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Data de publicação do verbete: 08/02/2023

Bruno Cesarino

Artista Plástico, natural de Sousa - PB.
Data de publicação: fevereiro 8, 2023

Naturalidade: Sousa – PB

Atividade artístico-cultural: Artista Plástico 

Instagram: https://www.instagram.com/psicodelia_nordestina/

O artista visual paraibano, Bruno Cesarino, nascido em 1990, já mantém o hábito de mostrar para amigos e até desconhecidos os trabalhos que produz em Sousa, no Alto Sertão do estado. Residente do bairro Jardim Santana, próximo ao centro da cidade, Bruno Cesarino atua como artista visual há 18 anos. Ele aponta que tem aproximadamente 120 artes de sua autoria e almeja chegar aos 80 anos com pelo menos 1.300.

“A minha casa tem muitas obras de arte, que não vendo e nunca vendi. Não que não precise vender, mas não quero vender, pois as utilizo para decorar minha casa e ter experiências lúdicas. Além de amigos e conhecidos, também costumo abordar desconhecidos que passam em frente de casa e convidá-los para entrar e ver as minhas obras, porque é bom ouvir a opinião de outros a respeito do meu trabalho”, comentou ele, que não tem formação acadêmica, embora tenha tentado fazer cursos.

“Não quis ter uma rotina normal, acordar às 7h da manhã e me preparar para ir trabalhar”, justificou o artista.

Na primeira exposição da carreira, Psicodelia Nordestina, Cesarino expõe sua produção no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBnB), também situado em Sousa. A individual, cuja curadoria é de Leivas Aquino, tem cerca de 50 obras em técnicas variadas, entre pinturas, desenhos e troncos de madeira reaproveitada.

“Vai ser uma coisa diferente que é a de poder mostrar meu trabalho não mais para amigos ou convidados em minha casa, mas em outro espaço, para outras pessoas de opiniões distintas”, disse Cesarino.

O artista explicou como são as pinturas da mostra.

“São obras em técnicas diversas, como guache, tinta acrílica e colagem e que mexem muito com as partes impressionista e expressionista, retratando temas como solidão, expectativa de vida, morte e a angústia de tudo vir a se acabar. Ou seja, a finitude do ser humano. São pinturas criadas na tendência em que eu estava, no momento. Não são feitas no estado sóbrio de um ser humano, porque para fazê-las eu usei substâncias alucinógenas, psicoativas e álcool, que levam a buscar alguma informação que está dentro da gente. Esse é meu estilo e vida”, afirmou.

“São todas pinturas figurativas, sem ter nada abstrato, pois quem for visitar a exposição vai poder identificar o que estará vendo. Em algumas dessas pinturas, produzi a tela a partir de papel reaproveitado, resultante da reciclagem de páginas de livros, promissórias e jornais”, explicou ele.

Quanto aos desenhos, Cesarino informou que são obras produzidas em grafite e guache. Referindo-se aos trabalhos em madeira, ele explicou que são troncos reaproveitados. “São espécies nativas como o Ipê, cortadas de praças pelo poder público municipal de Sousa. Então, transformo a peça em arte. Deixo ela do jeito que está e só limpo, envernizo e pinto por cima. Servem de móveis, em minha casa”, finalizou o artista.

Euclides Nunes

Fonte: Jornal A União