Naturalidade: Mirandópolis-SP / Radicado em João Pessoa – PB
Formação: Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP); Mestre em Psicologia da Educação (Unicamp/SP) e Doutor em Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), com estágio PDEE na Université Paris 3 Sorbonne Nouvelle, França.
Atividades artístico-culturais: Ator e diretor de teatro.
Atividades exercício – profissional: Professor e pesquisador.
Email: tonezzi@hotmail.com
Facebook: https://www.facebook.com/tonezzi?fref=ts
Principais obras: Dossiê cena e tecnologia (2011), A cena contaminada: um teatro das disfunções (2011), Distúrbios de linguagem e teatro – O afásico em cena (2007) e Sobre as afasias e os afásicos (2003).
José Amâncio Tonezzi Rodrigues Pereira, carrega uma extensa bagagem de experiências, nacional e internacionalmente. Ele iniciou seus estudos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/SP), e se formou em Artes Cênicas. Em seguida, ingressou em um grupo amador de teatro, estreando sua primeira peça, intitulada “Mulher sem Pecado”, do escritor brasileiro Nelson Rodrigues. Encenou durante vários anos “Diário de um Louco”, do escritor russo Nikolai Gogol, o que lhe deu a oportunidade de fazer carreira internacional, começando pela Itália.
Tonezzi fez mestrado em Psicologia da Educação também na Unicamp e em seguida se mudou para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), no programa de Doutorado em teatro. Sua linha de pesquisa foi Teoria e Técnica Teatral. Ao concluir o curso, foi aceito para estagiar na Université Paris 3 Sorbonne Nouvelle, na França, como professor da Pós-graduação em Teatro, Dança e Música para Educadores.
Esse importante título trouxe a José Tonezzi boas oportunidades profissionais, se tornando diretor do Festival Internacional de Teatro (1990 – 1991), diretor do Encontro Nacional de Teatro de Rua (1992) e do Festival cênico “Rota de Fuga” (2004), conquistando diversos prêmios ao longo da carreira.
O artista participou de cursos e eventos de teatro no exterior, em países como Bélgica, Alemanha, Suíça e Espanha. Também integrou trabalhos na cidade de Campinas (SP). Foi diretor da Companhia Laboratório do Ator por 13 anos (1994-2007), pesquisador do Centro de Convivência de Afásicos (CCA) do Instituto da Linguagem (IEL).
Em 2003, Tonezzi lançou “Distúrbios de Linguagem e Teatro: o afásico em cena”, resultado de sua dissertação de mestrado, quando por sete anos usou o teatro no trabalho com afásicos. As afasias são problemas de linguagem causadas por alguns tipos de lesões cerebrais. A obra contextualiza as experiências pessoais do autor, que mostra no livro como o teatro possibilitou aos afásicos uma nova forma de exploração da linguagem e da interação entre si. Sobre a experiência, ele afirmou: “Passei a ver nas dificuldades e limitações humanas não mais um obstáculo, mas uma rica matéria, o que abriu em meu trabalho um novo horizonte de possibilidades”.
José Tonezzi deu continuidade a pesquisa sobre o assunto e escreveu “A Cena contaminada: um teatro das disfunções”, que trata da relação entre teatro e anomalia. A obra, lançada em 2011, apresenta um estudo sobre o grotesco, por onde as anomalias ganham status artístico. Traçando o percurso histórico do tema, o livro parte da antiguidade e trata de aspectos como o estigma que sempre acompanhou o assunto. Tonezzi aborda, além disso, os freak shows do século XIX, passando pela performance e body art do século XX e chegando aos principais nomes atuais da encenação: o italiano Pippo Delbono e o norte-americano Robert Wilson.
Em 2015, Tonezzi realizou uma palestra para a aula da disciplina de linguagens Sonoras e Corporais, do curso de Licenciatura em Artes Visuais da Faculdade de Administração e Artes de Limeira (FAAL), em São Paulo. Intitulada “Artes da Cena e Contemporaneidade”, sua apresentação expôs oralmente e na prática elementos que compõem a cena contemporânea, como a criação, o jogo e o acontecimento.
José Tonezzi é professor adjunto do curso de Teatro da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde é editor da Revista Moringa – Artes do Espetáculo e diretor do Núcleo de Estudos e Experimentação do Cômico (NEECO). Também coordena a pesquisa “Cena e Contágio”, que trata dos vários aspectos em cena, principalmente dos estudos do cômico e do grotesco, cena e tecnologia, teatro e distúrbios do corpo, da linguagem e do comportamento.
Ao comentar sobre a relação entre ser ator, pesquisador, diretor teatral e educador, Tonezzi enfatizou, “Uma vez mais, diria que as coisas vão se compondo: como ator, tenho imensa necessidade de investigar sobre o corpo, sobre o espaço, sobre a relação com o outro. Como orientador, surge a necessidade de dirigir, de indicar caminhos, e assim por diante. A conciliação é natural, apenas as prioridades se alternam”.
Fontes:
https://www.gruposummus.com.br/plexus/autor//Jos%C3%A9+Tonezzi
http://www.editoraperspectiva.com.br/index.php?apg=aut&ida=699
https://br.linkedin.com/in/jos%C3%A9-tonezzi-a4922777
http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/teatro-de-tonezzi-%C3%A9-levado-ao-mundo-dos-af%C3%A1sicos
http://festivalatos.blogspot.com.br/2011/11/debates-e-palestras-iniciam-segundo-dia.html?m=1
http://festivalatos.blogspot.com.br/2011/11/professor-da-ufpb-realiza-palestra.html?m=1