Naturalidade: Areia – PB
Nascimento: 5 de março de 1857 / Falecimento: 30 de janeiro de 1912
Atividades profissionais: Político e militar
Álvaro Lopes Machado tornou-se conhecido por encabeçar a oligarquia paraibana durante os primeiros anos da República do Brasil. O fenômeno ficou conhecido como Alvarismo. Era filho de João Lopes Machado e de Avelina Amália da Fonseca, sobrinho do político Abdon Milanez e irmão de João Lopes Machado, que foi presidente da Paraíba de 1908 a 1912.
Durante quinze anos fez carreira no Exército, onde ingressou em janeiro de 1876, se tornando alferes-aluno em janeiro de 1879. Foi promovido a segundo-tenente em julho de 1880, a primeiro-tenente um ano depois e a capitão em novembro de 1887. Com essa patente formou-se em Ciências Físicas e Matemática na Escola Militar em 1888. Depois da Proclamação da República, passou a ser major graduado, em outubro de 1890, sendo efetivo em março de 1891.
Em 18 de fevereiro de 1892, Álvaro Lopes Machado assumiu o governo da Paraíba. Sua vida política teria início um ano antes a partir da renúncia do marechal Deodoro da Fonseca à presidência da República, em 23 de novembro de 1891. O vice-presidente Floriano Peixoto foi conduzido então ao cargo e destituiu os governantes estaduais que apoiavam o ex-presidente. Foi o caso de Venâncio Neiva, que deixou a administração do estado paraibano em 27 de novembro. Depois de um curto período no qual foi dirigido por uma junta composta pelo coronel Cláudio do Amaral Savaget, Eugênio Toscano de Brito e Joaquim Ferreira de Carvalho, ele passaria a ser encarregado da função.
Ao assumir o governo do estado, fundou o Partido Republicano da Paraíba, revogou a Constituição promulgada no governo de Venâncio Neiva, reorganizou a Assembleia Legislativa estadual e aprovou uma nova Carta Magna. Foi então confirmado, via eleição indireta, como presidente do estado. Álvaro Lopes foi caracterizado como um republicano histórico e florianista pelo também político areiense João Coelho Gonçalves Lisboa.
Durante sua administração, teve como aliado o vice-presidente, padre Walfredo Leal. Álvaro investiu nos sistemas rodoviário e ferroviário, reformou o Liceu Paraibano, instalou linhas telegráficas e criou a Imprensa Oficial.
No dia 17 de maio de 1896, renunciou ao mandato para concorrer a uma vaga no Senado e foi substituído por Walfredo Leal. O político foi eleito ao cargo pelo estado paraibano e tomou posse em 1897.
Em 14 de dezembro de 1900, ainda na carreira militar, chegou a ser tenente-coronel. No ano de 1904 renunciou ao mandato de senador, ao ser mais uma vez eleito presidente da Paraíba, sucedendo José Peregrino de Araújo.
No dia 22 de outubro, de volta ao governo paraibano, continuou aliado do padre Walfredo Leal, o qual novamente foi seu vice-presidente. Um ano depois, renunciou ao governo para concorrer a uma vaga no Senado Federal. Eleito, tomou posse em 1906. Em 5 de agosto de 1908 foi promovido a coronel e pouco depois reformou-se como general.
No Senado, Álvaro Lopes Machado foi membro das comissões de Obras Públicas e Empresas Privilegiadas, de Finanças, e de Marinha e Guerra. Foi também professor militar e sócio benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Recebeu a Medalha de Ouro por serviços militares relevantes.
Em 30 de janeiro de 1912 o Alvarismo chegou ao fim com a morte prematura do senador, aos 55 anos de idade. Seu corpo foi sepultado no Cemitério de São João Batista, na então capital federal.
Álvaro Lopes Machado foi casado com Amanda Brancante Machado. Um de seus filhos, Onaldo Brancante Machado, chegou a ser ministro da Fazenda no governo de Eurico Gaspar Dutra. Seu desaparecimento possibilitou o surgimento de uma nova oligarquia na Paraíba, encabeçada pela família Pessoa, mais especificamente, Epitácio Pessoa.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lvaro_Lopes_Machado
http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20140616091430