Naturalidade: Juazeirinho-PB
Atividades artístico-culturais: Arte-Educador, Agente Cultural, Ator, Músico, Compositor e Diretor de Teatro.
Formação: Licenciatura Plena em Educação Artística com habilitação em arte cênica e música.
Trabalhos Musicais: Cabedelo e Suas Canções (1997); Forte é o Som da Terra (2004); Cânticos da Nau Catarineta (2005); Grupo Folclórico Coco de Roda e Ciranda Mestre Benedito (2006); Lapinha Jesus de Nazaré (2008).
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Tadeu Patrício é agente cultural atuante no município de Cabedelo desde 1980. Nascido no interior do estado da Paraíba, na cidade de Juazeirinho , na região do Cariri Paraibano e distante 240 km de João Pessoa, desde sua infância Tadeu sempre foi um amante da arte e da cultura da música e do teatro. Na década de 70, ainda bem jovem se mudou para a cidade portuária de Cabedelo. Aos 15 anos ganhou um violão de presente de seu tio, daí passando a praticar seus acordes musicais. Anos mais tarde, ele recebeu um convite de uns de seus amigos para tocar na Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus na cidade.
Tadeu é um dos maiores incentivadores do fazer teatral em Cabedelo, ao lado do padre Alfredo Barbosa que fundou o teatro de Cabedelo, nas décadas de 50 e 60 e do professor Altimar de Alencar Pimentel, nas décadas de 70 e 80. Em 1983, ao lado de outros companheiros do teatro, instituiu o Grupo de Teatro Padre Alfredo Barbosa – GTAAB, entidade cultural que realiza o espetáculo da Paixão de Cristo de Cabedelo, considerado o “maior espetáculo ao ar livre do estado da Paraíba” pela Embratur e PBTUR, sendo o grupo de teatro de Cabedelo que mais formou elenco em suas oficiais teatrais para o teatro de Cabedelo e da Paraíba. É um dos diretores de teatro da Paraíba, pioneiro no projeto de encenação de espetáculo do gênero “Auto de Natal – a Natividade em Dia de Reis”, já 25 edições e Paixão de Cristo, 40 edições. Como ator e diretor participou de diversos espetáculos teatrais montados pelos Grupos GTAAB e TECA da cidade de Cabedelo, além de outros espetáculos formados por comunidades de bases e grupos de estudantes da Universidade Federal da Paraíba.
Participou como ator em diversos Festivais de Arte como: o Festival Latino Americano de Arte e Cultura em Brasília; Festival de Artes de Cajazeiras; II e III Festival de Artes de Artes; Diversos Festivais Nacional de Artes – FENARTE, Encontro da Diversidade Cultural em Brasília e Rio de Janeiro e tantos outros.
No cenário musical, em 1983, juntamente com outros parceiros criou o grupo musical “Pé no Chão”, com canções de MPB, que sempre animava as festas populares da cidade. Ele participou da criação do também grupo musical “O Arrastão” junto com Roseleide Farias. Já participou de três festivais musicais populares de Cabedelo, na terceira edição levou o 2° lugar como intérprete musical em 1985.
Ainda em 1985, passou acompanhar o grupo tradicional da Nau Catarineta em ensaios, reuniões e apresentações, ficou muito triste quando o grupo parou de se encontrar para ensaios e realizar apresentações culturais por causa de questões interna do próprio grupo. Chegou até compor os versos para uma canção: “Cadê minha Lapinha? Cadê o Cirandeiro? Cadê a nossa Barca e o Coco Praieiro? Tão acabando com o nosso folclore, não me pergunte se restará então? A Chegança? A Capoeira? O Xaxado? A Nau Catarineta e o Camaleão? Salve o folclore brasileiro, essa coisa cheia de amor, moço não despreze essa cultura, ela é nossa vida, meu senhor”.
Já no de 1989 se tornou membro do Movimento de Música Popular Cabedelo e no mesmo ano realizou no Teatro Santa Catarina o musical “Cabedelo Relembra Seus Festivais”.
Em 1996 colaborou na criação do “Projeto da Banda de Música 12 de Dezembro”.
Em 1998, conseguiu reunir alguns brincantes da Nau Catarineta, convidou rapazes do elenco do Grupo de Teatro Padre Alfredo Barbosa e estudantes da Escola Estadual José Guedes Cavalcanti para uma reunião onde desabafou e falou da sua preocupação pela falta de encontros do grupo da Nau Catarineta de Cabedelo e considerava importante a volta das atividades do grupo da Nau Catarineta, pois naquele período que o grupo estava parado alguns brincantes havia falecido e temia que os atuais mestre (Moacir Caetano e Hermes Nascimento) da Nau Catarineta e que naquela ocasião ocorresse o mesmo com os dois mestres do grupo toda a sabedoria popular da brincadeira desapareceria com eles. Pois retornar as atividades da Nau Catarineta era uma prioridade absoluta naquele momento. Após ouvir a opinião de todos os presentes decidiu-se pela revitalização do Projeto Cultura da Nau Catarineta de Cabedelo que teve início no dia 5 de agosto de 1998, no Teatro Santa Catarina e alguns encontros de ensaios e reuniões aconteceram no pátio da Escola Estadual Pedro Américo que fica vizinho do prédio do Teatro Santa Catarina. Foram 2 (dois) anos de encontros e em outubro de 2000, a Nau Catarineta estava plenamente revitalizada, fez sua apresentação de estreia com aquela nova formação de brincantes na Fortaleza de Santa Catarina em dezembro de 2000. A partir de 2002, já com o falecimento dos dois mestres, o brincante Tadeu Patrício que já coordenava a parte administrativa do grupo de cultura popular, passou a ser o mestre da brincadeira, tendo sido reconhecido pelo próprio grupo e a comunidade cabedelense, além do Fórum Estadual de Culturas Populares do Estado da Paraíba e o Ministério da Cultura.
Em 1999 instituiu a Lei Municipal de incentivos de fiscais à cultura denominada “Lei Padre Alfredo Barbosa“. Também no mesmo ano participou do “Forró Fest” durante a eliminatória de Cabedelo, acompanhado da banda “Sol de Verão”.
Em 2009 Tadeu iniciou a idealização de um projeto cultural com a gravação de seu primeiro CD de sua autoria e outras parcerias, mas seu lançamento só ocorreu em 2010.
Tadeu considera-se uma pessoa que recebeu influências na cultura popular do mestre, Hermes Nascimento e dos pesquisadores: Altimar Pimentel, Emilson Ribeiro, Fernando Abath, José Nilton da Silva, Tenente Lucena e do Padre Alfredo Barbosa, com os quais realizou vários trabalhos nas áreas do teatro, da música e da cultura popular.
Jonas do Nascimento
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