Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 26 de novembro de 1988
Atividades artístico-culturais: Atriz
Instagram: @Pryatriz__paraibana
Contato: priscilacscardoso@gmail.com
A atriz Priscila da Conceição Cardoso de Souza, de nome artístico Priscila Cardoso, desde criança já mostrava seu talento e paixão pelas artes, especialmente pelo teatro.
“Na infância meus pais me levavam para os ensaios, eles gostavam de me ver brincando com os figurinos, cenários, interpretando, ficavam alegres com a minha desenvoltura no palco. Às vezes meus pais recebiam alguma reclamação da escola, pois os professores diziam que eu ficava imitando eles (mas era só uma forma de expressar meu dom).”
“Eu tinha 12 anos quando coisa começou a ficar mais séria, o volume de trabalho começou a ficar mais intenso, meus pais já não apoiavam como antes, eles achavam que isso poderia atrapalhar nos estudos. Mas a paixão pelo teatro me impulsionava a não parar. Eu fiquei quase um ano ensaiando escondido, fugindo da escola, e quando estava perto de estrear o espetáculo: A cigarra e a formiga, que contei para meus pais, eles brigaram comigo, mas foram assistir e ficaram emocionados. Foi muito importante ter a presença deles! Eles perceberam que o teatro era minha vocação e que o apoio deles era e é fundamental para superar todas dificuldades que a profissão apresenta. ”
Em 2020, Priscila completa 20 anos de teatro, duas décadas de experiência com a arte. Dentro e fora do palco, ela revela que teve inúmeros aprendizados que têm servido para a sua vida não só como profissional, “tive muitos nãos, mas me apeguei aos sins sinceros e verdadeiros, que valorizam meu potencial e meu talento. Essa escolha feita na infância mudou pra sempre minha vida. Realizei sonhos através das artes, o teatro me faz ter novas experiências a cada desafio posto, e isso é importante para que eu possa me reinventar como profissional, como artista. ”
“Aprendi a ler aos dois anos em casa, com ajuda da minha mãe, fui para a escola com três anos. Quando criança, contava histórias. Sempre gostei de música, teatro, criava figurino, simulava cenas, criava situações que a veia artística já despontava. ”
Priscila começou a atuar em 1993, com apenas cinco anos, participando do Grupo Vitória Popular, sob a direção do professor Carlos Eduardo Gabriel, atuando no Bairro dos Ipês e Igreja Nossa Senhora da Glória, nos espetáculos Paixão de Cristo, Mulheres, A Promessa. Ela integrou esse grupo até 1998.
Em 2000, entrou no Grupo Treme Terra, com o diretor Chris Maurício, atuando em Cariri, Auto da Compadecida e O anjo Salvador.
Em 2002, foi ingressou no Grupo de Teatro Tenda, onde recebeu seu o primeiro certificado como profissional. Atuou no grupo até 2016, apresentando os espetáculos “A cigarra e a formiga, floresta encantada, o gato de botas, a escolinha, o noviço, o casamento de dona baratinha, o Judas no sábado de aleluia, o deboche, todos com direção de Geraldo Jorge.
De 2014 a 2017, a artista trabalhou no município de Bananeiras- PB, como assistente de direção de teatro, na escola de Teatro de Bananeiras, nos espetáculos Alto de Natal (2014), Alto do Menino Jesus (2015), Cortejo do Menino Deus(2016), Seminarista(2014), Alto do São João Menino(2014/2015).
De 2016 a 2018, ministrou oficinas de expressão corporal e oficinas básicas no Grupo de Teatro Tenda, onde continua colaborando como assistente de direção e oficinas.
Ela cita Carlos Eduardo Gabriel e Geraldo Jorge como seus principais influenciadores na vida artística e cita ainda seu avô, Ivan Augusto Cardoso (in memorian) que foi artista circense.
Suas inspirações são Beto Quirino (Ator, Produtor e Diretor), Dadá Venceslau (Ator, Artista plástico), Sitna Paiva (Professora de português que sempre a indicava para apresentações na escola), Roberto Cartaxo (Ator e Diretor), Arimateia Bispo (Ator, Diretor e Produtor).
Prêmios e momentos marcantes para a artista:
- Em 2003, apresentação na 10ª mostra estadual de teatro e dança, com o espetáculo Mulheres, do grupo Vitória Popular, com a direção Carlos Eduardo Gabriel, no teatro Paulo Pontes, em João Pessoa-PB.
- Em 2006, foi indicada na categoria atriz coadjuvante, com o espetáculo a floresta encantada, Geraldo Jorge na 7ª mostra estadual de teatro para criança, no Espaço Cultural da Paraíba, em João Pessoa-PB.
- Em 2013, realizou oficinas de expressão e realização corporal CIJ- Centro Inaciana da Juventude, em Fortaleza- Ceará.
- Em 2018, Prêmio de melhor atriz XI FESTATY Teatro e Dança, com espetáculo Cariri, onde o grupo Treme Terra foi indicado e recebeu diversos prêmios, entre eles como melhor espetáculo, sobre a direção de Chris Maurício, no Teatro Ivonaldo Rodrigues, em Santa Rita- Paraíba.
- Em 2018, Prêmio de Atriz coadjuvante no 1º Festival de Teatro e Dança de Mandacaru, com o espetáculo Cariri.
- Em 2014, 2015 e 2016, atuou como Assistente de Direção coreógrafa e arte educadora, na Escola Municipal de Teatro, em Bananeiras- Paraíba, realização Prefeitura Municipal de Bananeiras.
- Em 2014, 2015 e 2017, realizou oficinas de expressão corporal em Teresina- Piauí, na FAR- Faculdade Adelmar Rosado.
- Em 2016, 2017 e 2018, apresentou o Espetáculo Paixão em Retalhos, apresentado na Praça da Paz, em João Pessoa, realização FUNJOPE.
- Em 2017, 2018 e 2019, realizou oficinas de expressão corporal em Recife- Pernambuco, realização UNICAP.
- Em 2018, realizou oficinas de expressão corporal Campina Grande- Paraíba, realização MEJ- Movimento Eucarístico Jovem.
- Em 2019, realizou oficinas de expressão corporal em Natal- Rio Grande do Norte, realização CVX Brasil. Realizou oficinas de expressão corporal em Brasília- Distrito Federal, realização CVX Brasil.
- Em 2020, realizou oficinas de expressão corporal, paróquia Sagrado Coração de Jesus, realização Catequese Infantil Paroquial, em João Pessoa. Foi voluntária no Coletivo de Comunicação Bairro da Paz, em Salvador-Bahia. Assistente de direção no espetáculo: Missa para as crianças, com a direção de Plutarco Almeida, em João Pessoa- Paraíba.
“Continuo ampliando minha atuação em outros ambientes da arte, dentro e fora da Paraíba, buscando financiamento para montagens de oficinas e espetáculos, apesar do cenário atual ainda não apresentar uma melhora, continuo atenta as oportunidades para manter minha motivação e entusiasmo. A pandemia nos tirou do palco por algum momento, e revelou os bastidores da nossa árdua e prazerosa profissão, mostrando que mesmo vivendo de personagens somos seres humanos reais na vida real. A arte supera todos obstáculos, e como diz o poeta: tudo vale a pena quando a alma não é pequena. ”
A atriz citou a frase de Mateus Ribeiro de Aquino, “Ser atriz ou ator, é ouvir a vida inteira que arte não é profissão, é escutar pouco sim no meio de tanto não, só é atriz ou ator no Brasil se aparecer na televisão. Muitos acham que atuar é fama e não interpretação.”
Fonte: Entrevista com Priscila Cardoso por Israela Ramos.