Município: São Miguel de Taipu – PB
Data de Construção: 1891
História
O Engenho Oiteiro foi construído em 1891, a origem do seu nome vem da língua tupi-guarani cujo significado é pequena elevação de terra. A planta da casa grande veio da França, sendo assim foi construída com vários traços da Arquitetura Francesa, no terraço possui alguns arcos e sua fachada foi inspirada no Museu do Louvre.
Foi importado da França os mosaicos do piso, as grades de ferro das varandas, as várias portas e janelas todas de madeira, uma escada de ferro tipo caracol que dava acesso ao 1º andar.
A comitiva do Imperador D. Pedro II passou por lá no ano de 1859. Com relação a localização do engenho, ao seu lado esquerdo encontra-se o rio Paraíba; à sua frente, a cidade de São Miguel de Taipu, uma lagoa e o engenho novo e, ao fundo, ficam as terras e a fazenda Lagoa Preta.
O seu principal dono e fundador foi Lourenço Bezerra de Albuquerque Melo que se casou duas vezes. Do primeiro casamento ele teve apenas um filho, já no segundo casamento nasceram cinco filhos.
O engenho sempre foi reconhecido pela sua grande extensão de terra, sendo assim sempre levava seus donos a investir em empreendimentos voltados para fabricação do açúcar e de uma ótima aguardente. Como era localizado em região de fácil acesso, dentro de suas terras passam linhas de trem, era o mais procurado pelos comerciantes para comprar a cana-de-açúcar e seus derivados: açúcar, mel e aguardente.
O senhor Henrique Vieira de Melo, um dos filhos do 2º casamento de Seu Lourenço, levou o engenho a ser conhecido por toda a Paraíba, em nível Nacional e Internacional com a maternidade de inseminação artificial em animais, vindo várias pessoas que estudavam veterinária do Brasil e de outros país como EUA e Japão. O engenho também foi um dos primeiros da região que teve, em sua casa grande, banheiros internos e a água que era utilizada na casa vinha de uns dos moinhos do reservatório central.
O Engenho Oiteiro diminuiu a fabricação de cachaça de barril, a qual muitas pessoas da região apreciavam. Depois deixaram de fabricar aguardente, rapadura e outros derivados da cana-de-açúcar. Porém, mesmo com o fim da produção de aguardente eles ainda continuaram trabalhando com outros fins agrícolas. Em 1989 uma grande parte do Engenho foi vendida e comprada para ser repartida entre os moradores que ali viviam.
A Casa Grande do Engenho é a mais preservada de todos os engenhos que existem na região. Em seu interior é possível encontrar várias preciosidades de grande valor histórico e artístico cultural para seus donos, e para o estado da Paraíba. A atual Fazenda Oiteiro, sobrevive da criação de gado, de lá saem os melhores gados para cortes e os melhores touros, e são considerados como o maior criador do Estado da Paraíba.
Maiara Alves
Fontes:
http://samiguelense.blogspot.com/2017/06/engenhos-historicos-de-sao-miguel-de.html