Data de Criação: 18 de fevereiro de 2008
Finalidade: reunir artistas, poetas, escritores, músicos paraibanos
Referência: Anayde Beiriz (professora e poeta paraibana)
O Coletivo Cultural Anayde Beiriz foi criado em 18 de fevereiro de 2008, com a finalidade de reunir artistas, poetas, escritores, músicos e agentes culturais que fazem parte do Movimento Paraíba para a realização de ações que colaborem com a conscientização e informação das pessoas de um modo geral, tendo a arte e a cultura como fios condutores de um processo de transformação dos conceitos que foram durante 78 anos impostos à sociedade paraibana. O Coletivo faz uma homenagem e um resgate do nome da professora e poeta Anayde Beiriz, vítima do autoritarismo, dos preconceitos e arbitrariedades que imperavam na Paraíba nas décadas de 20 e 30. Tem também a finalidade de preservar a memória de artistas, poetas, escritores paraibanos e de pessoas que viveram e lutaram em defesa da liberdade sob todas as formas.
O Coletivo Cultural Anayde Beiriz, tem o nome de uma das personagens que viveram os fatos de 1930, tendo sido uma de suas maiores vítimas. Mulher de ideias libertadoras, de comportamento livre, intelectual, professora e poeta, Anayde foi impedida em seu tempo de vivenciar plenamente a arte essencial à vida, que lhe foi interrrompida aos 25 anos, quando diante do autoritarismo e preconceitos de uma época lhe restou como última opção buscar a própria morte.
Criado a partir do Movimento Paraíba com o objetivo de incentivar a revisão da História da Paraíba através de atividades artísticas e culturais, bem como de servir como mais um canal de difusão das expressões artísticas e culturais da Paraíba. O Coletivo procurava ainda resgatar na memória das pessoas a história de vida daqueles que lutaram pela liberdade em todas as suas formas.
Para a realização de lançamento do Coletivo houve uma extensa programação entre os dias 18 e 21 de fevereiro de 2008, no Casarão Philipéia, constando o lançamento do cordel “Anayde: A História de uma mulher que foi na vida Ultrajada” de autoria de Piedade Farias, e xilogravura de Rose Catão, com apresentação do poeta Antônio Mariano, e leitura dramática das atrizes Kalline Brito e Leiza Cavalcanti. O evento ainda contou com apresentações musicais de Zé Viola Progressive Band, Bira Delgado e Bebé de Natécio. Durante todo o período permaneceu em exposição aberta a população, parte do acervo da ong Paraíba Verdade, intítulada: “Anayde viva no sempre, fábula menina”. A semana foi encerrada com palestra do teatrólogo Paulo Vieira e exibição do vídeo “Anayde: Uma Mulher de Luta” da jornalista Mabel Dias.
Jonas do Nascimento
