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Data de publicação do verbete: 07/06/2020

Sumé

Sumé é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Região Geográfica Imediata de Sumé.
Data de publicação: junho 7, 2020

Município: Sumé – PB

Localização: Região Geográfica Imediata de Sumé

Municípios limítrofes São José dos Cordeiros (Norte); Camalaú e Monteiro (Sul); Congo e Serra Branca (Leste), e Amparo, Ouro Velho e Prata (Oeste)

Fundação: 1903

Emancipação: 1 de abril de 1951

Gentílico: Sumeense

Distância da capital: 263 Km 

População: 16.872 habitantes

Área: 864 km²

Densidade Demográfica: 17,16 hab/km²

Contato: (83) 3353 – 2274 / pmsome@bol.com.br

A palavra Sumé na língua indígena significa personagem misterioso que pratica o bem e ensina a cultivar a terra. No espírito religioso dos catequizadores identifica São Tomé. O Município de Sumé tem uma área de 864 km², representando 1,53% da área do Estado, e está localizado na Microrregião dos Cariris Velhos, tem como municípios limites ao norte: São José dos Cordeiros e Itapetim (PE); ao sul: Camalaú e Monteiro; à leste: Serra Branca e Congo; à oeste: Ouro Velho, Prata e Monteiro.

No final do século XVIII, iniciou-se a fixação de colonos na zona do Cariri paraibano. Procedentes do próprio Estado e de Pernambuco, ali se estabeleciam com fazendas de criação de gado. São João do Cariri, a mais antiga localidade da zona, foi elevada a sede de Freguesia em 1750. Em 1762, as terras onde hoje está a Sede do Município de Sumé integravam uma fazenda, pertencente a Manuel Tavares Baía. 

A povoação foi fundada, em 1903, por Manuel Augusto de Araújo, na confluência do Rio Sucuru com o Riacho São Tomé, ficando conhecida com o nome do riacho. A Divisão Administrativa do Brasil de 1911, integrou ao Município de Alagoa do Monteiro o Distrito de São Tomé. A subordinação criou animosidade entre as duas povoações, em 1951, foi criado o Município de Sumé.

Localizado na região do Alto Rio Paraíba, inserida no Polígono das Secas, a área possui um clima do tipo semiárido quente, com chuvas de verão. Esse clima caracteriza-se pela insuficiência de precipitações. A vegetação é constituída pela caatinga xerofítica, comum do sertão nordestino, sendo representada por Bromeliáceas e Cactáceas, conhecidas popularmente como macambira, marmeleiro, umburana, catingueiro, xique-xique, facheiro, jurema, etc. As árvores de médio porte são encontradas ao longo dos riachos e rios, devido à maior umidade desses locais. 

Existem, no município, reservas de apatita, ainda não exploradas e, argila, explorada por processos rudimentares, empregada largamente, na fabricação de tijolos e telha tipo canal, atendendo ao mercado de material de construção e oferecendo ocupação para mão de obra não qualificada. A exploração da argila gera outro tipo de ocupação para tradicional “louceira”, com o fabrico manual de utensílios de barro para o uso doméstico: vasos decorativos e artesanato.

 Há também, no município, elevada ocorrência de rochas graníticas, empregadas em pavimentação e ornamentação. O município detém reservas que estão sendo consumidas gradativamente, pelos fornos e caldeiras ou para fabricação de carvão por processos rudimentares. Mas existem ainda áreas preservadas, a exemplo da Fazenda Almas.

Na história de Sumé é perceptível a forte presença da sua cultura, seja expressa em forma de artes plásticas ou cênicas, danças culinária, esporte e tudo mais que possa apresentar as manifestações artísticas, intelectuais e espirituais do povo sumeense. Os sumeenses mais antigos recordam que o “palco” principal para as apresentações culturais era sempre a “Rua da Lama”, onde se instalaram os primeiros moradores da vila. Lá, se realizavam desde os bailes sociais, até os cocos de roda, pastoris e sambas.

Ainda quando vila (Vila de São Tomé dos Sucurus), várias foram as manifestações culturais que marcaram época, como o Pastoril de Olindina, cuja finalidade era comemorar os festejos natalinos, formado por senhoritas de finos tratos, vozes da sociedade local. Por vários anos o pastoril manteve a tradição das festas de natal. Havia também, nas festas da Padroeira, os saudosos cordões azuis e vermelhos ou “encarnados”, como se chamava na época, que era uma disputa divertida e salutar, tanto no pavilhão da festa, como nas festas de cavalhada ou argolinhas. 

Encontram-se também as obras feitas pelas mãos dos mestres Manoel Crispim e Miguel Guilherme, como manifestação da cultura sumeense, os já quase centenários: Sociedade Filarmônica São Tomé (de 1926), hoje, Filarmônica Municipal Maestro Antônio Josué de Lima e o São Tomé Esporte Clube (fundado em setembro de 1925).

Uma das principais expressões da Cultura Sumeense surgiu nos anos 90, o Ciclo Teatro de Sumé, após uma oficina de iniciação teatral ministrada pelo professor, poeta e teatrólogo, Zito Júnior. Desde então, o Cicloteatro não parou, apesar das constantes mudanças no grupo, que agora também trabalham o teatro de mamulengos e pernas de pau. 

Destaca-se também a arte do compositor Zé Marcolino que deixou clássicos do forró como: Sala de Reboco, Fazenda Cacimba Nova, Pássaro Carão, entre outras grandes composições interpretadas pelo cantor Luiz Gonzaga. Também participam do cenário musical sumeense as bandas Forró Kent, Banda Imagem, Luiz Carlos (Lulinha), Hamilton (Sumé), Zé do Nordeste, Claúdio Leola (Mosquito), Reginaldo Silva, Vandinho e outras bandas de forró pé-de-serra.

Miguel Guilherme dos Santos que é pintor, escultor e poeta, era autodidata e representa o maior nome nas artes plásticas do Cariri. Entre suas obras destacam-se: A poesia popular de Sumé tem como evidência dois grandes poetas: João Batista Bernardo (João Furiba) e Manoel Clementino Leite. Também se destacam os poetas populares: Luizinho Batista, Vicente Bernardo, Manoel Cacheado, Evaldo Severino, Jurandir Tembório, Gato Velho, José Soares, Zé Pinheiro, Eugênio Macêdo e Zito Júnior. 

Zitart’s: Associação fundada em 2002, de iniciativa do professor, pintor, poeta e desenhista, Zito Júnior, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento artístico de crianças e jovens sumeenses com produção de peças teatrais, pinturas e desenhos. A Associação te fomentado também o intercâmbio entre pessoas com afinidades literárias das cidades de Sumé, Monteiro e Sertânia (PE), através do jornal “Cabeça de Rato”, que divulga a produção regional de poesias e crônicas.

O sumeense não esquece os sabores da beira-seca de dona Sinhá Peba, O puxa-puxa de Pretinha Jacinto, a tapioca de Maria de Norberto, o doce de leite de dona Neném, as chupetas de Joaninha, os doces de fofa de umbu, o quebra-queixo na feira e a “panela mágica” do bar de Darcílio. Atualmente, destacam-se a galinha do bar do Pitaco e o picadinho do Mercado Público.

                                                                                                                   Israela Ramos

Fontes:

https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-sume.html

https://www.sume.pb.gov.br/historia/

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pb/sume/historico

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sum%C3%A9_(Para%C3%ADba)

 

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