Naturalidade: Sousa – PB
Nascimento: 1966
Atividades artístico-culturais: Ator, poeta, contista, dramaturgo
Atividade exercício-profissional: Professor
Facebook: https://www.facebook.com/arupemba
Alguns prêmios: Festival de Poesias do Jornal de Letras (RJ), Festival de Poesias, Contos e Crônicas de Imperatriz (MA), FESERP – Festival Sertanejo de Poesias (Aparecida/PB), tendo publicado em várias coletâneas entre elas: Rimas do Sertão, Antologia da Câmara Brasileira dos Jovens Escritores, Antologias do FESERP.
O sertanejo Geraldo Bernardo Abrantes nasceu na zona rural de Sousa em 1966. Com apenas doze anos se mudou para a cidade e começou a estudar formalmente, onde começou a militar politicamente, e ainda jovem, participou da campanha Diretas Já, seguindo adiante com o movimento estudantil, sindical, cultural e partidário.
Se formou em História pela UFPB, no campus de Cajazeiras, e na terra de padre Rolim, começou a trabalhar como professor. Lecionou no IFPB de Cajazeiras, no IFRN, Campus Central-Natal e em vários cursinhos preparatórios para vestibular.
A literatura sempre fez parte dele, por causa disso, por volta da década de 80 e ao longo dos anos 90, o poeta escreveu, encenou e dirigiu diversos espetáculos, ressaltando o Lucidez Psicossomática, de 1992, montado pela APC/Aparecida, o espetáculo ganhou festivais e diversos troféus de melhor texto; A Saga do Corvo, de 1996, outro texto premiado que teve grande repercussão pelo Nordeste. Entre outros trabalhos como autor e diretor, estão: O filho da puta (90), O Último Conto (97) montagem da APC de Aparecida-PB. Neste período teve influência na criação do FESTEJO – Festival de Teatro Sertanejo, o evento reunia todos os grupos de teatro do sertão na década de noventa.
Entre seus trabalhos como contista, estão: Noite Lúgubre (2002); Meu amigo Pedro (2003); Contos Contados (2008); Jamili e o especialista em milagres (2013); esta última que reúne histórias que refletem sobre temas como família, sexo, dores, e tradições sertanejas, o autor também utiliza muitos vocábulos e ditos populares que naturalmente aparecem no decorrer de sua obra.
Já a partir do poema “As arupembas de alumínio”, que circulou na internet em 1993, recebendo diversos elogios, Geraldo construiu o personagem Arupemba, a partir de então sua produção literária e teatral se tornou focada neste personagem. Além de declamações, publicou os folhetos: Os causos de Arupemba 1, 2 e 3 nos anos de 2006 e 2007, e gravou até mesmo um CD de mesmo nome.
Na literatura de Cordel, se destacam os folhetos: A Encoberta – a história de uma santa sem altar (2003); Quando os bichos falavam (2011); O periquito de Zefa (2017; Arupemba, o matuto beradeiro/CD (2017) e, As aventuras de Chico Socó, uma lenda verdadeira (2018).
Entre outros trabalhos, Geraldo Bernardo também atua, participou dos espetáculos Delírios (1991), O caboré (1995), Paixão de Cristo (1998/2000), O castigo do Santo (2001),e participou também longa metragem O sonho de Inacim (2006) e curta O homem e a serra.
Com a forte raiz na militância cultural, fez parte da construção das leis de incentivo à cultura na Paraíba e em municípios como Sousa, Aparecida e Cajazeiras. Foi vice presidente da antiga Federação paraibana de Teatro Amador; entre outros. Com inúmeras obras inéditas e como ativista cultural, sua atuação se faz presente nas feiras, praças e espaços dedicados à cultura popular.
Um de seus últimos trabalhos foi a obra “A doida paixão de um doido”, lançada pela Arribaçã Editora em 2018. A obra é um romance YA (young adult) e tem como protagonista um adolescente chamado Zé Pimba, um adolescente de 12 anos que se apaixona por Daquinha, uma menina da mesma idade. Para conquistá-la, Zé faz inúmeras peripécias, e apesar de sua determinação, algo sempre pode dar errado. A história é contada por um menestrel que recebe convidados aos quais conta detalhadamente sobre a vida do protagonista, cabendo ao leitor identificar a origem de seus traumas e bloqueios. A história trata de temas como: humor, paixão, violência doméstica, bullying e sertão. Utilizando sempre do folclore e do linguajar popular.
Toda a obra de Geraldo Bernardo evoca um saudosismo e orgulho ao sertanejo e ao nordeste.
Denis Teixeira
Fontes:
http://www.arribacaeditora.com.br/autores/geraldo-bernardo/
https://clubedeautores.com.br/livros/autores/geraldo-bernardo
https://www.escavador.com/sobre/204711152/geraldo-bernardo-da-silva