Naturalidade: Campina Grande – PB
Atividade exercício-profissional: Jornalista Científico e Zoólogo
Nascimento: 17 de julho de 1886
Data de Falecimento: 14 de dezembro de 1948
Formação Acadêmica: Doutorado em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1908)
Cargos Públicos: Membro Titular da Academia Nacional de Medicina; Membro e Presidente da Academia Brasileira de Ciências; Inspetor Sanitário concursado da Diretoria de Saúde Pública; Diretor da Policlínica de Crianças do Hospital Loyd Brasileiro – Rio de Janeiro RJ; Diretor de Zoologia do Museu Nacional
Obras Literárias: A Vida Maravilhosa dos Animais; A Vida na Selva; Noções de Biologia Geral; O Brasil Visto Pelos Ingleses; Zoo-Geografia do Brasil; Dicionário de Biologia; Esboço Crítico das Classificações Zoológicas; Histórias das Expedições Científicas no Brasil e Visitantes do Primeiro Império.
Nascido na fazenda Cajazeiras, em Campina Grande no agreste paraibano, filho do coronel Cândido Firmino e de Jucunda de Mello Leitão, seus pais eram fazendeiros e tiveram um total de 16 filhos. Formando-se em Medicina em 1908 teve sua tese de doutorado intitulada “Da poliesteatose visceral”. Viveu parte de sua vida em Pernambuco, seu primeiro trabalho na área da Zoologia foi no ano de 1913, na Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária em Piraí, no estado do Rio de Janeiro, onde lecionou como professor de Zoologia Geral e Sistemática.
Em 1915, publicou seu primeiro trabalho taxonômico, com a descrição de alguns gêneros e espécies de aranhas brasileiras. Produziu também muitas informações taxonômicas sobre pequenas ordens de aracnídeos. Dentre muitas espécies descobertas e pesquisadas pelo zoólogo está a Lasiodora Parahybana que foi descoberta e descrita em 1917, nos arredores de Campina Grande. Após se formar continuou no Rio de Janeiro, colaborando como interno, na Clínica Propedêutica da Faculdade de Medicina, integrando a equipe do médico Miguel Couto; em 1919, assumiu a função de inspetor sanitário da Diretoria-Geral da Saúde Pública, passando a dedicar-se à Pediatria, quando iniciou, então, a publicação de vários trabalhos sobre as doenças infantis.
Foi um pioneiro na reformulação do ensino da Biologia no Brasil; antes que se introduzisse esse tema como disciplina, publicou sua obra de biologia geral em 1922, foi eleito Membro titular da Academia Nacional de Medicina em 1929 e também se tornou Membro e Presidente da Academia Brasileira de Ciências. Por algum tempo o Dr. Mello Leitão dedicou-se a pediatria, colaborando muito com o compêndio de Pediatria, escrevendo um capítulo importante sobre cardiopatias congênitas. Adiante ficou conhecido como um eminente zoólogo do país.
Também foi Membro da Sociedade Entomológica do Brasil, participou como representante do Brasil nos Congressos de Ornitologia de Copenhague em 1926, Congresso Internacional de Entomologia de Madri em 1935, Congresso Internacional de Zoologia em Lisboa também em 1935 e do Congresso Internacional de Ciências Naturais em Buenos Aires em 1937. A comunidade pediátrica do Brasil também se empolgou com as publicações de Cândido Mello em diversos jornais do país. As matérias “A Mortalidade Infantil no Rio de Janeiro” e “A Pressão Arterial da Infância”, por exemplo, saíram em revistas cariocas e jornais portugueses, também obtendo destaques em periódicos norte-americanos e na revista Broctéria, de Lisboa.
Mello Leitão foi indicado diretor de Zoologia do Museu Nacional em abril de 1931, cargo em que permaneceu até dezembro de 1937. Recebeu muitas homenagens e prêmios, também foi eleito ou apontado às mais distintas posições durante sua carreira. Foi presidente da Academia Brasileira de Ciências de 1943 a 1945. Cândido faleceu no Rio de Janeiro, em 14 de dezembro de 1948. Em Campina Grande, há uma rua com seu nome localizada no bairro da Prata. Em 29 de junho de 1949 seu amigo Augusto Ruschi inaugurou o Museu de Biologia Mello Leitão em Santa Teresa, Espírito Santo. O Prêmio Mello Leitão foi criado em sua homenagem e é entregue pela Academia Brasileira de Ciências.
A espécie de aranha Lasladora Parahybana descoberta por Cândido em 1917 é considerada a segunda maior tarântula do mundo e possui um veneno sublimado que hoje é empregado na fabricação de antídotos para picada de escorpiões e de insetos peçonhentos, tal descoberta foi citada pelo escritor Milton Marques Júnior doutor em Letras pela UFPB em seu discurso de posse na Academia Paraibana de Letras.
Jonas do Nascimento
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ndido_Firmino_de_Mello_Leit%C3%A3o