Período: 1634-1654
Núcleo de Povoamento: Frederikstad
Governadores:
- Servaes Carpentier
- IppoElyssens
- Elias Herckmans
- Sebastian Von Hogoveen
- Daniel Aberti
- Paulo de Lince
História
A companhia holandesa das Índias Ocidentais conquistou a capitania da Paraíba em 26 de dezembro de 1634, incorporando-a à colônia Nova Holanda. Em 1635, a cidade de Filipeia de Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa) foi renomeada “Frederikstad“ pelos holandeses em homenagem ao príncipe de Orange Frederico Henrique. Frederikstad possuía aproximadamente mil e quinhentos habitantes e dezoito engenhos de açúcar na época da ocupação holandesa que durou vinte anos.
Durante o período entre 1637 a 1643, com a chegada do Conde Maurício de Nassau enviado para ser o governador-geral da colônia a relação entre a população local e os holandeses foi positiva já que ele promoveu uma série de reformas na administração que favoreceram o desenvolvimento econômico da região, mas após sua substituição por governadores que não agradaram a população, juntamente com o fracasso da administração da Companhia Holandesas das Índias Ocidentais a população local passou a apoiar a reconquista do território por Portugal, no processo que resultou na expulsão dos holandeses do litoral do Nordeste.
Em 1 de fevereiro de 1654, os portugueses reconquistaram a capitania da Paraíba expulsando os holandeses com a reconquista portuguesa. A cidade de Frederikstad voltou a se chamar Filipeia de Nossa Senhora das Neves (pouco depois seria denominada Parahyba sendo posteriormente chamada de João Pessoa).
Organização Política, Social e Econômica da Paraíba Holandesa
Após a dominação, os holandeses estabeleceram com os moradores um acordo, Duarte Gomes da Silveira serviu de mediador nas negociações.
O primeiro governador da província holandesa da Paraíba e no Rio Grande do Norte foi Servaes Carpentier que em nome do Príncipe de Orange, dos Estados Gerais e da Companhia fez aos paraibanos, em ata de 13 de janeiro de 1635, as seguintes promessas: Anistia, liberdade de culto, manutenção do regime de prosperidade, proteção aos negócios e observância das leis portuguesas nas pendências aos naturais da terra. Tais recomendações surtiram efeito daí porque não foram poucos os que aderiram aos invasores.
No plano econômico-social, os holandeses mantiveram a escravidão, ocuparam também a província portuguesa de Angola e introduziram novas técnicas de aperfeiçoamento para melhorar a produção da cana-de-açúcar. No plano administrativo, conservou-se parte da antiga administração, subordinada porém ao diretor geral, função inicialmente ocupada pelo conselheiro Servaes Carpentier. Funcionários denominados escabinos e escoltetos encarregaram-se de administrar a justiça e cobrar impostos.
Governadores Holandeses
Na época a população era dividida em dois grupos: os homens livres (holandeses, portugueses e brasileiros) e os escravos (de procedência brasileira ou africana) a mistura de raças não era bem vista pelo governo holandês. A capitania de Paraíba de 1635 e 1645 teve como administradores alguns governadores holandeses:
- Servaes Carpentier: também governou o Rio Grande do Norte, e sua residência oficial foi no convento São Francisco. Além de ser a sede do governo local, o convento também servia como abrigo de mercadores holandeses em ocasiões necessárias, servindo também de quartel, para os soldados da guarnição que serviam na cidade.
- Ippo Elyssens: foi um administrador violento e desonesto. Apoderou-se dos melhores engenhos da capitania.
- Elias Herckmans: governador holandês importante que governou por cinco anos.
- Sebastian Von Hogoveen: governador no lugar de Elias H., mas morreu assumir o cargo.
- Daniel Aberti: substituto do anterior
- Paulo de Lince: foi derrotado pelos “ libertadores da Insurreição “ e retirou-se para Cabedelo.
Jonas do Nascimento
Fontes: