Naturalidade: Campina Grande – PB
Formação: Graduada em Letras – Universidade Federal da Paraíba(UFPB), bacharel em Música – Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestrado em Marketing Cultural pela Universidade de Corfú (Grécia) e especialização em Canto e Artes Cênicas Conjugadas (Lisboa-PT).
Atividades artístico – culturais: Cantora e consultora cultural.
Prêmios/Outros: Troféu Caymmi – como revelação, melhor cantora, melhor direção (com José Araripe) e Troféu Dodô e Osmar de melhor cantora. Recebeu a Medalha Augusto dos Anjos (2006). O Título de Cidadania Paraibana concedido pela Assembleia Legislativa da Paraíba (2013).
Cida Lobo nasceu na cidade de Campina Grande, mas viveu a maior parte da sua vida entre Salvador e a Europa. A artista possui uma extensa formação acadêmica-cultural, e ficou conhecida em Campina Grande e na Paraíba na década de 1980, como cantora. Entre 1987 e 1991 radicou-se em Salvador, cidade onde deu prosseguimento a carreira artística.
Nesse período foi agraciada com o Troféu Caymmi, um dos mais importantes do da música brasileira, nos anos de 1989 e 1990 (pelos shows Olhos Negros e A Voz do Brasil, respectivamente). Artista revelação, melhor cantora, melhor direção (com José Araripe); e no Troféu Dodô e Osmar, como melhor cantora.
Na década de 1980 também trabalhou como backing vocal de Milton Nascimento. Entre 1992 e 1999 residiu na Grécia, onde adquiriu know-how na área de marketing cultural e continuou trabalhando como cantora. Cida fez parte do elenco da ópera encenada em comemoração ao aniversário de 50 anos de nascimento da Rainha Sílvia, em Estocolmo.
Cida Lobo também foi diretora do Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande (PB), no ano de 2002, tendo que ausentar-se do cargo para assumir em 2003 a Subsecretaria de Cultura do Estado da Paraíba, e começou a trabalhar por uma lei de incentivo à cultura. Acompanhou de perto o processo de elaboração do Fórum de Interatividade e Comunicação (FIC), sancionado em dezembro do mesmo ano. Depois disso, presidiu o processo de elaboração da Lei de Registro dos Mestres das Artes. Cida também foi diretora de marketing na Bahiatursa.
A artista relembra “Comecei cantando no Coral da UFPB, nessa época dava canjas no Cave. No Boca da Noite fiz o meu primeiro show em palco no Teatro Santa Rosa, eram sempre dois por noite e meu parceiro foi justamente Erick Von Shosten”. No final dos anos de 1980 fui estudar música em Salvador e cantei na noite, nos trios, nos palcos, trabalhei com artistas como Aninha Franco, Gerônimo, Joatan Nascimento, Fernando Nunes, Daniel Boaventura, Edgar Navarro, José Araripe, cantava autores até então inéditos como Lenine, Lula Queiroga, Alex Madureira, Ivan Santos”.
Segundo Cida um dos momentos mais marcantes da sua carreira foi em Salvador, na Bahia, quando conheceu Milton Nascimento, com quem teve a honra de cantar. “Milton para mim é um ser humano dos mais lindos que já conheci”.
A paraibana viveu momentos inusitados distante da sua terra natal, e recorda-se “Instalada a dúvida sobre cantar profissionalmente fui trabalhar em navios de cruzeiro cantando e dirigindo espetáculos, quase quatro anos no mar, me levaram de volta ao banco da escola onde estudei gestão cultural em diversos locais. Fiquei fora do Brasil por quase 10 anos, a maioria na Grécia, e quando voltei fui trabalhar na Bahiatursa, aprendi muito e participei de muitas coisas das quais me orgulho. Em 2002, a vida pessoal me trouxe de volta à Paraíba”.
Com um disco gravado, ainda em vinil, pela gravadora Quilombo (de Milton Nascimento) e um videoclipe com direção de Edgard Navarro, Cida Lobo ficou conhecida na década de 1980, mas afirma não ter planos de retomar a carreira de cantora profissional. E enfatiza, “O palco é um lugar sagrado, onde a arte é produzida através da mistura de técnica e sentimentos”.
No ano de 2003, Cida Lobo assumiu a pasta de subsecretária de Cultura do Estado. Recebeu a Medalha Augusto dos Anjos, em 2006, como reconhecimento às ações que desenvolveu para estimular o desenvolvimento do potencial cultural paraibano. A honraria é um reconhecimento aos artistas e produtores culturais paraibanos, cujo desempenho em suas atividades na cultura, enaltecem o nome do estado, no país e no exterior.
“Essa medalha não é uma conquista pessoal, resulta de uma parceria entre as políticas públicas, empresas privadas e sociedade civil”, comentou Cida, destacando que a união desses agentes foi fundamental para os resultados comemorados, a partir da geração de mais de cinco mil postos de trabalho e a aprovação de 116 projetos, dos quais 100 já foram realizados.
Em setembro de 2013, Cida recebeu o título de Cidadania Paraibana, aprovado por unanimidade pelos parlamentares em sessão ordinária na Assembleia Legislativa da Paraíba. O trabalho desenvolvido por Cida Lobo, diretora adjunta de cultura da ALPB foi elogiado, e contribuiu para a concessão do título.
Cida Lobo participou do Projeto de Implantação do Memorial Parlamentar do Poder Legislativo Paraibano – Deputado João da Cunha Lima, com objetivo de promover a recuperação do acervo histórico, arquivístico e museológico do Poder Legislativo Estadual. Cida destaca “A proposta é de criar um espaço de exposição permanente com documentação e informação corretamente acondicionadas, acessíveis ao público, garantindo a sua apreciação por atuais e futuras gerações.
No ano de 2014, Cida Lobo decidiu por questões pessoais pedir demissão do cargo de diretora de Cultura da Assembleia Legislativa (2003/2004).
Fontes:
http://www.al.pb.gov.br/989/cida-lobo-recebe-medalha-augusto-dos-anjos.html
http://www.al.pb.gov.br/10058/alpb-aprova-pecs-meio-ambiente-erradicacao-pobreza-paraiba.html/
http://www.wscom.com.br/noticias/politica/+cida+lobo+pede+demissao+da+diretoria+de+cultura-177247/