Naturalidade: Pirpirituba – PB
Nascimento: 20 de agosto de 1958
Atividade artístico-cultural: Fotógrafo
Contatos: (021) 98003-7260 / (021) 3936-7955
Site: http://www.severinosilva.com/
E-mail: severinosilvaassessoria@gmail.com / ou com a Curadoria Cacau Fernandes: cacauffotos@gmail.com
Prêmios: Prêmio Tim Lopes; Nikon (1991/1992); o 6º Salão de Fotografia; e o Líbero Badaró. Menção honrosa na categoria de fotografia do 34º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos pelo trabalho “Mutilado na guerra do crack”, no ano de 2012.
O fotojornalista Severino Antônio da Silva, conhecido popularmente como Severino Silva está na lista dos mais importantes fotojornalistas de conflitos urbanos. Em 2016, Severino completou 58 anos de idade e 29 anos na imprensa carioca, sendo 17 no jornal O Dia, e com passagem pelos jornais O Fluminense, A Notícia, O Povo e O Globo.
O repórter fotográfico imprime arte aos registros de violência nas comunidades do Rio de Janeiro. Ele foi considerado pelo jornal inglês The Guardian como um dos melhores fotógrafos de crimes do Brasil.
Quando criança Severino morava no alto de uma colina, e de lá ficava olhando as nuvens e desenhando os bichos que nela enxergava, o telhado velho da residência deixava passar feixes de luz, que se juntando a poeira formava figuras imaginárias na cabeça do menino que adorava desenhar.
Sua trajetória começou aos 10 anos de idade quando saiu de Pirpirituba rumo ao Rio de Janeiro junto a sua família, pois perdera o pai cedo, aos 8 anos. Chegando no Rio de Janeiro, com 11 anos, acompanhado da mãe, da avó e de uma irmã. Ele começou a trabalhar cedo no comércio, porém seu foco sempre foi tornar-se fotógrafo, e ficava abismado ao ver publicadas nos jornais as fotos tiradas em jogos do Maracanã.
O primeiro impulso dado foi com uma câmera simples que ele ganhou da sua mãe (dona Ana) aos 13 anos. Começou fotografando os familiares e vizinhos, que nem sempre ficavam satisfeitos com o resultado, já que nos registros de Severino não apareciam as cabeças e nem os braços dos fotografados. Com muito prática e perseverança, suas imagens melhoraram.
Aos 18 anos pediu emprego no Globo, e foi admitido como contínuo e depois de algum tempo nessa função passou a ser fotógrafo industrial, logo após passou a trabalhar como fotógrafo nos jornais de bairro. Também trabalhou no O Fluminense, O Povo, A Notícia, O Dia, retornou ao O Globo, e retornou ao O Dia (1997).
Severino Silva ganhou o Prêmio Tim Lopes por uma série de reportagens sobre o Nordeste, em parceria com o repórter Alexandre Medeiros. O artista continua achando o Rio de Janeiro uma cidade muito linda, apesar dos problemas. Diz ser muito agradecido pelo acolhimento dos amigos e fãs. A gratidão e admiração maior é por sua mãe, Dona Ana, por toda a luta, garra, incentivo e determinação. Por ter acreditado e o presenteado com a pequena câmera e ainda a coragem de encarar o Rio de Janeiro. Se assim não fosse acredita que ainda estaria capinando campos na Paraíba.
Sempre que possível Severino viaja para o Nordeste, e aproveita para matar a saudade e trazer belas imagens do local e acrescentar a um projeto chamado “Fé, Luz e Sombra”. Uma pequena mostra fotográfica desse projeto foi apresentada no Espaço Cultural Evandro Teixeira, na Universidade Estácio de Sá. No Centro de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão, os visitantes também contemplaram a beleza e os encantos do Nordeste na exposição.
A exposição “Fé, Luz e Sombra” teve mais de 30 mil visitantes em apenas dois locais de apresentação. Em breve, outros lugares receberam a exposição do fotógrafo. O desejo de Severino é que um desses lugares seja a sua terra natal.
Suas obras são reconhecidas e admiradas pelo público e profissionais. Em 2012, o fotógrafo ganhou menção honrosa na categoria de fotografia do 34º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos pelo trabalho “Mutilado na guerra do crack”.
Severino Silva é casado com uma carioca e pai de três filhos, expõe através de sua câmera os conflitos sociais, o dia a dia das grandes cidades, a fragilidade humana e a força da fé, retratando em especial a vida e o perigo nos morros do Rio de Janeiro, especializou-se em cobrir imagens de crime, tiroteio, etc.
As lentes da câmera registram as mais belas e tristes imagens do fotojornalista. Seu trabalho é lindo e perigoso ao mesmo tempo. Com profissionalismo o paraibano Severino Silva retrata histórias do cotidiano através de imagens.
O fotógrafo sabe como ninguém captar a alma de seus fotografados, registra imagens do cotidiano e com sensibilidade nos faz enxergar as belezas do dia-a-dia.
Os registros de Severino conduzem a uma belíssima viagem: sertões, igrejas católicas, terreiros de candomblé e todas as religiões encontradas em suas viagens Brasil afora. O Nordeste e seu povo, alimentado pela fé, marca forte do artista, que é paraibano.
O escritor e artista visual Tchello d’Barros argumenta que Severino Silva consegue exaltar a espetacular beleza plástica que reveste a fé de todos nós. Por meio de luzes, sombras, cores e volumes, sua câmera nos passa a perplexidade de um olhar em busca da origem dessa força mágica que ampara cada um de nós nessa áspera jornada de nossas vidas. E enfatiza “Severino Silva nos convida a uma peregrinação por muitas facetas da religiosidade que se manifesta pelo país afora”.
Fontes:
http://blogs.odia.ig.com.br/rio-450-anos/olhares-do-rio/nordeste-de-luz-e-sombra
http://www.jornalolhodeaguia.com.br/index.php?pg=desc-noticia&id=947
http://odia.ig.com.br/portal/rio/o-dia-ganha-pr%C3%AAmio-de-direitos-humanos-1.501071
http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2008/02/080215_pressguardianviolencia_ba.shtml