casa CDs de vários artistas paraibanos (Flávio José, Pinto do Acordeon, Aleijadinho e Amazan). A produção do filme em si teve início no ano em 2006.

Segundo Jamil Chade, um dos pontos altos das filmagens é o encontro, num mesmo estúdio, de Dominguinhos e o acordeonista francês Richard Galliano. “São dois dos maiores músicos do acordeão em todo mundo e esse foi o primeiro encontro entre ambos”, conta Robert-Charrue. O brasileiro e o francês revelaram que se escutavam em discos há 30 anos, sonhavam em se conhecer e se influenciavam mutuamente. Mas nunca haviam tido oportunidade de um contato. Galliano, músico de jazz que dividiu durante nove anos o palco com Astor Piazzolla, chora no fim do encontro com Dominguinhos.

Através do documentário Robert- Charrue mostrou o que há em comum entre o Sertão Paraibano e a França, “a musicalidade”. Para ele, este laço é o que liga culturas tão díspares, por meio de uma linguagem em que somente hábeis tocadores de acordeon podem compreender.

“O filme conta o que representa o forró na cultura nordestina brasileira. Mas tenta ir além e mostrar ao mundo a alma do Nordeste”, completa Jamil Chade. O diretor Robert-Charrue explica que, através do forró, descobriu o espírito do Nordeste, do sertão, a terra árida que marcou o povo e sua cultura secular. “Humildemente, peço desculpas por qualquer deslize que eu tenha cometido neste filme”, completou o cineasta.

Fontes:

http://www.fiepb.com.br/fiep/noticias/2008/02/19/paraiba_meu_amor#sthash.RLqDOSmS.dpuf

http://www.wscom.com.br/noticias/paraiba/lancamento+do+documentario+paraiba+meu+amor%E2%

80%99+nesta+segunda+no+cine+bangue+do+-35960

http://www.forroemvinil.com/analise-do-filme-paraiba-meu-amor/

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