O maior conteúdo digital de cultura regional do Brasil
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 02/01/2021

Fontes

Rapper radicado na Paraíba.
Data de publicação: janeiro 2, 2021

Nascimento: 24 de outubro 1996

Naturalidade: Resende- RJ// Radicado na Paraíba desde 2014

Instagram: @fontesoffthewall

twitter: @fontesofthewall

E-mail: contato.fontes.prod@gmail.com

Contato: (83) 99867-1838

Marcelo Fontes Higino Junior é o Rapper Fontes. Fontes nasceu em 24 de outubro 1996, em Resende-RJ. É filho único de Marcelo Fontes Higino e Cemira Nogueira Teixeira Higino, ambos também de Resende-RJ. O artista reside na Paraíba desde 2014 e além de músico, é estudante de Relações Públicas na UFPB.

Filho de uma Professora e um Militar da banda de música do exército, ele declara: “Apesar do meu pai ser militar, eu nunca tive uma criação fundamentalista e autoritária, como geralmente filhos de militares têm, muito pelo contrário. Meu pai me apresentou toda a minha base musical, desde Tim Maia, Jorge Ben, Tom Jobim a Santana. Sempre escutei de tudo em casa. Grande parte da minha família por parte de mãe é evangélica e sempre cantou na igreja, então também tive influência musical desse lado. ”

“No começo, meus pais não me incentivaram por conta da insegurança da profissão que já conheciam. Mas, depois que eles viram o propósito da minha música passaram a me incentivar e hoje são meus maiores fãs. ” 

“Sempre fui curioso, minhas memórias de infância são mexendo nos instrumentos que meu pai guardava atrás do sofá. Comecei a tocar bateria com 5/6 anos, com 10 comecei a tocar violão. Comecei a escutar rap em 2007 e saquei que era sobre a realidade que eu vivia, onde minha família morava. O rap me tocou muito. Sempre fui muito inquieto a algumas coisas que eu comecei a perceber na sociedade e o rap foi me guiando quando fui crescendo, é um instrumento de justiça social.  Acontecimentos foram me motivando. Um dos meus melhores amigos, o Zóio, foi morto e isso me fez me interessar mais pelo hip hop e pelas questões sociais, a querer saber o que motivou um menino negro, órfã, de um Bairro periférico e sem escola a entrar no mundo das drogas. Eu tenho certeza que a arte afasta jovens de caminhos que não são muito legais de se seguir. Para mim, o rap crescer como um todo, só tem benefício”, afirmou.

Em 2019, o rapper lançou em João Pessoa- PB o seu primeiro EP, o “Não Conformista” em parceria com DJ Guirraiz, trabalho que trata sobre racismo, opressão e injustiça social. Segundo ele, toda a influência para a produção do EP vem de suas raízes familiares. “O Não Conformista é todo falando sobre a minha família. Minha tataravó era escrava em Minas Gerais, minha avó também e minha família é um exemplo de justiça social. Fala sobre as pessoas que estão sendo oprimidas e a classe trabalhadora me influencia”, destaca.

Em 2020, lançou o álbum ‘Utopia’, que é uma parceria de Fontes com o paraibano DJ Guirraiz e o paulista PTSH. O álbum produzido de maneira remota tem a intenção de acender no público a vontade de perseguir o mundo ideal, sem esquecer de firmar os pés no chão.

 “Utopia chega para mostrar que nossos ideais continuam com a gente para o resto da vida, mas precisam passar por processos necessários como o amadurecimento, que faz com que a gente entenda como canalizar sentimentos como raiva, rancor, ódio e amor da melhor forma possível, buscando sempre mudar o mundo e a realidade à nossa volta”, conta Fontes.

O artista já participou de Festivais como o Festival do Sol em Natal-RN e o Festival Bananada em Goiânia-Go, onde cantou com a banda Sinta Liga Crew, em um dos festivais mais importantes da música independente. Dentre suas parcerias, ele destaca também a importância de Roan Nascimento – fotógrafo e as artistas Paula Moreira e Albenise Vasconcelos. 

Fontes cita como uma de suas inspirações, Cassiano, que é de Campina Grande e é um dos grandes nomes do soul no Brasil, segundo ele, uma de suas influências mais fortes, assim como seu pai, mestre da banda do exército e sua mãe que é uma das vozes que mais admira.

“A postura dos MC’s botando a cara e falando sobre o que precisa ser falado, assim como toda a classe artística que se propõe a falar além dos clichês, não só na música, mas o pessoal do pixo, do graffiti. As pessoas que estão tentando mudar o mundo para melhor de alguma forma, me inspiram, porque isso é o mais importante”.

Fonte: Entrevista com Fontes por Israela Ramos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *