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Data de publicação do verbete: 22/12/2016

Rinaldo de Fernandes

Escritor, contista, romancista, antologista e professor. É considerado um Mestre do Conto pelos críticos. Suas obras fazem sucesso entre o público. Reuniu importantes ensaios e coletâneas.
Data de publicação: dezembro 22, 2016

Naturalidade: Chapadinha – MA / Radicado em João Pessoa – PB

Nascimento: 18 de abril de 1961

E-mail: rinaldofernandes@uol.com.br

Facebook: https://www.facebook.com/rinaldode.fernandes

Twitter: https://twitter.com/Ufernandes

Site: http://rinaldofernandes.blog.uol.com.br

Formação: Doutorado em Letras, Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Atividades artístico-culturais: Escritor, contista, romancista e antologista.

Atividade exercício-profissional: Professor de Literatura na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Livros: O Caçador (1997); O Clarim e a Oração: Cem Anos de Os Sertões (2002); Chico Buarque do Brasil (2004); O Perfume de Roberta (2005); Contos Cruéis: As Narrativas Mais Violentas da Literatura Brasileira Contemporânea (2006); Quartas Histórias (2006); Capitu Mandou Flores (2008); Rita no Pomar (2008); O Professor de Piano (2010); Vargas Llosa: Um Prêmio Nobel em Canudos (2012); 50 Versões de Amor e Prazer: 50 Contos Eróticos por 13 Autoras Brasileiras (2012); Chico Buarque: O Poeta das Mulheres, dos Desvalidos e dos Perseguidos (2013); Romeu na Estrada (2014); A História de Chico Buarque: Guia para o Fã, o Professor e o Estudante (2014); Contos Reunidos (2016).

Rinaldo Nunes Fernandes, desde a adolescência assina seus textos como Rinaldo de Fernandes. Inspirado no escritor maranhense Humberto de Campos, que tanto lia por achar seu estilo primoroso, passou a incluir o “de” no nome para aludir ao do autor. “Ou seja, eu me inventei, eu sou uma espécie de ficção”, brincou.

A relação do escritor com a literatura começou ainda naquela época lendo crônicas de Humberto de Campos, romances de Machado de Assis e alguns best-sellers. É autor de diversos livros, entre obras individuais e coletâneas de contos e de ensaios.

O autor explicou como funciona o seu método de criação para construir as suas obras ficcionais. “Parto sempre de uma imagem, sobretudo ambiental. Sou tomado por essa imagem e elaboro uma história inicial, provisória. Depois essa história é reescrita, reencaminhada. E aí, através de uma luta incessante com a linguagem, através de empenho visceral com a palavra, frase a frase, parágrafo a parágrafo, completo o processo. Sou bastante artesanal com literatura, gosto de esculpir meu texto. Aliás, creio que literatura é uma arte artesanal”.

Uma das temáticas mais recorrentes nos contos e romances de Rinaldo de Fernandes é a violência. Há ainda o assunto amoroso, mas em sua ficção ele é inviabilizado. “Meus personagens são infelizes, sempre, buscam e não atingem um amor estável, que de algum modo os plenifique. O mundo da literatura é infeliz e meus personagens não são diferentes. A literatura se escreve com a alma. E nela se inserem as agonias, angústias e dramas profundos do homem”, observou.

Entre os escritores que considera fundamentais e que o influenciaram estão Machado de Assis, Graciliano Ramos, Rubem Fonseca, Dalton Trevisan e Júlio Cortázar. “Sobretudo esses. Mas li muita coisa, muitos autores brasileiros e estrangeiros. Não há um escritor sem um leitor atento. A aptidão de escrever se desenvolve a partir de uma outra, a de ler. Uma está imbricada na outra. Uma é estímulo e causa da outra”, enfatizou.

O primeiro livro de contos de Rinaldo de Fernandes, “O Caçador”, lançado em 1997, fez com que o escritor começasse a chamar a atenção do público e da crítica para a sua produção. Anos depois, com uma carreira já consolidada, o autor chegaria a ser considerado um “Mestre do Conto”, como definiu a ensaísta e professora de literatura Regina Zilberman.

Como pesquisador, reuniu importantes ensaios e antologias como “O Clarim e a Oração: Cem Anos de Os Sertões”, “Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século”, organizada por José Nêumanne Pinto, “Vargas Llosa: Um Prêmio Nobel em Canudos”, entre outras obras de contos.

Entre as coletâneas, organizou dois livros importantes e de grande repercussão no país, “Chico Buarque do Brasil” e “Chico Buarque: O Poeta das Mulheres, dos Desvalidos e dos Perseguidos”. Rinaldo de Fernandes falou sobre a sua relação com a obra do compositor e cantor. “No meu Mestrado, interessado na poesia da MPB, na literatura cantada, fenômeno rico na cultura brasileira, parti para estudar um dos mais importantes poetas do segmento e/ou da série musical. Chico tem como matéria-prima de sua arte a palavra. Tudo o que ele faz gira em torno da palavra e sua palavra tem força, diz muito do Brasil contemporâneo, da vida brasileira”, destacou.

Com “Rita no Pomar”, seu romance de estreia, lançado em 2008, o escritor foi finalista no ano seguinte dos prêmios São Paulo de Literatura e Passo Fundo Zaffari & Bourbon, duas das principais honrarias literárias do país. Seu conto “Beleza”, que abre o livro “O Professor de Piano”, de 2010, ficou em primeiro lugar no Prêmio Nacional de Contos do Paraná e foi escolhido entre os melhores do Prêmio UNICAMP Ano 40 de Conto.

O autor ainda utiliza a internet para propagar as suas obras. De junho a setembro de 2011, postou diariamente pequenas histórias no Twitter. “Para mim, foi um grande desafio. Acredito que, em ficção, toda forma é desafiadora e cativante para o verdadeiro ficcionista. Para este, tanto faz ser um romance, um conto ou um microconto, tudo exige força, talento, poder de elaboração”. Também usa o Facebook para divulgar suas atividades como escritor.

Rinaldo de Fernandes definiu sua relação com os trabalhos que produz. “Preparar antologias não é só juntar textos, é permitir ao leitor uma compreensão mais abrangente e/ou consistente de um tema. Já a minha produção ensaística decorre, sobretudo, de minhas atividades como pesquisador. O ato crítico é um ato de alteridade, de atentar ou se voltar para o outro. Também tenho essa necessidade de apreciar a produção dos colegas escritores, de ver como eles estão elaborando as suas obras, como estão crescendo em sua arte”.

O autor revela que dentro das suas produções, uma delas se destaca. “Por sua vez, a atividade de ficcionista é talvez a que mais me dê prazer. Pouca coisa se compara com a fantasia criadora, com as imagens, com o ato de intuir e se inserir na linguagem para elaborar um conto ou um romance”, concluiu.

De 2008 a 2014, escreveu em uma coluna no Jornal Rascunho, de Curitiba. Também já teve textos publicados no Jornal do Brasil, O Norte e O Estado de São Paulo. Rinaldo de Fernandes é professor de Literatura da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Fontes:

http://culturapopular2.blogspot.com.br/2010/03/rinaldo-de-fernandes.html

https://www.7letras.com.br/autor?id=298

http://rinaldofernandes.blog.uol.com.br/

http://triplov.com/contos/rinaldo/index.html

http://www.balaiodenoticias.com.br/artigos-e-noticias-ler.php?codNoticia=155&codSecao=24&q=Rinaldo+de+Fernandes

http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Rinaldo+de+Fernandes&ltr=r&id_perso=1809

http://www.germinaliteratura.com.br/classificados/blog_estante53.htm

Entrevista/Inventário/Paraíba/Criativa/Rinaldo/de/Fernandes

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