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Data de publicação do verbete: 02/09/2022

Cavalo Marinho de Bayeux

Em Bayeux, (município da região metropolitana de João Pessoa) se encontra o mais representativo dos “Cavalos Marinhos“ da Paraíba.
Data de publicação: setembro 2, 2022

Categoria: Grupo Folclórico

Fundação: 1970 Engenho Novo (Itabaiana-PB)

Fundador: José Raimundo da Silva (Mestre Gasosa)

Sede: Rua Pedro Ulisses, Bayeux – PB

História   

Em Bayeux, (município da região metropolitana de João Pessoa) se encontra o mais representativo dos “Cavalos Marinhos“ da Paraíba, com reconhecimento internacional pela originalidade dos seus cantos, danças e adereços. O grupo teve início no Engenho Novo (nas proximidades de Itabaiana) no ano de 1970 por José Raimundo da Silva, o Mestre Raul que tempos mais tardes ficaria conhecido como Mestre Gasosa. Depois que retornou de uma viagem para São Paulo, tornou-se um grande conhecedor de folclore das mais diversas manifestações culturais.

Com a vinda do Mestre Gasosa para Bayeux, o grupo passou a ser formado por integrantes de poucas condições financeiras, a sua casa passou a ser a sede do Cavalo Marinho, ao todo, 22 pessoas faziam parte do grupo folclórico. “Até 1987 ‘‘as damas” eram representadas por garotos de 12 anos, daí passaram a serem substituídos por garotas, pois se recusavam a se vestirem de mulher por causa das gozações feitas pelo público.

Com o passar dos anos, as apresentações começaram a ser cada vez mais conhecidas e registradas em sites, jornais e livros, servindo de dissertação para projeto de mestrado, tiveram um álbum de músicas de autoria do Cavalo Marinho que foi lançados, e documentários a serem exibidos em eventos nacionais e internacionais. O grupo fez também apresentações de dança no Rio de Janeiro e em São Paulo e em países como China, Portugal e Áustria.

Participou de diversos festivais de folclore pelo Nordeste como representante do estado da Paraíba, recebendo premiações pela originalidade. Alguns grupos de cavalos marinhos existentes em outros estados, ainda seguem a tradição da queima do boi durante o último dia de apresentação, mas o grupo acredita na superstição de que essa é uma prática perigosa, pois alguém poderia vir a falecer acidentalmente.

Com a morte do Mestre Gasosa em 2003, o Cavalo Marinho enfrentou dificuldades financeiras e de relacionamento entre seus membros, para que o grupo perpetuasse seu brilho peculiar que sempre ostentou em suas apresentações, colocando-se como representante da Paraíba e do Brasil para o mundo, os apaixonados pelo folclore, dentre outros: Zé Bento, membro antigo do grupo e aficionado pela cultura popular:  Vavá, conhecedor profundo do folclore, Nandinho, perspicaz batalhador da arte popular e Edielson Gonçalo, do Centro de Tradições Populares; juntaram suas forças em amor à cultura e fizeram renascer das cinzas.

Hoje o Cavalo Marinho de Bayeux continua fazendo suas apresentações. A sede do grupo se situa na rua Pedro Ulisses a comando do Mestre Zequinha, que com muita dedicação e auxílio de algumas pessoas perpetua essa tradição popular tão importante na cidade de Bayeux. A herança deixada pelo Mestre Gazoza, o Cavalo Marinho é uma variante da brincadeira do boi e apresenta personagens humanos (como o Mateus, o Birico, o Contramestre, os Galantes) animais (como o Boi, a Burra, o Bode, o Cavalo Marinho) e mitológicos (como o Jaraguá, o Arrelequim e o Gigante). Rabeca, pandeiro e triângulo fazem a música para as pessoas dançarem e brincar a noite inteira, ao som de toadas, aboios, baianos e louvações.

  Jonas dos Santos    

Fontes:                                                                                  

http://arteeducacao2011.blogspot.com/2011/09/cavalo-marinho-do-mestre-zequinha.html?m=1

Pesquisadora Severina Luís de França.