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Data de publicação do verbete: 07/06/2020

Sons do Silêncio

Grupo instrumental, de Cabaceiras-PB, de músicas peruanas e músicas indígenas americanas.
Data de publicação: junho 7, 2020

Naturalidade: Cabaceiras – PB

Surgimento: 2017

Gênero Musical: Grupo instrumental de músicas peruanas e músicas indígenas americanas.

Contato: (83) 98710-3937

Facebook: https://www.facebook.com/sonsdosilencio55 / 

Instagram: https://www.instagram.com/sonsdosilencio2/

 

A partir do pensamento de que a maioria das músicas tem um poder xamânico de fazer com que a pessoa que ouça mergulhe em si mesmo, refletindo sobre coisas que só ela sabe, e que esse seria o poder do silêncio, silenciar para meditar, e tendo conhecimento da música “The sound of Silence”(o som do silêncio) de Simon e Karfful o nome do grupo surgiu.

O grupo musical Sons do Silêncio tem um repertório atípico, baseado em estudos sobre cultura indígena americana, cultura asteca e música andina, utiliza instrumentos musicais curiosos, e confecciona artesanalmente esses instrumentos a partir de materiais recicláveis e materiais encontrados na natureza, como ossos, argila, madeira. Assim como, os astecas faziam na antiguidade e são usados até hoje por grupos musicais tribais.

Dudu Rodrigues havia aprendido a tocar flauta doce e o Professor Átila de Pádua o apresentou a flauta quena, ele logo se interessou pelo instrumento e a partir de aulas via redes sociais, aprendeu a tocar o instrumento. Aprendeu a tocar músicas peruanas e teve a iniciativa de convidar o Professor de violão, Reinaldo Cordeiro e o percussionista, Alex Nunes para tocarem juntos no show de calouros promovido pelo Padre João Jorge Rietveld, na Festa de Padre Ibiapina em Cabaceiras-PB, em 2017, essa foi a primeira apresentação do grupo Sons do Silêncio, premiado com o primeiro lugar no festival.

A canção escolhida foi ‘El condor pasa’. “Eu só sabia ela (a música) na flauta. Foi o maior sucesso. Depois disso, eu passei a aprender outras músicas e convidei os outros para fazer parte do grupo”, lembra Dudu Rodrigues. Alguns meses depois o Professor Átila de Pádua que havia o incentivado no início, se juntou ao grupo, compondo a formação que a banda tem atualmente, com quatro componentes. 

Dudu Rodrigues começou a estudar flauta para aprender a ler partitura. Além disso, também toca violão e guitarra. Átila de Pádua, Professor de música e de flauta, foi o primeiro a ter contato com o estilo de música indígena. Reinaldo Cordeiro é musicista e Professor de violão. Alex Nunes é o percussionista.

A mistura de ritmos nativo americanos, indígenas peruanas e astecas, sem presença vocal, resulta em uma música calma e envolvente, um estilo diferente.  O grupo adapta músicas famosas para o estilo como “My heart will go on”, de Celine Dion, e “Hallelujah”de Leonard Cohen.

A banda utiliza instrumentos populares: violão, cajon, contrabaixo, flauta doce contralto, teclado, caxixe e carrilhão. E instrumentos exóticos como: a flauta de pan, flauta quena, flauta irlandesa (Tin Whistle), pau de chuva, apitos de pássaros de argila, apito asteca, chocalho com crânio e unhas de bode, queixada (maxilar de cavalo ou jumento ao qual se extrai um som percussivo).

A flauta de pan é formada por uma estrutura de tubos ligadas lado a lado. Os tubos têm tamanhos diferentes e são dispostos de forma crescente. Este modelo surgiu na Grécia Antiga e acredita-se que seja um dos primeiros instrumentos de sopro. Atualmente, é usada por grupos folclóricos da América do Sul, especialmente da Bolívia e do Peru.

A flauta quena tem seis furos e consegue atingir uma escala de três oitavas. Teve sua origem na América Latina e possui papel importante na cultura peruana e andina. 

Tin Whistle ou Pennywhistle é um tipo de flauta irlandesa e tem um tamanho menor, geralmente, é feita de metal e se estende em uma escala de até duas oitavas. 

O apito da morte foi idealizado pelos astecas, no México, entre os séculos XIV e XVI. O instrumento de sopro produz um som aterrorizante e era utilizado como arma pelo povo asteca.

                                                                                                                     Israela Ramos

 

Fontes:

https://paraiba.pb.gov.br/noticias/em-cabaceiras-musica-instrumental-e-paisagens-cinematograficas-marcam-o-circuito-som-nas-pedras-1

http://www.blogdobrunolira.com.br/2019/10/cabaceiras-apresenta-sua-diversidade-cultura-e-as-belezas-dos-seus-lajedos-no-som-das-pedras/

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