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Data de publicação do verbete: 11/10/2016

Pilões

Microrregião do Brejo Paraibano. Recebeu esse nome por causa de rochas ao longo das cachoeiras e rios que têm o formato de um pilão. O município tem se destacado com o plantio de flores.
Data de publicação: outubro 11, 2016

Localização: Mesorregião do Agreste Paraibano, e Microrregião do Brejo Paraibano, incluída na unidade geoambiental do Planalto da Borborema.

Distância da capital: 117 km

Acesso a partir de João Pessoa:  BR 230

Área territorial: 64,447 km²

População: 6.978 hab. IBGE/2010

Gentílico: Pilonense

Altitudes: 400m

Densidade demográfica: 108,28 hab./km²

Limites geográficos municipais: Limita-se ao Sul: Areia e Alagoinha; Norte e Oeste: Serraria; e Leste: Pilõezinhos e Cuitegi.

Data de emancipação política: 20 de agosto de 1953

Configurações geomorfológicas: O relevo geralmente movimentado, com vales profundos e estreitos dissecados, apresenta um conjunto de montanhas.

Vegetação: Mata atlântica, formação de florestas subcaducifólica e caducifólica.

Clima: Tropical chuvoso

Temperatura: 24°C

Hidrografias: O município apresenta vários rios perenes, belas cachoeiras e pequenos córregos que compõem a bacia hidrográfica do Rio Mamanguape.

Economia: A agricultura é a principal atividade econômica, seguida pela produção de flores (o mais novo elemento da economia pilonense).

História do município:

Durante o império português, Pilões foi abrangida numa área ocupada por habitantes de Mamanguape que naquela época aumentaram seus domínios comerciais e penetraram rumo ao oeste. Esse fato desencadeou o surgimento de novos núcleos populacionais.

As primeiras notícias registradas sobre Pilões datam de 1716, com a dotação de uma sesmaria de 09 léguas que iniciava no Rio Araçagi Mirim e terminava na região do Curimataú. Segundo alguns relatos, duas famílias são fundadoras da cidade de Pilões. As famílias Arouxas e Abreu, no entanto, não há registros que possam comprovar esse fato.

Em 1815, com a criação do município de Areia, Pilões passa a lhe pertencer, desmembrando-se de Mamanguape. Registros de 1818 apontam alguns colonizadores da comunidade: João Crisóstomo, José Leandro Correia, Rufo Correia Lima, Antônio José da Cunha, quase todos procedentes de Mamanguape.

A Corografia de Beaurepaire Roham, de 1860, identifica Pilões como distrito de Areia, já possuindo uma capela, sua primeira construção. A capela tornou-se a matriz da freguesia criada em 1876. Em 1884 é fundada a primeira escola para meninos.

Os ideais separatistas típicos do período refletiram na história de Pilões. Assim, em 1818, um desentendimento entre o Comandante do povoado de Pilões com o Capitão Mor de Areia, marcaria o início da independência do município. Com a colaboração do Padre Ibiapina, a capela construída no terreno de João Cavalcante, influente habitante da povoação, foi elevada a matriz em 1876. Uma escola para meninos, regida pelo Padre Victor, foi fixada em 1884.

A emancipação política do município se deu em 20 de agosto de 1953. O primeiro prefeito nomeado foi o Sr. Amando Xavier Pereira da Cunha e, o primeiro prefeito eleito foi o Sr. Hermes Lira.

O município Pilões recebeu esse nome por causa de rochas ao longo das cachoeiras e rios que têm o formato de um pilão.

Do final do século XIX e quase todo século XX, a cana-de-açúcar foi o principal produto cultivado na região, além da atividade cafeeira e do sisal. Entretanto, foi a produção dos canaviais que predominou devido aos engenhos que fabricavam rapaduras, açúcar mascavo, cachaças e aguardentes.

Até os anos de 1960, Pilões contava com 26 engenhos. No entanto, com a chegada das grandes usinas nas cercanias, seus proprietários passaram a ser apenas fornecedores de matéria-prima para a nova indústria sucro-alcoleira. A Usina Santa Maria, de Areia, no final da década de 1970, vivia seu apogeu aproveitando a segunda crise do petróleo quando o preço do álcool combustível foi impulsionado.

Com o fechamento das usinas em 1994, os produtores rurais do município passaram a trabalhar na cultura da bananeira e na criação de gado. Desde então, a cultura da banana transformou-se na principal atividade econômica de Pilões. Além disso, a cidade produz mandioca, urucum, castanha de caju e produtos cerâmicos em pequenas unidades industriais.

Nos últimos anos, o município tem se destacado com o plantio de flores. Pilões cultiva diversas variedades, com destaque para crisântemos, margaridas, gladíolos e rosas. O clima ameno da região favorece o cultivo de flores do campo e faz da região referência na produção.

A paisagem serrana e o clima agradável fazem de Pilões uma das cidades incluídas no Roteiro Cultural Caminhos do Frio. Os turistas têm como opção de passeio o Memorial Casa de Farinha, onde os visitantes conhecem o processo de produção artesanal de farinha de mandioca e a história de sua fabricação através de registros fotográficos.

No Café na Varanda, iniciativa das mulheres da região, os turistas podem degustar um bom café, bolo, tapioca ou mesmo almoçar, assim como no Engenho Várzea do Coaty, construído em 1920.

Destaque para as cachoeiras como as do Poço Escuro, do Ouricuri e da Manga, além das montanhas e vales estreitos e profundos adequadas para a prática de trilhas ecológicas. Há também a Pedra do Espinho, com mais de 150 metros de precipício ideal para o rapel. O casario, herança da aristocracia rural do final do século XIX é outro atrativo. O Engenho Boa-Fé é um grande testemunho daquela época.

O São João e o São Pedro são tradicionais na região, com fogueiras, comidas de milho e queimada de flores na zona rural.  A Corrida das Argolinhas, as Cavalhadas também são uma rica manifestação da cultura popular local. Da madeira bruta, os artesãos locais produzem esculturas, na pintura fazem telas com traços religiosos e também confeccionam peças em crochê e renda.

Atrativos turísticos e culturais: A apresentação ao ar livre da Paixão de Cristo atrai a presença de mais de dez mil pessoas ao largo da Matriz, onde o Teatro Padre Mateus, com seus mais de cem atores e figurantes, faz uma apresentação com duração de duas horas.

Eventos turísticos:  Festa de São João, São Pedro, Paixão de Cristo, Emancipação Política, Festa das Flores, Roteiro Cultural e Caminhos do Frio.

Atração Turística Natural:  Cachoeiras do Poço Escuro, Cachoeira Ouricuri, Cachoeira da Manga e a Pedra do Espinho.

Patrimônio arquitetônico / cultural material: O Casario rural e Engenho Boa-Fé.

Equipamentos culturais / turísticos: Memorial Casa de Farinha, Engenho Várzea do Coaty e Café na Varanda.

Manifestações do município: A principal festa da cidade é realizada no dia 20 de agosto de cada ano, data de sua emancipação.

Artesanato: Esculturas, pintura em tela, crochê e rendas.

Fontes:

http://historiaeestoriasdepiloes.blogspot.com.br/2011/02/piloes.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pil%C3%B5es_(Para%C3%ADba)

http://www.piloes.pb.gov.br/portal/

http://www.cmpiloes.pb.gov.br/index.php/historia

http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2014/08/piloes-no-brejo-da-pb-vira-referencia-na-producao-de-flores-do-campo.html

http://www.seligapiloes.com/2012/04/historia-de-nossa-cidade-piloes-pb.html

http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/07/26/mulheres-cultivam-flores-e-mudam-vida-da-cidade-de-piloes-na-paraiba.htm

http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2015/07/caminhos-do-frio-chega-piloes-no-brejo-da-pb-nesta-segunda-feira.html

http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20150730101306&cat=economia&keys=piloes-oferece-roteiro-turistico-criativo-atrai-empresarios-al

Uma resposta

  1. O primeiro prefeito de piloes nomeado em 1953 foi meu querido saudoso Avô prefeito de piloes Amando Xavier Pereira da Cunha conhecido Amando Cunha

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