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Data de publicação do verbete: 13/11/2020

Arthur Lins

Cineasta.
Data de publicação: novembro 13, 2020

Naturalidade: Palmares-PE// Radicado em João Pessoa-PB

Nascimento: 20 de outubro de 1983

Facebook: https://www.facebook.com/arthur.lins.927

Instagram:  https://www.instagram.com/arthurlins.01/?hl=pt-br  

E-mail:  arthurlins01@gmail.com

Arthur Fernandes Andrade Lins de nome artístico Arthur Lins, nasceu em 20 de outubro de 1983, em Palmares, Pernambuco. Mas, reside e trabalha em João Pessoa desde 2001, quando tinha 18 anos e começou a se dedicar às atividades de direção, roteirista e montador audiovisual.  Arthur é filho de Maria das Graças e Fernando Lins, ambos pernambucanos e comerciantes. Segundo ele, seus pais sempre o incentivaram o presenteando com filmes e livros.  Ele afirma não ter tido influências artísticas da família.

Sua infância foi marcada por um processo de migração e suas consequentes fases de adaptação e inadequação social, “aos seis anos de idade minha família se mudou de Pernambuco e foi morar em Cascavel-PR, onde residimos até os meus dezesseis anos”.   Aos 16 anos, em Fortaleza, trabalhou como atendente em uma videolocadora, onde pode assistir a muitos filmes e iniciar seu trabalho com o cinema em pequenas produções de curtas-metragens.  Em 2003, começou a realizar seus primeiros filmes em João Pessoa-PB, a partir do seu ingresso no curso de Jornalismo na UFPB, quando tinha 20 anos. 

Arthur Lins formou-se em Jornalismo pela UFPB em 2006, concluiu o mestrado em Letras pela UFPB em 2011, e desde 2017 faz doutorado no programa de cinema da UFF/RJ. Em paralelo, participou de diversos cursos na área de audiovisual e trabalhou no coletivo de um cineclube em funcionamento em de João Pessoa – PB, o Tintin Cineclube. 

Sobre influências artistas, Arthur cita artistas que atuam na Paraíba como Ana Bárbara Ramos, Bruno de Sales, Shiko, Ely Marques, Ian Abé, Tavinho Teixeira, Ramon Porto Mota, Ana Isaura, Bruno Ribeiro, Aurora Caballero, Carlos Dowling, Rodolpho de Barros, Thiago Trapo, Breno César, Gabriel Araújo entre outros, “Minhas influências artísticas são os encontros e as amizades que vão se formando nos processos de realizar e discutir os filmes que são realizados em contextos onde há espaço para a criação e a liberdade do pensamento”, disse Arthur.

Sobre suas inspirações, ele afirma que a história do cinema e dos filmes feitos é uma fonte inesgotável de inspiração e ativador de processos artísticos. Destaca o cinema de invenção brasileiro, com Andrea Tonacci, Rogério Sganzerla, Júlio Bressane e Zé do Caixão; o cinema clássico hollywoodiano e a nova hollywood a partir da década de 70; os filmes do cineasta japonês Yasujiro Ozu; o cinema de horror e faroeste italiano; filmes b e produções de baixo orçamento; cinema underground e experimental, como os filmes diários de Jonas Mekas e o cinema ensaísta de Agnés Varda e Chris Marker. 

Arthur declara, “para além do cinema, a literatura fornece vasto campo de material sensível/narrativo, como a obra de Virginia Woolf, Kafka, Bioy Casares, Machado de Assis, Lima Barreto e João Antônio, e a música que fertiliza o imaginário e alimenta o cotidiano, como John e Alice Coltrane, Jards Macalé, Nick Cave, Billie Holiday e Belchior. ” 

O cineasta realizou mais de 10 obras entre documentários e filmes de ficção, entre eles o longa-metragem ‘Desvio’ (2019) – exibido na Mostra Tiradentes/MG e no Los Angeles Brazilian Film Festival e premiado no Fest Aruanda (2019) e no Festival de Cinema de Triunfo/PE – e os curtas ‘A felicidade dos peixes’ (2011), ‘O matador de Ratos’ (2013), ‘Aqueles que ficam’ (2015) e os curtas ‘O plano do cachorro’ (2009) e ‘Um fazedor de filmes (2007) em parceria e direção conjunta com Ely Marques. 

Seus filmes já foram exibidos em festivais internacionais como o Festival Internacional de Cine de Huesca (ES), Festival Internacional de Curtas de São Paulo e nos principais polos audiovisuais do Brasil, participando e sendo premiado em importantes festivais como o Janela Internacional de Cinema de Recife, o Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte, o Curta Cinema Rio de Janeiro e O Cine Esquema Novo/RS, dentre outros.

Na função de montador trabalhou em filmes paraibanos exibidos e premiados em importantes festivais, a exemplo dos longas-metragens ‘Batguano’, de Tavinho Teixeira e ‘Baptista virou Máquina’, de Carlos Dowling e dos curtas-metragens, ‘O desejo do morto’, de Ramon Porto Mota, ‘Jogo de Olhar’, de Marcus Vilar, ‘Não tão Longe’, de Ian Abé. 

Entre 2009 e 2012, trabalhou como produtor cultural da TV-UFPB, dirigido programas e documentários televisivos. Desde 2013, atua na área de educação como Professor de Montagem no curso de Cinema da Universidade Federal da Paraíba, tendo coordenado projetos de extensão e pesquisa voltados para a área de estética e política. Desde 2017, desenvolve pesquisa acadêmica na área de narrativas audiovisuais e cinema contemporâneo brasileiro em diálogo com o gênero de ficção científica, integrando o programa de doutorado na pós-graduação em cinema na Universidade Federal Fluminense (Niterói-RJ). 

Seus próximos projetos  são o média-metragem Pele Fina (em processo de finalização), que deve ser lançado em 2021: conta com o protagonismo da atriz paraibana Ingrid Trigueiro como uma dramaturga em processo criativo na busca por adaptar a peça de teatro ‘Psicose 4:48’, escrito por Sarah Kane na década de 90 e o  longa-metragem Ratox CH7 (em processo de desenvolvimento): um filme de horror e distopia ambiental que propõe um desdobramento narrativo de meu curta anterior chamado ‘O Matador de Ratos’.

Fonte: Entrevista com Arthur Lins por Israela Ramos

 

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