Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 1946.
Atividades artístico-culturais: artista plástica.
“Sou uma artista intuitiva, e não acadêmica, pois as coisas afloram e os trabalhos são resultado de pesquisa e leitura. As linhas das obras são abstratas e informais, pois não me prendo a normas e fico livre para criar” declarou a artista para o jornal A União, quando deu início à sua exposição “Simetria do Tempo”, em 2016.
Nascida na capital paraibana, Ana Lúcia Pinto continua vivendo em João Pessoa, apesar de já ter levado sua arte para vários cantos do país, inclusive para os Estados Unidos. Com mais de 20 anos de carreira, o trabalho da artista plástica é caracterizado por ser abstrato, com linhas contemporâneas e conceitual. Se inspirando também em acontecimentos que ela observa ao seu redor.
A arte abstrata de Ana Lúcia é claramente identificável no uso das cores (tons amarelos, pastéis, cinza, beges, marrons, vermelho) e seus objetos geométricos (círculos, quadrados, triângulos), bem como no uso de materiais para sua composição (pedras, cordão e outros).
A artista mostra sua criatividade há um pouco mais de 23 anos através das suas pinturas, esculturas, objetos e cerâmicas. Em seu currículo consta algumas exposições individuais como a “Buscas”, que aconteceu em João Pessoa no ano de 1999; “Elos”, também em João Pessoa, 2000; “Pinturas”, em 2001; e a mais recente, “Simetria do Tempo”, de 2016 na Estação Cabo Branco, em João Pessoa.
Autora em exposições coletivas como a V SNAP (Sesc João Pessoa, 1996); Contemporâneos (Galpão das Artes, São Paulo, 1997); VIII SAMAP (Centro Cultural São Francisco, 1998); Tropical Brazil (Maryland/ EUA, 1998); Galeria Sesc Tijuca (Rio de Janeiro, 1999); Fundação Mokiti Okada (São Paulo, 1999); Meio tom (Galeria Artenossa, 1999); Cenarium Espaço de Arte (João Pessoa, 2000); Tempo e talento (Galeria Gamela, 2001); II Gesto de arte (Hebraica, São Paulo, 2001); A marca do homem (Funesc, 2001) e As cores da arte paraibana (Usina Cultural Energisa, 2010).
Em “Simetria do Tempo”, sua exposição mais recente, Ana Lúcia Pinto comemora 23 anos de carreira expondo 15 telas, duas esculturas e quatro objetos de parede, que contam um pouco de sua trajetória como artista plástica. As obras abordam algumas questões sociais, a exemplo da ecologia, especificamente o problema das queimadas, o risco de se soltar balões devido risco de se provocar incêndios, e a atividade do garimpo, por causa da utilização do mercúrio, que contamina o meio ambiente, o que, indiretamente, também leva para os aspectos sociais, econômicos e políticos.
“Ana expressa as inquietações com as dores humanas típicas dos grandes artistas, que se revelam em múltiplas linguagens em suas aguadas, perfis, esculturas e cerâmicas” destaca a curadora da Estação Cabo Branco, Lúcia França.
Sobre a última exposição de Ana, ela ressalta sua expressividade e engajamento sócia. “A exposição Simetria do Tempo é, de certa forma, a busca da centralidade, um marco na vida da artista que, ao longo dos anos, utiliza elementos da natureza e o cotidiano como inspiração, dispositivos para a sua produção contemporânea”, concluiu.
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