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Data de publicação do verbete: 08/06/2016

Manoel Clemente da Penha

Premiado no Coruja de Ouro – Melhor fotógrafo em preto e branco. O artista destacou-se no cenário cultural paraibano por seu trabalho na direção de fotografia cinematográfica.
Data de publicação: junho 8, 2016

Naturalidade: João Pessoa – PB

Nascimento: 1944

Contato: (83) 3225-7619

Atividade artístico – cultural: Fotógrafo

Manoel Clemente da Penha destacou-se no cenário cultural paraibano por seu trabalho na direção de fotografia cinematográfica. Desde muito jovem revela-se um exímio atuante na arte da fotografar, sua sensível percepção e habilidade o conduziram a uma carreira conceituada.

Encaixa-se no cenário nacional por volta dos anos de 1970, quando passa a trabalhar no setor de audiovisual do Instituto Nacional do Livro, a partir disto, teve suas fotos expostas em revistas e jornais da época. Sua iniciação no cinema se deu depois que Clemente trabalhou como assistente de fotografia de Hans Bantel, na obra “Romeiros da Guia”, evidenciando a sua ligação com o cinema.

No final de 1970, Clemente passou a dedicar seu conhecimento nas atividades letivas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e contribuiu para a organização do NUDOC (Núcleo de Documentação Cinematográfica).

Torna-se perceptível seu talento em obras como: “O que eu conto do Sertão é isso”…, “Lutas e vidas” e “Salário da Morte”, esse último lhe concedeu pelo INC, premiado no Coruja de Ouro, como melhor fotógrafo em Preto e Branco, no ano de 1972.

Outro ponto alto de sua carreira foi “Lutas e Vidas”, em que sua marca, especialmente nas cenas externas, ganha conceituadas observações de especialistas no ramo, pela excepcionalidade alcançada.

Clemente foi diretor de fotografia cinematográfica em filmes como: “O país de São Saruê”, “A Bolandeira”, “Pedra da riqueza”, “Menino de Engenho”, “Fogo Morto”, Romeiros da Guia, O imigrante, entre outros, o que lhes possibilitou notável reconhecimento no âmbito cultural paraibano.

“A Bolandeira” (1966) foi o primeiro filme que atuou como diretor de fotografia a produção é considerada de importância singular no seu currículo, depois de ter trabalhado como assistente em Romeiros; Menino de engenho, Dramática Popular do Nordeste, de Gerardo Sarno, toda a base de luz natural foi realizada por Manoel Clemente.

A atuação cinematográfica de Manoel Clemente se dava de forma heróica, devido à limitação de equipamentos da época.  Contudo, a sensibilidade e acuidade técnica na arte fotográfica o transformaram num profissional respeitado.

Professor aposentado pelo Decom, Clemente colabora na organização do Núcleo de Documentação Cinematográfica da UFPB (Nudoc), e através do Núcleo, faz curso de especialização no Centre de Formation Au Cinema Direct, em Paris, realizando o documentário “O Imigrante”. Esse papel, contudo, se concentra cada vez mais nos ensinamentos teóricos, dado o descompasso técnico com os novos recursos tecnológicos surgidos a partir dos anos de 1990.

Em sua exposição “Ornamento e forma da paisagem construída” (Galeria Gamela, 1997), Manoel Clemente demonstra grande domínio técnico e sensibilidade registrada, em diversas tendências arquitetônicas e cores utilizadas nos antigos casarões da capital Paraibana.

Manoel Clemente destaca “além de tornarem-se marcos da evolução da cidade, portanto históricas, essas construções permitem visualizar a concretização do processo criador, nas estruturas montadas e as feições exteriorizadas que marcam o sentimento e o gosto de cada construtor. ”

Fontes:

http://artesvisuaisparaiba.com.br/artistas/manoel-clemente/

http://cinepbmemoria.com.br/wp-content/uploads/2013/09/Livro-Cinema-Mem%C3%B3ria-_-Vers%C3%A3o-Digital.pdf

http://projetocinestesico.blogspot.com.br/2009_06_01_archive.html

http://cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=FILMOGRAFIA&lang=P&nextAction=search&exprSearch=ID=019145&for

mat=detailed.pft

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