Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 04 de julho de 1942 / falecimento: 04 de novembro de 2015
Atividades artístico-culturais: Escritor e jornalista.
Obras escritas: Unidos pelo vexame (Infanto-juvenil, 1990), O Sapo que Engolia Ilusões (infanto-juvenil, 1993), Danado de Bom! o Melhor da Cozinha Nordestina (Gastronomia, 1995), Jornal da Imprença ( Crítica Jornalistica, 1997), A santa do cabaré (Romance, 2002), Concerto para paixão e desatino (Romance, 2003), Quando Alegre Partiste (Romance, 2004), Carta a uma paixão definitiva (crônicas, 2007).
Moacir Japiassu foi um jornalista e escritor, filho do funcionário público Severino Lins Falcão e da dona de casa Neusa Japiassu. Seus pais tiveram mais dois filhos que também se tornariam jornalistas. A família tinha vínculos familiares em Minas Gerais, Rio de janeiro e São Paulo, deixou a Paraíba rumo ao estado Mineiro, no ano de 1956.
Japiassu decidiu fazer um teste para integrar a redação do Correio de Minas, foi o pontapé inicial da sua profissão em 1962, época em que já não aguentava escutar as reclamações do pai, que não aceitava ver o filho o dia inteiro lendo romances. Após aprovado, o jovem de apenas dezenove anos tornou-se oficialmente repórter do diário, então recém-lançado em Belo Horizonte.
O jornalista chegou ao Rio de Janeiro para atuar no Departamento de Pesquisa do “Jornal do Brasil”. Em 1970, integrou uma das primeiras equipes do “Jornal da Tarde”, em São Paulo. Com pouco mais de meio século de carreira, Japiassu passou por alguns dos mais importantes veículos da imprensa do país, como os jornais: Diário de Notícias, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, e Jornal da República, além das revistas IstoÉ, Veja, Senhor, Placar, Pais & Filhos (foi um dos fundadores), Enciclopédia Bloch e Elle, entre outros.
Moacir Japiassu foi também editor-chefe do Fantástico, da Rede Globo, repórter, redator e apresentador de programas de rádio e televisão. Em 1997, Japiassu fundou a revista Jornal dos Jornais (que recebeu o Prêmio Esso de “Melhor Contribuição à Imprensa” de 1999). Em 2010-2011, foi diretor de redação da revista Football, que editava ao lado da mulher, Marcia Lobo, e do filho, Daniel Japiassu também jornalista.
Escritor de renome, escreveu diversos gêneros literários: dois livros infantojuvenis, um de gastronomia, três romances, um compêndio com as melhores pérolas publicadas em sua coluna, “Perdão, Leitores”, da revista Imprensa. Em 11 de setembro de 2015, publicou seu último texto na coluna Jornal da ImprenÇa, no portal Comunique-se, onde divertia-se caçando notícias estranhas ou erros de todo tipo na mídia, colaborava com o veículo desde 2003.
Com mais de meio século dedicado ao jornalismo, Japiassu também criou os prêmios Líbero Badaró e Claudio Abramo. Morreu em 4 de novembro de 2015 aos 73 anos, em consequência de um acidente vascular cerebral que sofrera no começo de setembro no sítio onde morava, em Cunha, interior do estado de São Paulo.
Alberto Dines, chefe e grande amigo do Jornal do Brasil, o considerava um condutor de valores. “Japi, (assim era chamado pelos íntimos), foi um talento único, que fez uma transição geracional no jornalismo da geração anterior, atualizando o olhar e a linguagem. Uma tarefa essencial, daquelas que tornam uma pessoa perene.”
O diretor de jornalismo da Band TV, Fernando Mitre, que conviveu com Japiassu em Belo Horizonte e depois foi seu chefe no Jornal da Tarde, relembra: “Quando comecei em Minas, não tive nenhuma dificuldade em encontrar minha referência: era Japiassu, o mais talentoso de todos nós. Texto sempre inspirado, brilhava e nos estimulava todos os dias. Marcou as redações por onde passou como brilhante jornalista e ótimo colega.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moacir_Japiassu
http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/moacir-japiassu
http://www.estantevirtual.com.br/autor/moacir-japiassu
http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/morre-aos-73-anos-o-jornalista-moacir-japiassu-1.329066