Naturalidade: Orós – CE
Radicado: Campina Grande – PB
Nascimento: 21 de abril de 1965
Atividades artístico-culturais: Sociólogo, artista plástico, poeta, produtor cultural.
O artista plástico Josafá Paulino de Lima, mais conhecido por Josafá de Orós, em referência à cidade onde nasceu no estado do Ceará, em 1965. Mora hoje em dia na cidade de Campina Grande – PB, onde chegou na década de 1970 e reside atualmente. Graduado em Ciências Sociais pela UFPB, Josafá tem como principais atividades as artes plásticas, através da xilogravura, o desenvolvimento de oficinas e palestras nas escolas sobre xilogravura, e da ministração de aulas para crianças e adultos. Também atua na literatura, onde escreveu a crônica: Crônica de uma paixão anunciada: “Jorge, amadona!”, publicou contos e poesias em diversas antologias de nível nacional e internacional. Conquistou dezenas de premiações em nível nacional e é atualmente Embaixador da Palavra, título obtido no ano de 2017 através do Museo de la Palabra e da Fundación Cesar Egido Serrano de Madrid, Espanha.
Com grande atuação no campo artístico, Josafá de Orós iniciou sua atuação no mundo artístico aos 12 anos, com uma exposição no Centro Artístico Jorge Miranda, onde apresentou sua habilidade como copista de modernistas brasileiros como Cândido Portinari, Ismael Neri, Tarsila do Amaral dentre outros, além de outras escolas e artistas como Almeida Júnior., Rodolfo Amoedo, etc. sendo assim o início de tudo e os fundamentos de sua trajetória. Após essa fase que representou o primeiro momento de sua vida artística, frequentou durante anos o atelier livre do Museu de Artes Assis Chateaubriand.
De acordo com o próprio Josafá: “Desde esse primeiro momento que participávamos de mostras coletivas principalmente na cidade e na região. Desde aquele tempo também eu já organizava eventos ligados a cultura e as artes visuais, notadamente, uma vez que já ocupava cargos e funções nos campos da cultura e das artes plásticas como diretor artístico de Centro Cívicos, Grêmios Estudantis, centros acadêmicos etc. como foi no Colégio Estadual de Bodocongó, no Colégio Estadual da Prata, no Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal da Paraíba – Campus II. Foram inúmeras exposições coletivas e individuais em várias técnicas de desenho, pintura e de escultura. Grafite, bico de pena, pintura em tela, objeto, escultura em madeira etc.”
Continuando sua vida artística, teve seu primeiro contato com a xilogravura, a partir de uma oficina ministrada pelo xilógrafo Ramos Melo (artista plástico atuante na época na cidade de Olinda-PE), onde despertou seu interesse por esta arte, e é a partir desse momento que começa todo seu trabalho enquanto xilógrafo. Ao longo do tempo foi ocupando diversos cargos de tamanha importância para a Cultura, como o mesmo relata:
“Sempre estou atuando em algum lugar. Atualmente sou Diretor Executivo da Fundação Universidade Camponesa, membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri Paraibano, membro fundador do Instituto Histórico e Cultural de Pocinhos, membro da Sociedade Paraibana de Estudos do Cangaço, membro fundador da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, dentre outros”
Em relação a sua atuação no campo de pesquisas no campo das artes visuais, tem desenvolvido projetos ligados nos mais diversos ramos indo das expressões eruditas até as expressões populares, onde viu na xilogravura um ótimo campo, uma vez que a gama de possibilidade oferecidas por esta técnica é vastíssima, como afirma o próprio Josafá:
“Os muitos processos que engendram novas tecnologias afetam gravemente certos aspectos da sociedade. A história, a memória coletiva, aspectos da tradição, o trabalho, as relações de trabalho, as relações sociais etc e isso nem sempre faz com que as políticas públicas se voltem para a defesa da cultura. Neste sentido, comumente, cotidianamente, lidamos com a extinção de ofícios, de brincadeiras e de brinquedos sem que a antropologia, a história, a sociologia, ou mesmo aqueles que lidam com o nosso patrimônio imaterial despertem para ações nesse campo.”
Com todo esse conhecimento o Josafá de Orós, tem levado a Cultura Nordestina, através da xilogravura por diversos locais, participando de exposições nas mais diversas regiões e cidades do país como, Atibaia-SP, Salvador-BA, Brasília-DF, Rio de Janeiro. Algumas exposições também ocorreram no exterior como o Prêmio La Joven Stampa de Havana-Cuba, exposição coletiva na região de Maracena-Espanha, exposição Le Monde et um Balon em Marselha-França, dentre outras. Recentemente realizou com apoio do Ministério da Cultura importante projeto intitulado PARAÍBA GRANDES NOMES; A XILOGRAVURA E O CORDEL APRESENTANDO IMPORTANTES PERSONALIDADES DO ESTADO, onde teve a oportunidade de realizar exposições individuais em cerca de 100 municípios do estado da Paraíba, participando também de duas exposições em Portugal, onde levou suas mais recentes produções de poesia e de xilogravura. Josafá também ocupa a cadeira nº 03 na Academia de Cordel do Vale do Paraíba, onde atua contribuindo da forma em que se manifestam os outros participantes, através de proposta de projetos, de ações educativas, de títulos para obras coletivas, participação dos recitais etc.
Fontes:
Entrevista com Josafá de Orós
http://radiozumbijp.blogspot.com/2017/10/josafa-de-oros-e-o-entrevistado-de-hoje.html
http://www.jornaldaparaiba.com.br/vida_urbana/xilogravuras-e-temas-populares.html
http://www.portaloros.com.br/2013/05/josafa-de-oros-oroense-de-sucesso.html