Anderson Lima
Hoje é dia do espaço que domina a arte de encantar as pessoas, arrancar gargalhadas e impressionar o público de todas as idades: o circo. A data homenageia a arte circense, que é uma das formas de entretenimento mais tradicionais do Brasil. A escolha da data faz referência ao nascimento de Abelardo Pinto – mais conhecido como o palhaço Piolin -, que fez muito sucesso na década de 1920. Na Paraíba, o centro cultural Ponto Triplo é um dos diversos espaços que ensinam a arte circense e prepara paraibanos para encantar multidões.
O circo chegou ao Brasil por volta de 1830 e, aqui, se adequou às condições locais, transformando-se em uma das mais importantes manifestações das artes cênicas – normalmente, as famílias vindas da Europa para o Brasil formavam os grupos circenses e se apresentavam junto de ciganos.
Em João Pessoa, a escola circense Ponto Triplo Centro Cultural oferece aulas de acrobacias aéreas e flexibilidade para crianças, jovens e adultos. Além disso, a escola produz mostras culturais e espetáculos frequentemente.
Há 7 anos, no quintal de uma casa alugada, nasceu a escola. À época, apenas oito alunos praticavam acrobacias. No final do primeiro semestre do curso, houve a primeira apresentação e, com isso, o centro chamou atenção e novos alunos foram captados.
Em entrevista ao Paraíba Criativa, um dos sócios-fundadores, Samuel Valentim conta: “hoje o circo faz parte de um estilo de vida para mim. Finalizei a minha vida acadêmica, mas optei por seguir promovendo a arte e a cultura no estado”.
Aluna da Ponto Triplo, Priscila Rodrigues, de 30 anos, faz aulas de acrobacias aéreas e flexibilidade e relata que a Ponto Triplo é como uma morada para ela.
“É uma família. É extremamente importante as aulas, não me vejo sem, melhora mil vezes o meu dia”, diz a aluna cuja paixão pelo circo começou há muitos anos, quando os seus pais a levavam para assistir a espetáculos circenses.
Para Bella Medeiros, também sócia-fundadora diz que, para ela, o circo tem um valor sentimental muito grande. “Foi a primeira vez que me senti abraçada por uma atividade física e artística”, conta. A artista circense relata que começou a fazer aulas em 2008, quando tinha 18 anos. Hoje, aos 32, ela afirma que o circo é o que a move e direciona suas ações.
Bella e Samuel têm formação e mestrado na área das Ciências Exatas; ela em Engenharia e ele em Física. Em conjunto, os dois decidiram largar o cenário acadêmico para viver plenamente o circo. “Hoje o que me faz seguir no circo é enxergar o que ele traz de bom na vida das pessoas, mudanças positivas no corpo e na mente”, conta Bella.
“O dia nacional do circo é uma data de celebração de lutas que essa arte milenar enfrenta que deve ser bem comemorada”, afirma a sócia da escola.