Fundação: 2016
Coordenação: Mariana Pimenta Oliveira Baccarini – Professora do Departamento de Relações Internacionais
Instagram: https://www.instagram.com/internasonamente/
Youtube: https://www.youtube.com/channel/UC2vVKUrr5ywU6WSeJGivw3w
Livro: http://www.editora.ufpb.br/sistema/press5/index.php/UFPB/catalog/book/861
O projeto
O projeto de extensão Grupo de Teatro Interna-só-na-mente surgiu no ano de 2016. A coordenadora diz que apesar de ser do departamento do curso de relações internacionais, ela sempre teve uma ligação com a arte, por acreditar na arte como uma forma de expressão e de atuação política e isso influenciou no surgimento do projeto. O grupo possui como objetivo debater questões políticas e sociais sensíveis para a sociedade através da arte, baseando-se no teatro do oprimido, do dramaturgo Augusto Boal que discute as opressões, ao dar protagonismo a pessoas invisibilizadas, dando voz a elas.
A equipe
A equipe que forma o projeto conta com a coordenadora Mariana Pimenta, uma diretora geral, chamada Isabela, há a diretora de marketing/comunicação, Maria Cecília, assim como a diretora de elenco, Juliana. Mariana também declara que além dessas três diretorias, o projeto se auto-organiza por ter uma equipe de alunos comprometidos. Ela afirma: “ …então a gente separa logo no início do semestre, as funções, as atividades que cada um vai desenvolver e acaba que eles cumprem diretamente as suas funções sem precisar de muita pressão.”
O processo de seleção
Ao ser questionada sobre o processo de seleção de atores ou colaboradores para o projeto, ela informa que os alunos interessados estão livres para entrar no projeto. Com isso, será avaliado o comprometimento de cada aluno com as tarefas, ocorrendo de forma natural a saída daqueles que não querem estar ali e os que obtêm interesse, já que o projeto depende da união do grupo.
A escolha do tema e elaboração
O projeto busca reunir a sua vivência com a arte e as causas que trazem reflexão à sociedade. Pensando nisso, eles sempre escolhem um tema e passam um período do semestre estudando, fazendo palestras, discutindo textos acerca do tema, assim como ouvem e conversam com as pessoas que possuem vivências com o tema escolhido. Após isso, o grupo elabora os esquetes – pequenas partes de um texto que formam uma peça. Ela revela que a elaboração das peças se dá a partir de três esquetes, por volta de 40 a 50 minutos, no qual as esquetes surgem a partir das ideias dos estudos, com conversas e debates. Após isso, há um grupo que redigirá as esquetes e fará a definição dos atores, passando para a etapa de apresentação na universidade com críticas e sugestões da comunidade acadêmica. Além disso, as peças podem ir para além dos muros acadêmicos, podendo ir para os colégios, sindicatos, várias instituições que se interessem pela discussão de determinado tema.
“Então por exemplo, a gente teve uma discussão sobre depressão, apresentamos a peça dentro do Sindicato de Contabilidade, se não me engano, discutimos isso no Setembro Amarelo, então foi bem interessante. Também discutimos na CBTU a peça intolerância religiosa, em um grupo menor, as pessoas falaram bastante sobre o que já sofreram, algumas contaram experiências. Nas escolas isso é uma forma, um meio de discutir essas questões com os alunos, os próprios alunos gostam de falar sobre isso” retrata, Mariana.
Relação com a cultura paraibana
O relacionamento com a cultura da Paraíba surge a partir da problematização dos pontos de atrito, que geram tabus da própria cultura. A ideia é tornar-se parte de uma sociedade tolerante, receptiva, empática com a dor do outro, por meio da arte, por acreditar que facilita por ser um meio lúdico para reflexão. Devido a pandemia do Covid-19, o projeto teve que adaptar-se migrando para as plataformas do Instagram e Youtube.
Jaqueline Rodrigues
Entrevista por Jaqueline Rodrigues com a coordenadora do Mariana Pimenta
Imagens: Reprodução/Instagram – @internasonamente