Nascimento: 21 de maio de 1927 / Falecimento: 15 de Julho de 2013 (Rio de Janeiro)
Naturalidade: Pocinhos-PB
Atividades artístico-culturais: Ator e Diretor
Sebastião Vasconcelos Costa iniciou sua carreira no Recife, participou da fundação do Teatro Universitário e atuando em seis espetáculos, com direção de Adacto Filho. Representou também em cerca de dez peças encenadas pelo Teatro de Amadores de Pernambuco, TAP, onde foi dirigido por Ziembinski, Gianni Ratto e Graça Mello, e pelo Teatro do Estudante de Pernambuco, TEP, dirigido por Hermilo Borba Filho.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1955, onde participou de importantes centros de produção teatral, tais como a Companhia Tônia-Celi-Autran e o Teatro Nacional de Comédia.
Nesse mesmo ano recebeu convite de Adolfo Celi para integrar o elenco da recém-fundada Companhia Tônia-Celi-Autran, CTCA. Em Otelo, de William Shakespeare, substituiu o ator que estreara no papel de Cássio. No espetáculo seguinte, fez o espanhol em A Viúva Astuciosa, de Carlo Goldoni, e recebeu por esse trabalho seu primeiro prêmio, como ator coadjuvante, da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, em 1956. No ano seguinte, esteve em As Guerras do Alecrim e da Manjerona, de Antônio José da Silva, o Judeu, com direção de Gianni Ratto, pelo Teatro Nacional de Comédia, TNC. No mesmo conjunto, integrou o elenco de A Bela Madame Vargas, de Paulo Barreto, sendo dirigido por Armando Couto.
Em 1958 atuou em Calúnia, de Lillian Hellman, direção Adolfo Celi, e em Olho Mecânico, de A. C. Carvalho, direção de Benedito Corsi, ambas produções da CTCA. Em 1959, em A Beata Maria do Egito, de Rachel de Queiroz, uma das criticadas encenações do TNC, no papel do tenente-delegado, ao lado de Glauce Rocha, obteve o prêmio de melhor ator do Governo do Estado.
Em 1960, ainda no TNC, interpretou Koulyguine em As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, encenação de Ziembinski. Volta à CTCA, em 1961, atuando em Lisbela e o Prisioneiro, de Osman Lins, com direção de Celi e Carlos Kroeber e, já de retorno ao TNC em 1962, foi dirigido por José Renato, em O Pagador de Promessas, de Dias Gomes. Em 1966, esteve ao lado de Cláudio Corrêa e Castro e Margarida Rey, em Os Físicos, de Dürrenmatt, com direção de Ziembinski, numa produção de Oscar Ornstein.
Iniciou na televisão, também ao lado de Tônia Carrero e Paulo Autran, no Teatro da TV Tupi. Anos mais tarde, estreou na TV Globo, em O Matador, de Oduvaldo Vianna Filho.
Em 1977, interpretando, com Rubens Corrêa, Os Emigrados, de Slawomir Mrozek, recebeu por este papel os prêmios Mambembe e Molière de melhor ator. Em 1982, reapareceu em A Volta por Cima, de Domingos Oliveira e Lenita Plonczynski, com direção de Domingos.
Sebastião Vasconcelos foi um dos atores paraibanos que conquistou espaço no Sudeste, iniciando carreira no teatro, marcando presença em algumas peças representativas dos anos 1950 e, posteriormente, atuando assiduamente em novelas da TV Globo.
Atuou em inúmeras novelas da TV Globo e filiais, com papéis marcantes na dramaturgia Brasileira, como: Saramandaia (1976), Vale Tudo (1988), Tieta (1989), Mulheres de Areia (1993), Porto dos Milagres, O Clone (2001), Cabloca (2004) entre outros.
Gilson Oliveira
Fontes:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa15093/sebastiao-vasconcelos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_Vasconcelos#Carreira