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Data de publicação do verbete: 12/05/2016

Jô do Osso

A artesã é a única na Paraíba a trabalhar com ossos descartados pelos frigoríficos. Suas biojoias são conhecidas pelos quatro cantos do mundo, são exportadas para 12 países.
Data de publicação: maio 12, 2016

Naturalidade: Conde – PB

Atividade artístico-cultural: Artesã

Matéria-prima: Osso

Locais de exposição: 23º Salão de Artesanato da Paraíba no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa.

Maria Josilene Bernardo de Souto é conhecida por “Jô do Osso”, e iniciou no artesanato por um acaso, quando teve a ideia de utilizar ossos de animais e transformá-los em peças e utensílios de moda, e só após 35 anos a artesã passou a ter certeza de que todo o trabalho valeu a pena. Seu amor pela arte é notório, e transparece a cada peça produzida pela artista.

Jô começou coletando os ossos do lixo, e hoje depois do sucesso como artesã, ela compra os ossos nos frigoríficos, e a matéria-prima passa por todo um processo de higienização e cuidado, para produzir peças de qualidade e garantir a satisfação de seus consumidores.

Suas biojoias são conhecidas pelos quatro cantos do mundo, são exportadas para 12 países. O que poucos sabem, é que a artesã quando criança, Jô sonhava em ser Odontologista, mais tarde aos 28 anos, concretizou seu desejo, mas o amor pelo artesanato falou mais alto e decidiu seguir na profissão de artesã.

Ela é a única na Paraíba a trabalhar com osso, e sempre se destaca no Salão de Artesanato, expõe seu trabalho há vários anos. Usa uma técnica pioneira e exclusiva, a artesã consegue produzir anéis, pulseiras, colares e brincos utilizando apenas o material banhado com tinturas naturais extraídas do urucum, da flor do maracujá ou até mesmo da casca da uva. Jô apoia o trabalho das demais artesãs cabedelenses e é presidente da Associação dos Artesãos do Município de Cabedelo.

Jô do Osso reside no município de Cabedelo onde é reconhecida por suas habilidades manuais, e tem contribuído efetivamente para o crescimento da economia criativa local. Ela foi homenageada na exposição “Faces à Luz”, da artista plástica suíça Rosmarie Mani-Marty. Integrou a categoria “Sustentabilidade” pelo seu trabalho realizado com os ossos descartados pelos frigoríficos para a produção de anéis, pulseiras, brincos e colares, que são coloridos com as extrações das tintas naturais.

A artesã sente-se realizada, por notar a importância que as pessoas dão ao seu trabalho, e a peças que antes eram consideradas lixo, hoje depois de serem lapidadas, adquirem cores e formatos que se transformaram em lindos adereços, usados por pessoas de todo o mundo.

Além do orgulho de sua profissão, a artesã sente-se orgulhosa por ser mulher, e ressalva: “A mulher tem uma determinação semelhante a uma loba furiosa. É como se fosse um animal feroz que não consegue ser domada por ninguém. Mulher serve para uma série de coisas, e ainda cuidar da casa, do marido, dos seus filhos. Mulher não é sexo frágil, é guerreira, mulher tem força”!

A artesã Jô do Osso completa “O que me move é a minha fé. É muito gostoso olhar para trás e ver que eu consegui. Foi difícil e eu consegui”.

Fontes:

http://www.cabedelo.pb.gov.br/noticia_completa.asp?noticia=2644

http://paraiba.pb.gov.br/salao-de-artesanato-vende-mais-de-9-mil-pecas-na-primeira-semana-de-evento/

http://site1379944729.hospedagemdesites.ws/noticia_completa.asp?noticia=2715

https://www.facebook.com/letoviana/videos/570292256480015/

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