Município: Conde – PB.
Limita-se ao Norte: Gurugi, ao Sul: A fazenda Caboclo, ao Leste: O Loteamento Novo Mundo, e ao Oeste: o Polo de Edson Lundgren.
O Assentamento Dona Antônia é cortado pelo Rio Baraúna ou Caboclo. O relevo é declinado. As reservas existentes nas margens do rio, em toda a sua margem são cobertas por árvores como a imbaúba, bulandi, imbiriba, campineiro, mangabeiras, pau-ferro, gitaí, entre outras.
Antes da ocupação o assentamento era uma fazenda chamada Baraúna, nesta fazenda encontrava-se um número de 11 famílias. Na maior parte da fazenda só existia um pequeno plantio de coqueiral e acerola coberto pela vegetação presente na terra improdutiva, pois o proprietário só desfrutava e não dava assistência. Em novembro do ano 1995, a fazenda Baraúna foi ocupada por 250 famílias, sem-terra e sem teto que buscavam melhorias de vida.
No dia 01 de dezembro de 1995, houve o conflito com destruição de lavouras, a prisão de quatro pessoas e a queima das palhoças. Os policiais ordenaram que todas as famílias desocupassem a propriedade imediatamente. Os ocupantes se deslocaram para o assentamento Gurugi onde passaram alguns meses, depois desse período voltaram a ocupar a mesma propriedade.
Com o decorrer da luta algumas famílias foram desistindo, quando a propriedade foi desapropriada só existia 110 famílias, às quais permaneceram no lugar.
O assentamento recebeu o nome Dona Antônia em homenagem a uma senhora que acompanhou a luta e faleceu no acampamento, no dia 06 de maio de 1996, com 117 anos de idade.
Com o passar dos anos o lugar foi adquirindo novas formas, as famílias plantavam, faziam da agricultura fonte de renda e dessa formam iam tocando o assentamento. Os habitantes cultivam diversos produtos, entre eles: batata doce, mandioca, manga, inhame, coco, feijão, milho, entre outros. A comercialização desses alimentos é feita geralmente em feiras de comércio livres.
Quanto a estrutura do assentamento, existe uma escola que atende cerca de 130 alunos do pré-escolar ao 5° ano, casas dos moradores, uma agrovila, transportes, sede comunitária, uma igreja católica para os fiéis, água encanada de um poço artesiano, eletricidade, telefone público, e um campo de futebol.
São desenvolvidas algumas atividades culturais como a tradicional Ciranda do Assentamento Dona Antônia, que acontece todo segundo sábado do mês, e é formada por jovens e adultos da localidade. O evento é bastante prestigiado. É um momento de arte e cultura, entretenimento, de integração e reinserção social entre os assentados. A tradicional quadrilha junina também faz parte das tradições culturais da localidade.
Existe também o Coral Infantil Meninos de Dona Antônia, um projeto do programa “Arte Educação”, uma das ações socioeducativas que o projeto de jornada atende, com intuito de revelar valores e levantar a autoestima dos alunos quando assim descobrissem o seu talento.
O assentamento conta com a presença de dois times de futebol, um infantil e outro adolescente, acontecem jogos todos os domingos. O nome do time é Futebol Clube.
A crença religiosa faz-se presente no local, uma ilustre personalidade é a senhora Maria Fonte, pessoa simples e humilde que tem o dom de rezar aos que a procuram e precisam. Ela diz que a reza foi um mandamento que Deus lhe deu pois ela se sente muito feliz.
O lugar que antes era apenas uma terra improdutiva ganha nova vida, novos moradores, e novas formas. Juntos os habitantes desenvolvem atividades que destacam a cultura, tradições, e luta de um povo. O Assentamento Dona Antônia é um local de convivência, novas experiências e novas oportunidades de vida.
Fontes:
http://multivisualnetbsj.xpg.uol.com.br/incra/Assentamentos%20do%20Conde/DAntonia/Elisangela/ind
http://www.uff.br/vsinga/trabalhos/Trabalhos%20Completos/Noemi%20Paes%20Freire.pdf
http://angolaberimbauviola.blogspot.com.br/2011_11_01_archive.html
http://angolaberimbauviola.blogspot.com.br/2013/03/berimbau-viola-participa-do-sabado-de.html