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Data de publicação do verbete: 07/06/2020

Dudu Rodrigues

Daniel Rodrigues da Costa, ou Dudu Rodrigues como é conhecido, tem 22 anos é natural de Campina Grande – PB e reside na zona rural, no sítio Cacimbas a 9 km da cidade de Cabaceiras-PB.
Data de publicação: junho 7, 2020

Atividades artístico-culturais: Músico e Artista Plástico 

Naturalidade: Campina Grande – PB

Nascimento: 2 de março de 1998

Instagram: @dudu.rodrigues.585

Facebook: Dudu Rodrigues

E-mail: dudumusico55@gmail.com

Contato: (83) 989018881

Daniel Rodrigues da Costa, ou Dudu Rodrigues como é conhecido, tem 22 anos é natural de Campina Grande – PB e reside na zona rural, no sítio Cacimbas a 9 km da cidade de Cabaceiras-PB. Dudu é o idealizador do grupo musical Sons do Silêncio, toca a flauta quena, quenacho, flauta Doce, flauta de pan, flauta tin whistle (flauta irlandesa) e alguns instrumentos de efeito, como os apitos de argila e chocalho.  

A banda Sons do Silêncio mistura ritmos nativos americanos, indígenas peruanas e astecas, sem presença vocal, a música calma e envolvente do grupo, é um estilo atípico. O grupo adapta músicas famosas para o estilo, como “My heart will go on”, de Celine Dion, e “Hallelujah”de Leonard Cohen. O grupo surgiu em 2017, e utiliza instrumentos curiosos, confeccionados artesanalmente, assim como os astecas faziam na antiguidade, e são usados até hoje por grupos musicais tribais.

Dudu Rodrigues dá aulas de violão em um projeto social organizado pela paróquia da cidade, e além de fazer arte através da música, confecciona instrumentos musicais e artesanatos a partir de materiais como ossos, argila, madeiras e alguns materiais recicláveis. 

“Meu irmão José Lenildon (saxofonista) foi uma das influências artísticas que tive, quando ele começou a aprender violão eu também me interessei, e fui assistir aulas na cidade com Reinaldo Cordeiro (que mais tarde virou um dos principais integrantes da banda Sons do Silêncio), depois do violão fui para guitarra e depois para as flautas onde me identifiquei mais. ”

“A presença da arte multicultural na minha vida veio por meio de quatro pessoas: Reinaldo, Átila, Alex – (componentes da Banda Sons do Silêncio) e meu irmão José Lenildon, eles foram e são até hoje os meus professores, nós aprendemos em conjunto, são as melhores referências que eu tenho. ”

A partir de uma visita a aula do Professor Romero Damião, de construção de instrumentos alternativos em Campina Grande – PB, na UFCG (o irmão – José Lenildon estudava música lá), surgiu o gosto por fazer pequenos instrumentos musicais. Nessa aula eram utilizados apenas materiais recicláveis, mas, Dudu Rodrigues decidiu usar materiais que ele pudesse encontrar com facilidade na natureza, mais especificamente, na região onde mora (Cabaceiras-PB).

Como o artista se interessava pela cultura indígena americana e outras culturas tribais, ele começou a fazer instrumentos e artesanatos com ossos de animais que encontrava na mata. Atividade esta que virou um hobbie, e a partir daí segundo ele, “os ossos que não viram instrumentos se tornam enfeites de parede”.

“Eu tenho vários crânios de bode e de bois no meu quarto. Esse gosto estranho surgiu antes de eu tomar conhecimento de que os indígenas americanos faziam essa prática. Quando eles matavam um animal ou achavam algum morto, eles faziam questão de aproveitar tudo o que aquele ser tinha para dar. Então, eles comiam a carne (se estivesse fresca), faziam armas com os ossos, faziam roupas com o couro, entre outros artefatos. Aproveitar quase tudo era uma forma de mostrar o respeito pelo animal e mostrar que sua morte não foi em vão. Eles acreditavam, e acreditam que todos os seres vivos têm alma”

                                                                                                                  Israela Ramos

Fontes:

https://paraiba.pb.gov.br/noticias/em-cabaceiras-musica-instrumental-e-paisagens-cinematograficas-marcam-o-circuito-som-nas-pedras-1

http://www.blogdobrunolira.com.br/2019/10/cabaceiras-apresenta-sua-diversidade-cultura-e-as-belezas-dos-seus-lajedos-no-som-das-pedras/

Entrevista com Dudu Rodrigues por Israela Ramos

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