O maior conteúdo digital de cultura regional do Brasil
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 03/01/2023

Luiz Tananduba

Nascido no município de Caiçara no interior da Paraíba, Luiz Tananduba começou a pintar suas primeiras a partir de 1985, quando tinha 13 anos de idade.
Data de publicação: janeiro 3, 2023

Naturalidade:  Caiçara – PB

Nascimento: 12 de agosto de 1972

Atividade Artístico-Cultural: Artista Plástico

Início da Carreira: 1985

Email: AIMluiztananduba@hotmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/luiztanandubanaif

Twitter: https://www.twitter.com/tananduba

Site Oficial: https://luiztananduba.blogspot.com

Nascido no município de Caiçara no interior da Paraíba, Luiz Tananduba começou a pintar suas primeiras a partir de 1985, quando tinha 13 anos de idade. Recebendo orientação do artista plástico Alexandre Filho, seu pai adotivo, com quem desenvolveu uma pintura de forte expressividade, estruturando uma temática com expressão para o homem do campo. Luiz Tananduba é um grande exemplo de arte intrínseca, seu dom corre em suas veias; e sua forma de ver e narrar o mundo, transborda os limites de suas telas.

Sua longínqua carreira teve início quando ainda era bem jovem, com apenas 10 anos já demonstrava vontade, aos 15 teve a certeza, realizou sua primeira exposição com apenas 18 anos, “Paixão de Cristo em Outdoor” que movimentou o Parque Sólon de Lucena, em 1990. Sua inspiração vem de uma visão idealizada e subjetiva da cidade de Caiçara, interior do estado, lugar onde cresceu e tomou emprestado seu sobrenome artístico “Tananduba” um dos sítios da região. Tem um vasto currículo de exposições e referências em catálogos de artes.

A Arte Naif no Brasil e no mundo é conhecida e aplaudida pela caracterização e pela perspectiva pura e simples de seus artistas em relação ao mundo ao seu redor e também pela liberdade de criação. Um dos destaques são as cores brilhantes e alegres, o detalhamento dos cenários, o instinto e impulso para criar e tudo é tão belo pela ausência de sofisticação. O artista paraibano Luiz Tananduba, está neste patamar. Ele considerado um dos maiores pintores naifs do país, com obras e indicações espalhadas pelo mundo.

Artista premiado acumula prêmios e exposições. Desde 1985 assina suas obras, sendo o ano de 1991 que veio a coroação, pois no mesmo ano, quando participou do SAMAP (Salão Municipal de Artes Plásticas) ganhou o primeiro prêmio. No ano seguinte, no mesmo evento, uma bancada com grandes nomes das artes plásticas brasileiras, sendo Heitor Reis, Chico Liberato e Raul Córdula, foi reconhecido e premiado com o título de artista do ano, em 1992.

Integrante de cinquenta e duas exposições coletivas, Tananduba também foi premiado na Bienal de Pequenos Formatos do SESC, em 2010, foi escolhido para ilustrar a capa do livro “Tribulaciones de una Hormiga” (2013) da autora argentina Maria Isabel Saavedra. Artista de brilho intenso, seu nome e sua obra cresceram tanto que serviram de fonte e inspiração para o livro “Arte Popular Brasileira” (2009) o resultado de uma parceria entre a Editora Decor e o Ministério da Cultura.

Compreender a profundidade do trabalho de Luiz Tananduba vai muito mais a fundo, pois, a Arte Naif, a qual emprega, traz alma e vida em cores e traços. Sua essência está ali, bem aos nossos olhos. A simbologia de cada quadro e sua representação semiótica vai diretamente ao choque, da vida e do verdadeiro eu. Sua forma de ver e narrar o mundo, encantam. Esse é Tananduba, um poeta nas palavras e um gênio na pintura.

A obra “A Árvore das Nações”, pintada na técnica acrílica sobre tela, foi o trabalho escolhido para a 2ª Bienal Internacional de Arte Naïf da Bulgária, considerada uma das mais importantes da Europa, cuja abertura será no dia 22 de março de 2023, ocorrendo de forma virtual durante um mês. É a segunda participação de Luiz Tananduba na bienal.

A tela “A Árvore das Nações” foi pintada pelo artista em 2021. A árvore, em si, está representando a Terra, o nosso mundo, e as pessoas que estão em cima da árvore aparecem suspensas, na vegetação, e representam os povos das nações de cada continente, enquanto que a água, embaixo, completa o ciclo, pois sem água não há vida. A árvore tem formato arredondado, como se fosse a Terra, e o próprio tronco insinua a silhueta discreta de uma mulher sensual.

Com isso, Tananduba passa a mensagem de que estamos todos no mesmo barco, e que é a Terra, mas que também possui cunho ecológico e social, de conscientização pela defesa do meio ambiente do planeta, que tem sido alvo de agressões, como as queimadas e o desmatamento. A obra tem uma mensagem simples e despretensiosa, na visão de Tananduba. Não quis filosofar, mas mostrar a realidade, e acha que, agora, realmente, essa pintura está no contexto da bienal.

A bienal é o topo da carreira do artista, pois dá a entender que sua obra tem qualidade e a curadoria quer ver o que o veterano tem para mostrar. Luiz Tananduba também marcou presença no “Festival Internacional de Arte Naïf (Fian)”, no município de Guarabira, no Agreste Paraibano, em maio, com a tela intitulada “Pavão Misterioso”, que produziu no ano de 2015, a pedido da Prefeitura Municipal de Guarabira.                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

                     Jonas do Nascimento

Fontes:                                                                                                                                                                     

https://galeriagamela.com/artistas/luiz-tananduba/

https://www.galeriapontes.com.br/project/luiz-tananduba/

https://luiztananduba.blogspot.com

https://auniao.pb.gov.br/servicos/copy_of_jornal-a-uniao/2023/fevereiro/jornal-em-pdf-25-02-23-cdepc.pdf/view