A personagem Sem Rosto. Foto: Divulgação/Sara Andrade
Ângela Duarte*
O curta-metragem paraibano ‘Extinção’, gravado em São José de Piranhas, está em fase de pós-produção e deve ser lançado no mês que vem. A ficção se passa em um futuro distópico e mescla elementos do cyberpunk ao ambiente árido do Alto Sertão paraibano. Na trama, as personagens Gina, Tebas e Sem Rosto buscam destruir a “Cattle Space Corporation”, que governa um planeta Terra em colapso ambiental, enquanto procuram “Saruê”, um lendário paraíso verde.
De acordo com um dos diretores do curta, Maycon Carvalho, a aposta em uma estética futurista apocalíptica evidencia a desigualdade social causada pela deterioração do meio ambiente. “O Nordeste é um grande representante da cinematografia regional contemporânea do país, a região tem construído representações e identidade para o cinema nacional em várias telas do mundo. Neste contexto, entende-se a importância de abordar, de forma ficcional, as relações do homem com a natureza e suas consequências nas mudanças climáticas”, explica.
Dirigido por Eriko Renan e Maycon Carvalho, ‘Extinção’ está sendo produzido pela Incartaz Filmes, em coprodução com Covil Audiovisual, Pantim Produções e Maquieira Produções. O projeto é realizado com recursos do Prêmio Parrá e da Lei Aldir Blanc, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura e da Prefeitura Municipal de São José de Piranhas. O lançamento está previsto para abril, na cidade onde o filme foi gravado.
Sinopse
Em um futuro próximo, “Sem Rosto” se arrisca no meio do deserto poluído do sertão para encontrar as coordenadas para Saruê, lugar da mitologia sertaneja. No ponto Delta, Gina vive em um bunker com Tebas, sua mãe cientista, as duas recebem os dados obtidos por Sem Rosto e calculam as coordenadas para o caminho de Saruê. Enquanto isso, a inescrupulosa Cattle Space Corporation vende clemências para retirar bilionários e criminosos de guerra do planeta que sofre sua maior extinção em massa.
*Com a supervisão de Carol Cassoli