Localização: Rio Tinto – PB
Primeira Edição: 6 de agosto de 2022
Organização: Secult-PB
Programação: apresentações de dança, teatro, cantoria, lapinha, burrinha, toré, ciranda, roda de coco, exposição gastronômica e artesanal
A primeira edição do Festival de Cultura Indígena ocorreu em agosto, no município de Rio Tinto, localizado no litoral norte da Paraíba, com a participação de 32 aldeias Potiguaras, além de representações de outros povos indígenas, como os Tabajaras. O evento foi realizado pela Secult-PB (Secretária de Estado da Cultura da Paraíba), a Secult-PB também é responsável pela realização dos festivais quilombola e cigano, nos municípios paraibanos de Alagoa Grande e Sousa.
O festival teve sua data marcada para 16 de julho, mas em razão da meteorologia que previa a ocorrência de fortes chuvas nesse período, o que poderia comprometer a estrutura do evento, sua data de realização foi alterada para o dia 6 de agosto de 2022.
O local escolhido para a realização do festival foi o pátio do antigo Casarão dos Lundgren, residência desta família, que inaugurou uma grande fábrica de tecidos entre outros negócios em Rio Tinto no início do século XX, estando situada em território Potiguara. A construção do Casarão e da antiga fábrica foram tombadas pelo Patrimônio Histórico da Paraíba, a festa teve apoio de prefeitura de outros municípios da região como Marcação, Baía de Traição e Conde.
Foram enviadas também representações de comunidades indígenas de estados vizinhos como Rio Grande do Norte e Pernambuco. Uma comitiva de Paulista – PE, onde os Lundgren já mantiveram empresa, acompanhou o festival com fotografias e filmes para apresentação. Nas tendas armadas, os visitantes compravam o artesanato indígena local além de apreciar a culinária Potiguara.
Entre as atividades mais procuradas estava a pintura artística indígena sobre a pele, com a utilização de tintas naturais extraídas do urucum e do jenipapo. O então secretário de Estado da Cultura, Damião Ramos Cavalcanti fez uma saudação aos visitantes na língua Tupi: “Peruraikatu iké”, que significa: “sejam bem vindos”, agradecendo a participação de todos. O empenho dos caciques e dos grupos artísticos, reafirmou a política pública do Estado em dar visibilidade e contribuir com a manutenção da cultura indígena.
Sandro Gomes Barbosa, Cacique Geral Potiguara saudou e agradeceu os esforços para realização do festival, a prefeita de Rio Tinto, Magna Gerbasi, também elogiou a organização, o padre Emanuel representante da Arquidiocese da Paraíba dançou Toré além de cantar canções indígenas e de alguns rituais tradicionais, um dos momentos mais aguardados foi a bênção dada pela Pajé Maria de Fátima da Conceição o ato se repetiu ao pôr do sol, no fechamento do evento.
Os organizadores do festival, sinalizaram o caminho até o Casarão com o uso de faixas e setas indicativas desde a entrada de Mamanguape, passando pela entrada de Rio Tinto, a estrutura também contou com palco e pavilhão para apresentações, tendas, mesas e cadeiras, iluminação e som. A segurança foi feita por guarnição do Pelotão Indígena da 2º Companhia da Polícia Militar e da Força Regional da PM, como também, ambulância ficou de prontidão para emergências médicas.
O secretário Damião Ramos Cavalcanti confirmou que o evento continuará fazendo parte do calendário cultural de Rio Tinto, estando prevista uma 2º edição para 2023, e nos próximos anos.
Jonas dos Santos
Referências
https://paraiba.pb.gov.br/noticias/secult-vai-realizar-i-festival-da-cultura-indigena-em-julho-1