Naturalidade: Cajazeiras-PB
Atividades Artístico-Culturais: teatróloga e escritora
Atividades exercício-profissionais: radialista, jornalista e professora
Nascimento: 15 de janeiro de 1933 // Falecimento: 9 de março de 1979 em Jequié-BA
Formação Acadêmica: Formação em Teatro na Faculdade Belas Artes do Rio de Janeiro
Dona Ica, como era conhecida Íracles Pires, pertencia à família Matos Rolim, cujas origens remontam aos fundadores de Cajazeiras, mas que por conta de seu pai, o engenheiro Adriano Brocos, e posteriormente pelo casamento com Dr. Waldemar Pires, adquiriu os nomes pelos quais ficaria conhecida no mundo artístico paraibano e brasileiro.
Na adolescência mudou-se para o Rio de Janeiro, lá, entrosou com figuras do meio artístico e cultural. Formou-se em Teatro na Faculdade de Belas Artes do Rio de Janeiro, do seu casamento com Waldemar nasceram a arquiteta Joanne Brocos Pires e o engenheiro Saulo Péricles conhecido como “Pepé“.
De volta a Paraíba, trabalhou no Teatro Amadores de Sousa, foi uma condutora incontestável, de estímulo para o crescimento desse grupo teatral. Entre as peças que montou figuram estão o “Auto da Compadecida”, “Afilhada de Nossa Senhora da Conceição” e “Fui eu… mas não espalhe“. Dela partiu o extraordinário para todos aqueles que, na região sempre procuraram fazer da arte de representar o ponto de referência mais alto, das melhores manifestações do pensamento.
Mulher íntegra, professora emérita de gerações, poetiza de fina sensibilidade, teatróloga espirituosa, diretora de teatro, escritora primorosa e de inconfundível estilo, jornalista e radialista de credibilidade, e também atriz que encantava os palcos. Ica sempre se destacou em todos os campos de sua incessante, proveitosa e lúcida atividade. Nunca temeu a opinião dos críticos, sempre os encarou com invejável coragem.
Nos seus artigos polêmicos, sustentou fortes argumentações, na defesa dos princípios, dos quais nunca abriu mão. Suas convicções sempre foram inabaláveis. Nada a deixava sem pronta e contundente resposta, também não alterava sua costumeira postura britânica, com a qual, recebia aplausos de todas as camadas sociais.
Vivia em paz com a consciência, e isto lhe bastava para prosseguir servindo em causas que lhe pareciam merecedoras do seu apoio e da contribuição da sábia inteligência que Deus lhe deu. Dona Ica faleceu de forma trágica no dia 9 de março de 1979 aos 46 anos em um acidente de carro em Jequié na Bahia. 6 anos depois, em 1985 , no dia 26 de janeiro, o então governador da Paraíba, Wilson Leite Braga prestou uma póstuma homenagem a Dona Ica inaugurando o célebre teatro que recebeu seu nome: Íracles Brocos Pires.
Jonas do Nascimento
Fontes: https://coisasdecajazeiras.com.br/colaboradores/iracles-pires-80-anos/amp/
http://historiacajazeiras.blogspot.com/2016/01/dona-ica-iracles-pires.html?m=1 http://coisasdecajazeiras.com.br/colaboradores/iracles-pires-a-mestra-de-todos-nos/